Relembrando o caso:
Jean Charles de Menezes (Gonzaga, 7 de janeiro de 1978 — Londres, 22 de julho de 2005)
Foi um emigrante brasileiro confundido com um homem-bomba e morto no metrô de Londres com oito tiros à queima-roupa, por forças da unidade armada da Scotland Yard britânica, SO19.
Jean vivia há três anos no sul da capital inglesa e, segundo as autoridades, foi confundido com um terrorista árabe que teria participado dos atentados da véspera, contra ônibus e estações do metrô de Londres. O erro foi admitido pela Scotland Yard, que informou que o brasileiro não tinha nenhuma relação com qualquer grupo terrorista. Segundo ela, o acidente ocorreu porque o brasileiro se recusou a obedecer às ordens de parar, dadas pelas autoridades.
No entanto, as investigações da Comissão Independente de Investigação de Queixas da Polícia (CIIQ, em inglês) revelaram que Ian Blair, chefe da Scotland Yard, tentou impedir que a morte de Jean Charles fosse investigada.
O jornal britânico The Observer, em sua edição do Domingo, 21 de agosto de 2005, revelou que os três agentes que vigiavam Jean Charles não estavam armados nem uniformizados e não consideravam o brasileiro uma ameaça ou suspeito de portar armas ou bombas e só tinham a intenção de detê-lo. SAS ), caso estes interviessem. Os militares consideraram Jean uma grave ameaça e seguiram seu modus-operandi - atirando a matar.
No entanto, estes homens tinham ordens de ceder o controle da operação a grupos especiais das forças armadas (O primo de Menezes, Alex Pereira, que morava com ele, afirmou que Menezes foi baleado pelas costas.
Segundo a Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota oficial na qual afirmaram que o governo brasileiro ficou "chocado e perplexo" ao tomar conhecimento da morte do brasileiro, "aparentemente vítima de lamentável erro".
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "o Brasil sempre condenou todas as formas de terrorismo e mostrou-se disposto a contribuir para a erradicação desse flagelo dentro das normas internacionais", e que aguarda explicações das autoridades britânicas sobre as circunstâncias da morte de Jean Charles.
Um comentário:
Caro André. Parabéns. Um sanjonense na Inglaterra. Estou lendo as matérias com imagens que nos leva a uma viagem internacional. Sucesso e boa viagem de retorno. Esse caso do Jean é incrível mesmo. Imagino sua emoção ao chegar ao metrô. Grande abraço, Paulo Noel.
Postar um comentário