RÁDIOS COMUNITÁRIAS - QUEM É O BATMAM E QUEM É O PINGUIM?

Ilusão de ótica: De cabeça para baixo, o Batman, e em pé, o Pinguím!

Hoje, no pouco tempo que tive para ouvir os "dials" das rádios de São João da Barra, pude notar que a chegada de novos veículos de informação em nossa cidade, está dando panos para manga! É um disse-me-disse danado, é fofoca daqui, dali, acolá e muita gente mesmo, fica bastante perdida neste tiroteio de locuções, muitas vezes em ondas sonoras em formas de "marolinhas" ou que viram tenebrosos "tsunamis". Em certas horas as ondas se misturam como se fossem as do Pontal com o Rio Paraíba do Sul e em certas horas não se juntam, como se fossem as ondas do Rio Negro e Solimões, na Amazônia! Incrível mesmo! Confesso que entendi muito pouco o que se estava sendo debatido hoje, mas nem quero ir a fundo nisso!. Entendi apenas, que houve um conflito relacionado às rádios comunitárias, só isso! Que bom que eu entendi assim! Ou não foi assim? Bom, na verdade, São João da Barra está crescendo. Tudo está crescendo, tanto o que é bom quanto o que é ruim também. Aquele ditado: "Quem tem olho grande não entra na China" parece não caber mais para São João da Barra... A situação por aqui unificou! Todos querem a China! Tem "olhinhos" e "olhudos", cegos e míopes, gente com óculos "fundo de garrafa" e gente com potentes binóculos! A corrida começou! Ah! Tem gente até com lupas e outros com lunetas, meu amigo! O que as rádios comunitárias tem a ver com isso? As rádios comunitárias prestam um excelente serviço ao povo, à democracia. Tenho um livro intitulado "Contemplando", do meu amigo pessoal e colega de profissão, Dr. Magno Pires - que foi administrador do Estado do Piauí - que bem menciona uma frase verdadeira sobre o assunto dos "olhos grandes da comunicação": (...) Ao fecharem as rádios comunitárias, fere-se o direito de igualdade dos indivíduos perante a constituição Federal, principalmente quando a ANATEL, reguladora e responsável pela fiscalização do sistema de comunicação recebe o processo de instalação, ficando sob sua responsabilidade a autorização para funcionamento regular posterior. Mas, se a burocracia ou interesse político prepondera sob a autorização da concessão, o usuário da FM não deve ser punido com o "lacre" da Rádio." Nesta frase supra citada, do amigo Magno Pires, relembrei a conversa que tive, na semana passada, com o amigo Paulo Rangel - um amante incondicional das rádios de SJB - bem em frente à Barbearia e antiqúário do "Zé Conhaque" - meu sogro de sangue tricolor - e pude ouvir as histórias dos primórdios das rádios comunitárias em São João da Barra e fiquei imaginando o quão horripilante deve ter sido ver a prisão de amigos sanjoanenses e a apreensão de seus caros equipamentos e defesas na Justiça Federal! Isso dá um livro e tanto! Vi as lamentações até de um colega meu (sic!) que teve que prestar serviços comunitários por causa de uma rádio comunitária da sede em algum de nossos bairros! A democracia das comunicações em São João da Barra começava a se desenhar naquele período! Nova era das rádios comunitárias! Desbravadores! É uma pena a antiga Rádio Atafona não existir mais! No entanto, eu fico feliz quando vejo, na atualidade, a pluralidade de imprensa, a pluralidade de pensamentos, pois como dizia um sábio: "Sejam bem vindas as divergências!". Procurar entender as divergências é sinal de inteligência, resolver as divergências é sinal de magnitude de espírito! Se o clima das rádios comunitárias está fervendo neste caldeirão de discussões, acho que o "olho do furacão" estará apimentando ainda mais o debate, pois trará com ele, os fortes vendavais da chegada da primeira TV de São João da Barra! Quando a TV chegar, aí sim, vou querer ver o velho filme onde tentarei identificar quem é na verdade o vilão e quem é o mocinho: Batmam ou Pinguim?