domingo, 7 de novembro de 2010

ERA UMA VEZ UM POMAR... SURGE A SELVA DE PEDRA

NO MEIO DO CAMINHO HAVIA UM POMAR...
Foto: Terreno localizado à frente da Estação das Artes, próximo ao Estádio de Futebol do "Sazinho". Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: O terreno está sendo preparado para receber um supermercado que faz parte de uma rede na região. Crédito da foto: Andre Pinto.
DE UM LINDO POMAR À SELVA DE PEDRA - REFLEXOS DO DESENVOLVIMENTO?
A cidade respira desenvolvimento, isso nós estamos acompanhando. A cidade tem recebido empresas dos mais diversificados ramos, sejam eles ligados ao setor de serviços, industrialização ou primários. A construção do Porto do Açu tem induzido a este crescimento nunca visto antes na terra sanjoanense. Um reflexo latente, visto às claras no centro da cidade, é a área que se está fazendo um serviço de terraplanagem, bem ao lado de um supermercado na Avenida Rotary, que poderá ou não perder muitos clientes para o novo empreendimento, que ficará ao lado. Este terreno está sendo preparado para receber, segundo informações oficiosas, o supermercado Super Bom. Pelo lado da concorrência, o consumidor sanjoanense sai ganhando com a chegada deste supermercado, mas por outro lado, os pequenos comerciantes terão agora que adotarem um sistema de compra e vendas mais ousados e fidelizado com os seus antigos clientes. A criatividade dos pequenos empresários é que vai ditar a regra da sobrevivência neste mercado expansivo. ANTES DO HIPERMERCADO, NO LOCAL HAVIA UM LINDO POMAR A propriedade que foi comprada para a construção do Hipermercado, pertenceu ao nosso amigo Ijael Rocha e havia no local muitas espécies frutíferas como mangueiras, goiabeiras, araçás, jamelões etc. Na verdade, o local era uma espécie de mini pulmão do centro da cidade. Algumas vezes eu cheguei a olhar por entre o muro de altas gaiolinhas, a extensão daquela chácara bem no centro da cidade e ficava imaginando que poderia dar um bom parque urbano, se fosse desapropriado e pago o preço justo ao seu proprietário. Já imaginou: um parque, uma estação das artes e um estádio de futebol, tudo próximo um do outro? Poderíamos ter uma passagem subterrânea da praça da Estação das Artes para o Parque Urbano, ao estilo das passarelas do aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Agora teremos no local um grande supermercado, ou seja, do lado ambiental, mais uma ilha de calor por causa da utilização de muito concreto na construção, uma grande área asfaltada para estacionamento e um trânsito intenso. Será que os empreendedores estão preocupados com a colocação de árvores no estacionamento e nas imediações do mesmo? Pensariam em colocar algum chafariz para amenizar o aquecimento da área e melhorar a questão paisagística? Outra pergunta: Que impactos de vizinhança serão gerados com este novo empreendimento? Mau cheiro do depósito, produção de lixo etc? Do lado mercadológico, empregatício e da ampla concorrência, não poderia ter algo melhor na cidade. Os preços vão ser mais competitivos e isso vai até ajustar a lei da oferta e da procura de produtos na cidade, vez que há um crescimento do poder aquisitivo proveniente da chegada de empresários e também de cargos bem remunerados de profissionais liberais e engenheiros ligados ao Porto do Açu, sem contar nos períodos de verão, onde as mercadorias costumam subir de preço (erradamente) por causa dos turistas. Este ensaio é apenas para imaginarmos o que será feito, numa escala maior, com a área do Pastana, que poderá receber outros empreendimentos que darão empregos aos moradores do entorno, no entanto, será mais uma ilha de calor, ainda maior. Os bairros Nova São João da Barra, Chatuba e imediações da Av. Rotary já discutiram isso com os seus representantes de associações??? Afinal, a área do Pastana vai virar condomínio residencial, centro comercial, ou parque da cidade? Ainda há tempo de desapropriar aquela imensa área do Pastana para se tornar um grande parque urbano, mas é a comunidade do entorno a maior interessada. Seja o que for, os bairros devem discutir com os empreendedores as questões inerentes aos impactos de vizinhança. Deixar para discutir no futuro, poderá ser muito tarde...

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