Túmulo de "Francisco Barão" - Visconde de São João da Barra. Crédito da foto: Andre Pinto. |
Está escrito: "Aqui jazem os restos mortaes do Visconde de São João da Barra. Fallecido em 5 de outubro de 1883." Crédito da foto: Andre Pinto. |
O Túmulo está prestes a se desintegrar... Crédito da foto: Andre Pinto |
As extremidades encontram-se abertas e o reboco não existe mais... Crédito da foto: Andre Pinto. |
FRANCISCO BARÃO - GRANDE EMPREENDEDOR DO CICLO DO AÇÚCAR NO NORTE FLUMINENSE - PRESTES A PERDER SEU JAZIGO PELAS AÇÕES DO TEMPO...
Em recente visita ao cemitério da cidade, pude ter uma verdadeira volta ao passado, relembrando a nossa rica história do período Imperial, ao ver os túmulos dos cônsules, tenentes, majores, capitães, coronéis, deputados e outras personalidades que deixaram suas ações nesta terra.
Me causou muita tristeza em ver o túmulo do Visconde de São João da Barra, de Francisco José Alves Rangel, todo quebrado e esquecido pelo tempo. Eu achava que tinham feito uma reforma no mesmo. É sem dúvidas uma imensa perda ver o estado atual do jazigo, pois, para quem não conhece a história de "Francisco Barão", como era conhecido, não tem a mínima noção da rica e dramática história que envolveu a vida deste ícone tão importante para o território sanjoanense. Eis abaixo um resumo de quem foi o "Chico Barão":
QUEM FOI "FRANCISCO BARÃO", O VISCONDE DE SÃO JOÃO DA BARRA?
Francisco José Alves Rangel, 2º Barão e, depois, Visconde de São João da Barra, nasceu no solo sanjoanense em 19 de dezembro de 1832.
Herdou a energia e firmeza de caráter de seu ilustre pai, José Alves Rangel - Barão de São João da Barra - mas se viu envolvido, ainda em tenra idade, com a perda do progenitor, em sua extensa fazenda Barra Seca, nos torvelinos dos complicados empreendimentos açucareiros que exigiam, antes de tudo, experiência e tino de homem de negócios. Conseguiu, não obstante, superar dificuldades iniciais na administração da herança paterna, fazendo seu engenho de açúcar uma empresa modelar do gênero.
Empresário realizado, homem de bem, impôs-lhe a vida, paradoxalmente, incompreensíveis contradições: suicidou-se em 5 de outubro de 1883., cujo seu túmulo encontra-se no cemitério local, no Santíssimo, lado direito de quem entra.
Era tenente-coronel da Guarda Nacional. Seu título de 2º Barão de São João da Barra foi assinado por D. Pedro II em 24 de março de 1881. Recebeu pouco depois, em 18 de março de 1882, por outorga do Segundo Imperador, o título de Visconde de São João da Barra. No interior do município era conhecido como "Francisco Barão".
Fonte: Oscar, João. Apontamentos para a História de São João da Barra.
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