Foto: José Carlos ao lado de Andre Pinto, em Atafona, São João da Barra. Crédito da foto: Eloína Pinto.
O meu irmão angolano, José Carlos D. Coutinho, que já é considerado um sanjoanense nato e que é muito querido por nossa família, está muito preocupado com o estado de ameaça de novas guerras internas que o seu país natal, Angola, vem sofrendo com o movimento das Forças de Libertação do Estado de Cabinda - Posição militar.
José Carlos, que estava muito animado e que havia me convidado para acompanhá-lo na viagem de volta para Angola e ter o emocionante reencontro de sua família que não vê por muitos anos, -tendo sido localizada pela Rádio Nacional de Angola por paradeiro incerto por causa da Guerra Civil Angolana - agora está pensando duas vezes antes de viajar de volta ao continente africano. Os seus planos parecem ter sidos "congelados" neste momento de tensão em Angola.
Não bastassem as milhares de minas terrestres espalhadas pelo país, vivenciados pela Guerra Civil, agora vê o retorno de uma movimentação de libertação-separatista em seu país. José Carlos está temeroso. Justamente num momento em que o país estava alavancando o seu crescimento, nós vemos este problema acontecer novamente.
Segundo informações de jornais da África, as armas vão continuar falando mais alto em Cabinda. Segundo declarações do líder do movimento separatista Rodrigues Mingas, ele diz estar em guerra pelo território pretendido.
O QUE TEM CABINDA?
O território de Cabinda, que fornece 60% do petróleo angolano, fica entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Congo. Ele é assolado por um conflito separatista desde a independência de Angola, em 1975.
Luanda garante desde 2006 que a província está pacificada, em virtude de um acordo de paz assinado com um dos líderes da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC). O FLEC-PM é uma dissidência do FLEC criada em 2003, segundo informações de jornais internacionais.
"Agora, esperamos uma retaliação, como sempre. Eles têm 50.000 homens armados em Cabinda", declarou, defendendo a ação do PLEC-PM. "Somos um movimento nacionalista, de resistência, e não terroristas", afirmou Rodrigues Mingas.
A prudência manda que nosso amigo José Carlos aguarde mais um pouco para ver a calmaria de seu pais chegar. Eu fico com pena de não poder conhecer ainda o Mercado de Roque Santeiro e outros atrativos angolanos... Vamos aguardar.
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