Foto: Um patrimônio imaterial - o famoso "Conhaque Batido" feito por comerciantes locais. Crédito da foto: Pascoal Berto. ( veja a matéria do Conhaque clicando AQUI)
PATRIMÔNIOS IMATERIAIS
O blog já publicou anteriormente uma matéria sobre a potencialidade de se tombar como bem imaterial o "Conhaque Batido" feito na comunidade por diversas pessoas que tem estabelecimentos comerciais no território sanjoanense.
Neste sábado, o Programa Ação, da Rede Globo, conduzido pelo apresentador Serginho Groisman, recebeu a presença do historiador da Unicamp, Pedro Paulo Funari, que falou da questão do patrimônio imaterial e intangíveis. Surgido na Europa para complementar primeiramente os patrimônios materiais, o patrimônio imaterial logo foi regulamentado pela UNESCO para que as comunidades e populações em geral também tivessem acesso à salvaguardarem suas tradições. No Brasil quem recebe o processo de registro de patrimônio Imaterial é o Iphan. Costumes africanos, europeus ou indígenas tem sido os focos desses registros.
COMO TOMBAR UM BEM IMATERIAL?
Para se fazer um registro de patrimônio imaterial de algum bem tradicional local junto ao IPHAN não é difícil, segundo explicou Funari. A comunidade pode contar com a ajuda da Secretaria Municipal de Cultura ou através de associações e ONGS para o encaminhamento. O Processo entrará em catalogação e posterior análise pelo órgão expedidor da certificação de patrimônio imaterial que é o IPHAN.
ALGUNS EXEMPLOS
Para se ter ideia, no Brasil vários patrimônios imateriais foram reconhecidos pelo IPHAN como a Feira de Caruaru, Viola de Coxo, acarajé, Frevo, Festa de Nossa Senhora de Nazaré, Divino de Pirenópolis, cavalhada, tambor de crioula, bordado de renda irlandesa (Divina Pastora - SE), entre outros. São no total 18 itens registrados no Brasil.
O QUE SÃO JOÃO DA BARRA TEM DE PATRIMÔNIO IMATERIAL?
São João da Barra possui uma boa lista de costumes locais para se tornarem registrados como bens imateriais junto ao IPHAN. Comecemos pela tradição das procissões fluviais de São João Batista, Nossa Senhora da Penha e São Pedro. As corridas de canoas à vela, a construção naval artesanal, o artesanato do palhão em tabua, o conhaque batido, o puxa-puxa, o carapito, o caramelo, a goibada cascão,a pinga de salsinha da praia, o jongo, o reisado, a festa do divino, o bando, a renda de mantos sacros, as bordadeiras artesanais de peças carnavalescas, as máscaras carnavalescas que eram feitas por Adcyr Maia e outros, as críticas carnavalescas e por aí se vão. Acredito que até a salga de pescado feita pelos muxuangos da Ilha da Convivência (S.F.do Itabapoana) poderia entrar neste meio. Todos esses costumes locis poderão entrar no rol de bens imateriais a serem tombados pelo Iphan, ainda mais quando a Fundação Cultural Sanjoanense estiver sido estabelecida definitivamente e em pleno funcionamento.
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