domingo, 30 de novembro de 2008

ANDRÉ PINTO CULTIVA ESPÉCIE DE BAMBU EM EXTINÇÃO

Sistema Agro-florestal da chácara urbana de André Pinto, onde vêem-se ao fundo espécies como bananeiras, embaúbas, jabuticabeiras e ingazeiros.
Sistema Agro-florestal da chácara de André Pinto, com a utilização de plantio em cooperação com árvores de fruta pêro e abóboras.
Sistema Agro-florestal da chácara de André Pinto, com o plantio de bambu indiano mesclado a abacateiros, genipapeiros e pitangueiras.
André Pinto vem cultivando em sua chácara urbana, no centro de São João da Barra uma espécie de Bambu denominado "Bambu indiano", de baixa altura e fina espessura, que tem uma utilidade muito variada tanto para fixação do solo, quanto para artesanato. Na sua chácara urbana, André Pinto chegou a criar uma passeio entre os bambus para poder curtir ainda mais o visual desta espécie que está em extinção em todo o mundo. Ele também desenvolveu uma SAF - Sistema Agro-Florestal, onde plantou em cooperação com o bambu a abóbora e feijão e tem tido bons resultados. As vantagens de se cultivar esta espécie de bambu em uma pequena propriedade são muitas, onde há o aproveitamento para pequenas estacas de suporte à outras plantas, feitura de varas de pescar, estacas para arrancar frutas que dão em determinada altura, além do artesanato e a alegria da criançada com a obtenção de varetas na época das pipas, além também de deixar a propriedade mais refrescada com a quebra dos raios solares.
------------------------------------------------------------------------------ Metade das espécies de bambu corre risco de extinção, diz ONU
27/11/2008 Carolina Glycerio
Até metade das 1,2 mil espécies de bambu de tronco, incluindo a brasileira guadua calderoniana, corre risco de extinção, segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado nesta terça-feira.
O bambu pode ser usado como material de construção
O Brasil é o país com maior número de tipos de bambu da América Latina, com 134 espécies, o equivalente a 10% da diversidade mundial.
“Se o país quer preservar as espécies, precisa tomar as medidas necessárias para preservar as florestas nas quais elas crescem”, afirmou uma das autoras do relatório, Valerie Kapos, à BBC Brasil.
Segundo a pesquisadora, algumas espécies são endêmicas do Brasil e, embora haja áreas praticamente dominadas pela planta, outras podem desaparecer por simplesmente não terem onde crescer.
A principal ameaça ao bambu é o desmatamento. De acordo com o Pnuma, as 250 espécies mais ameaçadas estão confinadas a uma área de 2 mil km2.
O relatório também destaca a importância da planta como fonte de alimento e abrigo para várias espécies. O caso mais grave é o do urso panda, que se alimenta exclusivamente de bambu, mas há outras espécies altamente dependentes da planta.
“Cerca de 5% dos pássaros que vivem na Amazônia dependem do bambu para sobreviver e na Mata Atlântica 36 espécies são intimamente dependentes da planta”, afirma a pesquisadora.
Valor comercial
Além da importância ecológica, o bambu tem um alto valor econômico, movimentando US$ 4,5 bilhões por ano – o equivalente ao gerado pelo comércio de bananas ou da carne bovina americana. Os diversos tipos da planta são usados para os mais variados fins, de material de construção e instrumentos musicais a palitos de fósforo.
Segundo Valerie, esse potencial é pouco explorado no Brasil, em comparação com o uso que se faz da planta na China e na Índia, por exemplo, que cultivam o bambu.
“Na Ásia, o bambu tem uma posição muito mais central na vida da população. Eles desenvolveram mais usos”, diz a pesquisadora.
O aumento do uso comercial poderia, segundo ela, atrair a atenção das autoridades brasileiras e das comunidades que vivem em áreas ricas em bambu para a necessidade de preservar o grupo de plantas. Fonte: BBC Brasil.

Nenhum comentário: