quarta-feira, 30 de abril de 2008

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, INDUSTRIAL E AGRÍCOLA DE TERESÓPOLIS REEDITA LIVRO DE JOÃO OSCAR “SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DE TERESÓPOLIS”

O EVENTO
A ACIAT – Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis, em iniciativa inédita na cidade serrana de Teresópolis-RJ, realiza em grande estilo, em comemoração aos seus 70 anos de existência, o lançamento da reedição do livro “Subsídios para a História de Teresópolis” do escritor, poeta e historiador sanjoanense, João Oscar Amaral Pinto, neste dia 02 de maio, sexta-feira, às 19 horas na sua sede social à Av. J.J. de Araújo Regadas, n.º 142, centro, Teresópolis-RJ , com entrada livre a todos. A iniciativa partiu de uma conversa formal entre o Presidente daquela entidade, Sr. Rogério Gazale Féo e Sr. Roberto Féo com a viúva do escritor, Cecília Rodrigues do Amaral Pinto (aposentada) e seus filhos Luiz Alberto Rodrigues Pinto (Advogado e Professor) e André Luiz Rodrigues Pinto (Administrador e Técnico em Turismo), que em concordância imediata resolveram doar para os teresopolitanos, principalmente os alunos da rede pública de ensino, os direitos autorais da referida obra que há muito encontrava-se esgotada (três décadas). Grande desejo de João Oscar, que em vida, gostaria de destinar gratuitamente sua obra aos alunos carentes e bibliotecas do município, se vivo fosse, estaria vendo agora que seu desejo fora cumprido de forma honrosa e junto a uma entidade de toda a credibilidade possível.
AS HOMENAGENS ANTERIORES
André Pinto, seu filho mais novo, também poeta, que é residente em São João da Barra, muito feliz com esta iniciativa, demonstra que não se pode somente esperar a iniciativa do Poder Público, principalmente o de Teresópolis que não se interessou pelo projeto, mas é preciso confiar na iniciativa privada que tem a responsabilidade com seus munícipes e ainda aproveita o incentivo de leis culturais como a Lei Ruanet para resgatar obras raras. Lembra ainda André Pinto, que esta não foi uma iniciativa única a ser feita com as obras de João Oscar. Em 2006, logo após a morte de João Oscar, A Prefeita Carla Machado, através do Centro Cultural Narcisa Amália, fez belíssima homenagem ao historiador reeditando a sua obra romance intitulada “A Saga de um Herói Negro”, onde distribuiu vários livros para as escolas municipais de São João da Barra. Na verdade, a Prefeita Carla Machado fez a 1ª homenagem póstuma ao mestre João Oscar e que agora vem se sucedendo por segmentos privados em outros municípios a exemplo de Teresópolis-RJ. A 2ª homenagem póstuma foi feita pela Academia Campista de Letras na gestão do Presidente Herbson de Freitas, onde André Pinto explanou aos acadêmicos sobre a vida e obras de João Oscar. As homenagens à João Oscar não param por aí. O vereador de Teresópolis, Antônio Francisco, do DEM, da atual legislatura, nascido em Praça João Pessoa, na atual São Francisco do Itabapoana, que conheceu meu pai por muitos anos, apresentou projeto de Lei que foi aprovado por unanimidade por aquela Casa de Leis para dar à uma praça da cidade o nome de João Oscar. A Praça está sendo concluída e em breve haverá inauguração. Na Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO, João Oscar também tem seu nome estampado em diversas placas de homenagem de formandos, seja como professor, paraninfo, diretor ou Presidente. João Oscar deixou muitas lembranças em Teresópolis, fez muito amigos, conheceu sua esposa, casou-se por lá e teve seus dois filhos nascidos naquela cidade.
OS TRABALHOS DO FILHO MAIS NOVO EM HOMENAGEM À JOÃO OSCAR
André Pinto, que já recebeu o título de cidadão sanjoanense, vem desenvolvendo na sua biblioteca particular, deixada por seu pai, um importante projeto cultural para os alunos da rede pública de ensino de São João da Barra, que visa publicar em meio eletrônico (digital) a história completa de seu pai João Oscar, resumo de suas obras publicadas e genealogias, com DVD de dados e imagens. Parte do material está na gráfica Luartson em elaboração e o patrocínio está sendo negociado com diversas empresas que prezam pela cultura e resgate histórico, onde em meados de 2010 terá em mãos o DVD-piloto. Deseja também que o material seja distribuído gratuitamente para as escolas municipais de São João da Barra.
OS AGRADECIMENTOS DA FAMÍLIA
Finalizando, gostaria de parabenizar toda a iniciativa privada de Teresópolis, representada pela diretoria da ACIAT, principalmente Roberto Féo e seu filho Rogério Gazale Féo, competente Presidente da ACIAT por ter dado o devido valor a esta obra histórica, por ter respeitado os direitos autorais dos herdeiros do escritor João Oscar e por ter recebido a minha família de forma carinhosa, com muita atenção e respeito à memória de meu pai, que permanece viva entre nós. André Pinto.

sábado, 26 de abril de 2008

DIA 29 DE ABRIL - DIA INESQUECÍVEL PARA A COMEMORAÇÃO DA VIDA DE ANDRÉ PINTO

Neste dia 29 de abril,
eu posso comemorar o meu novo aniversário. Nasci de novo.
Jesus disse: " Eis que faço novas todas as coisas..." Explico melhor: Neste 29/04/08 completa um ano que eu tive um grave acidente de carro na BR 101, por causa da imprudência e negligência de uns estúpidos que, após uma boa farra de pescaria, regada a muita cachaça, cerveja e peixe frito, (foi o que a Polícia Rodoviária Federal encontrou no carro deles após o acidente) resolveram entrar na contra-mão do 1º trevo de Macaé (de quem vai de Campos para o Rio) e seguiram em frente rumo ao carro em que eu estava com meu concunhado. O resultado daquela noite de domingo 29/04 às 20 horas foi simplesmente desastroso. O acidente parou por meia hora a BR 101. Foram mobilizadas 03 UTI`s móveis, 01 carro do corpo de bombeiros, 02 carros da Polícia Rodoviária Federal e vários outros carros que estavam de viagem e que pararam para ver os estragos da trombada de frente entre um Voyage (dos “Pescadores”) e o Escort Guia (que eu estava no carona com meu concunhado Diógenes). Total de envolvidos : 05 pessoas.
Para se ter uma idéia do impacto da batida, o Escort teve o kit gás de 15 libras da mala traseira ejetado para frente e só parou em nossas costas, onde bateu nas poltronas dianteiras. Levávamos na mala nossos pertences bem como várias dúzias de bananas que se espalharam pelo interior de todo o veículo com a pressão da batida. Meu celular minha agenda de telefones sumiram do mapa. Aberto como se abre um “repolho” ao meio, o motor do Voyage saiu rasgando a cabine e foi parar na mala traseira do carro dos “pescadores” e daí se vê o estrago da batida.
Como eu estava no Escort, dormindo no banco do carona, com cinto de segurança, é claro (o que salvou a minha vida e a de meu amigo), só acordei por que o meu cunhado endireitou o meu corpo que estava caído próximo ao ombro dele e me disse: -André, André, acorda, batemos de carro, não foi culpa minha, não foi culpa minha...
Ninguém pode imaginar o que é a pessoa tirar um sono na viagem e acordar em meio a gritarias, pedidos de socorro, falta de ar, dores no corpo e não saber o que houve por alguns instantes.
Acordei com falta de ar, dormência no braço esquerdo e não consegui retirar a trava do cinto de segurança e pedi, com muita dificuldade, a ajuda de Diógenes, que estava com a boca e nariz sangrando muito por ter batido o rosto no volante e estar com o pé direito preso entre os pedais do freio e embreagem (a porta dele ficou toda travada).
Muita gritaria na estrada, alguns dizendo que o kit gás do Escort que estávamos iria explodir, outros dizendo que os carros iriam incendiar a qualquer momento e a gente preso nele. Nesse momento apareceu um curioso dizendo que o socorro já tinha sido acionado. Eu fiquei alguns minutos sem respirar direito, com muita dificuldade de falar, e para sair a palavra “socorro” foi uma ginástica.
A velocidade da batida pode-se estimar a 100km por hora cada carro e com o impacto, o meu corpo (que pesa 110 quilos) não teve qualquer resistência em evitar que eu fosse arremessado para frente e aí, o cinto de segurança fez todo o trabalho, me deixando apenas uma grande faixa roxa no tórax pela força de tração exercida. O Diógenes ainda me disse que no pára-brisa dianteiro, do lado do carona onde eu estava ficou a marca de uma cabeça (um bolheado para fora). Como pode isso se eu não tive nenhum corte na cabeça?
Quando a gente vai tomando conta da situação, eu senti que o caso era grave. Não conseguia mexer a minha perna esquerda, além do mais o painel do carro estava todo na minha barriga, todo solto. O vidro do pára-brisa dianteiro estava todo trincado, mas não quebrou em nós. Senti que meu fêmur estava com uma ponta para fora de minha coxa. Mantive a calma e apliquei as técnicas de primeiros-socorros que aprendi no Curso Técnico de Turismo do CEFET/Campos que foi realizado em São João da Barra. Evitei me mexer na poltrona e fiquei com o meu pescoço imóvel no encosto da poltrona, mas gemendo à meia altura.
Um outro rapaz que passava no local nos disse que o caso dos outros feridos era mais grave que o nosso e que com a gente a situação estava controlada. Os carros de UTI chegaram em apenas 08 minutos e para minha surpresa fui socorrido por um colega de Curso de Turismo da UNOPAR chamado Alex ( De Campos dos Goytacazes), que é anjo do asfalto a algum tempo e já salvou muitas vidas. O seu companheiro Gideão (de Conceição de Macabu) também foi "10" no socorro.
Na retirada do painel do Escort de cima de minha barriga também foi verificado que além da fratura exposta de meu fêmur, eu estava com fratura exposta do tornozelo esquerdo, este último “jorrando” sangue no tapete do carro e o meu pé todo dobrado para o lado de dentro, lembrança que me arrepia até hoje.
Nos chega a notícia, ainda no carro, que um dos três ocupantes do voyage havia morrido nas ferragens e aí a tensão aumentou.
No entanto, Fomos resgatados com êxito, pois os procedimentos dos anjos do asfalto são excepcionais e fomos levados para a UTI do HPM (Hospital Público de Macaé) onde fiquei por uns 40 minutos agonizando em uma maca, semi-nú, com muito frio e dor. Confesso que os médicos do HPM foram solícitos, pois naquela noite tinha havido vários acidentes com motos e carros e a emergência estava um caos, mas como eu tinha duas fraturas expostas e o acidente era proveniente da BR 101, acabei tendo prioridade. Que sorte. Fiz vários exames, para não dizer mais de 15. O alívio maior foi quando tomei a injeção de RAC, já na mesa de operação e ficou tudo adormecido e quentinho da cintura para baixo. Depois de furadeiras, serras e costuras, como se estivesse numa linha de produção, fiquei internado por 14 dias.
No dia seguinte à operação, nos corredores do HPM, tive a visita de minha amável esposa Maysa Inês, minha mãe, meu irmão, meu primo, sogro de meu irmão, e meu sobrinho.
Fiz muitas amizades no HPM, desde médicos, enfermeiros e pacientes. Chorei muito, tive bastante dor, ri para valer com algumas travessuras de meus colegas internados, que eram impossíveis.
Depois de longos 14 dias, tive alta e rumei para minha querida São João da Barra. Foi a maior festa na chegada. Teve até balão de encher e faixa. Fiquei bem acomodado na casa de minha sogra Maria Rita que me deu todo apoio e meu sogro José Jorge que não mediu esforços para a minha recuperação. Para resumir... Fiquei até o mês passado usando muletas. Fiz uma operação recente com o meu médico Dr. Douglas (da Santa Casa de misericórdia de São João da Barra) para a correção da fíbula (enxerto ósseo) e agora estou refazendo os planos para nova fisioterapia. Já estou trabalhando e falta pouco para voltar a andar normalmente. Devo muito à minha esposa Maysa Inês, uma mulher fora de série que manteve-se firme nesta trágica luta de recuperação. A minha fisioterapia foi 10 também. Tive como fisioterapeuta nada menos do que o Dr. Igor Cardoso, sanjoanense, Campeão Brasileiro de Karatê pelo Clube do Vasco da Gama, que me incentivou bastante e me fez recuperar toda a massa muscular que estava definhada. Deixo aqui o meu relato para que outras pessoas possam ter forças para recuperação de qualquer acidente, principalmente os acidentes de trânsito. Confie em Jeová DEUS, confie em você e aceite todo o tipo de ajuda. Você vai sair dessa como eu estou saindo!!! É uma pena que a BR 101, principalmente no trevo de Macaé, onde eu bati, continue a tirar vidas de pessoas inocentes, pais de famílias e trabalhadores e que nada é feito após estes acidentes. Que venha a duplicação da estrada logo e que os pedágios que serão instalados sirvam para colocar ordem naquela “rodovia da morte”. Em pensar que eu participei de um movimento de paralização da BR 101 promovida pela Ong Cidade 21 e Grupo Vida, no Shopping Estrada, anos atrás, e acabei me tornando vítima dela... Chego a conclusão de que ninguém está isento de morrer naquela rodovia – viajar nela... é uma questão de sorte somente. Abraços André Pinto OBS: Gostaria de agradecer a todos que me ajudaram na recuperação, sem citar nomes, pois poderia esquecer de alguém e cometeria injustiças, desde os anjos do asfalto; diretor, assistente social, médicos e enfermeiras do HPM; Prefeita, Secretária de Saúde e assessora da PMSJB, motoristas da PMSJB, motorista de ambulância da PMSJB, médicos e enfermeiros da Santa Casa de S. J. da Barra, parentes e amigos, enfim a todos que estiveram comigo durante a recuperação.

CONHEÇA O PONTAL DE ATAFONA

Conheça todos os mistérios do Pontal de Atafona: Sinta o vento nordeste beijar-lhe por inteiro; Venha conferir o fenômeno de avanço do mar; ouvir histórias da visita de Chico Xavier em 1967; histórias da aparição de discos voadores em 1977; a energia das areias monazíticas; caminhe na passarela do mangue; a história do francês na ilha do Lima; a Ilha da Convivência (onde moram os Muxuangos, habitantes caiçaras únicos no Brasil, descendentes de piratas holandeses); ouça as histórias dos pescadores; a lenda da Capela de Nsa. dos Navegantes e do Mangue da Moça Bonita; histórias e tesouros da navegação; histórias sobre os homens das máscaras de chumbo que explodiram dinamites na foz do Paraíba por causa de experiências extraterrestres; local das filmagens de Norma Benguel e Antônio Pitanga em “A garganta do mundo”, Sônia Braga em “Gabriela , Cravo e Canela”, "Ruinas de Atafona" de Frederico Alvim e "Atafona Por que?" de Gilberto Pessanha e Freire. Venha saborear o famoso “mulato velho”, culinária típica do local. Não basta ver, é preciso sentir...
Procure um Guia em Turismo credenciado à Turisrio e Embratur:
André Pinto - Guia em Turismo Científico que já prestou serviços ao "Projeto Erosão Costeira do Pontal de Atafona ( UFF e UERJ)".
tel:(22) 99346379 / (22) 2741-1893

ESTREIA DO FILME "ATAFONA POR QUE?"

EQUIPE DE ALUNOS DA UFF E UERJ APÓS APRESENTAÇÃO DO FILME "ATAFONA POR QUE?" NO CINE TEATRO SÃO JOÃO EM 25/04/08.
Foi Maravilhosa exibição de estréia do filme “Atafona, por que?”, acontecida no Cine Teatro São João, em São João da Barra, nesta sexta-feira, 25/04/08 às 16 horas. Com a sala cheia e no “escurinho do cinema”, pudemos ver o cenário de beleza e destruição do balneário de Atafona, no litoral de São João da Barra, que através de um processo erosivo intenso, vem causando espanto aos moradores locais, turistas e estudiosos. Estiveram presentes ao evento toda a equipe de elaboração do filme (alunos do Curso de Graduação de Mídia da UFF), inclusive o seu diretor, Miguel Freire (uma simpatia de pessoa), do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF, bem como o renomado Professor Gilberto Pessanha com seus alunos do Curso de Geografia da UFF. Além da equipe técnica, compareceram ao evento os alunos da Rede Pública de Ensino devidamente uniformizados bem como os Secretários de Meio Ambiente Marcos Sá e de Planejamento Vitor Aquino, Gerson Lopes, representando a Secretaria de Comunicação além de assessores da SEMASP, professores e inspetores de alunos. A produção cinematográfica contou com apoio da Prefeitura Municipal de São João da Barra, durou 18 minutos e mostrou as diferentes explicações e sentidos de suas personagens “Atenah” e “Métis” face ao evento erosivo da natureza em Atafona. Currículo de Gilberto Pessanha É engenheiro cartógrafo e professor adjunto da UFF e da UERJ, com doutorado em geografia física envolvendo processos costeiros na região de Atafona. É coordenador do Projeto de pesquisa “Mapeamento Digital da Planície Costeira do Rio Paraíba do Sul – Norte-Fluminense” e “ Mapeamento Temático do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Parnaso”, pelo Departamento de engenharia Cartográfica da UERJ. Docente credenciado ao Programa de Pós-graduação em Engenharia de computação (com ênfase em Geomática pela UERJ), atua nas áreas de Cartografia Digital, Geologia do Quaternário, Geoprocessamento, Geodésia, GPS e Astronomia de Posição. Depoimento de André Pinto: Conheci o Professor Gilberto não faz muito tempo, mas posso dizer que, pelos vários contatos que fiz com ele pessoalmente (inclusive com guiamentos que fiz como guia em turismo científico à Lagoa do Salgado, no 5º Distrito, para alunos de Engenharia Cartográfica UFF e UERJ), trata-se de uma pessoa muito especial, um verdadeiro presente para São João da Barra, pois além da competência e de seu jeito sempre cordial em tratar o próximo é um fervoroso amante de São João da Barra, possuindo até imóvel nesta terra maravilhosa, onde passou parte de sua vida. Conhecer o Professor Gilberto Pessanha é sem dúvidas alguma uma experiência inesquecível. Parabéns Professor, tu sabes que eu sou teu fã e admiro muito os seus trabalhos, monografias e teses. Todos nós da SEMASP temos muito orgulho de você!!!. Grande Abraço André Pinto (produtor deste blog) Como baixar o filme gratuitamente na internet? Acesse www.atafona.uerj.br/atafona_por_que.zip

quinta-feira, 17 de abril de 2008

DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR EM SJB

O Pólo de Educação Ambiental de São João da Barra / Projeto Pólen em parceria com a secretaria municipal de Educação e Cultura realizou nesta quarta-feira (16/04/08), no Cine Teatro São João, palestra sobre o tema: “Educação Ambiental no Espaço Escolar”. Participaram do encontro professores da rede municipal de ensino que atuam nas áreas de Geografia, História e Ciências do 4º ao 9º Ano do Ensino Fundamental, secretária municipal de Educação e Cultura, Graça Maria Vicente Viana, secretário municipal de Meio Ambiente Marcos Sá, responsável pelo projeto Pólen na Petrobras Márcia Mancebo, além de ongs e pessoas da comunidade. De acordo com as responsáveis pelo Pólo em São João da Barra, Vanuza Nunes e Arleide Ferreira, a palestra contribuiu para a reflexão da educação ambiental numa nova visão da metodologia participativa mostrando um conhecimento mais amplo da área ambiental sem sair da realidade local. A responsável pelo Pólo de Educação Ambiental de Búzios, Ana Clara Menezes Ramos, palestrou enfocando a sua experiência na implantação da educação ambiental nas escolas de Búzios. “O tema Educação Ambiental se incorpora ao cotidiano escolar nas demais séries por intermédio das disciplinas, e não apenas como um tema excepcional em semanas ou atividades comemorativas”, explica. Segundo Ana Clara o objetivo é encontrar nas disciplinas contribuições efetivas que elas possam dar a partir de sua própria natureza, visando o entendimento a ampliação e o enriquecimento da questão ambiental. – Que isso se dê sem que o professor de qualquer disciplina tenha que fugir do seu programa sem ferir sua autonomia. A necessidade é que ele integre no seu curso, conforme especialidade de sua área, o tema ambiental – completa.
* Por Fabrício Berto
Secretaria de Comunicação da Prefeitura Mun. de São João da Barra

MPX FAZ REUNIÃO DA UTE COM PROPOSTAS ANIMADORAS

Romeu Rodrigues, gerente do complexo Portuário do Açu e Roberto Brito (ao fundo) esclareceram as dúvidas dos presentes na apresentação pública da Usina Termelétrica do Açu (UTE) no Cine Teatro São João.
A reunião realizada no Cine Teatro São João, Centro, São João da Barra, em 16/04/08, com início às 19 h sobre a apresentação da UTE do Açu foi muito proveitosa em todos os aspectos. Quem não foi, simplesmente perdeu a chance de se preparar para as próximas etapas do processo como a própria Audiência Pública que deverá ocorrer em São João da Barra nos próximos dias. Roberto Brito e Cecília Alarsa da CRA e Romeu Rodrigues, Gerente do Complexo Portuário do Açu, fizeram as apresentações do EIA/RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) do empreendimento do grupo EBX para produção de energia elétrica a partir do carvão importado via o porto do Açu. Com um investimento de R$ 6 bilhões quando estiver em operação, em 2012, irá gerar uma frente de trabalho para 170 funcionários. Destes, 20 serão de engenheiros/administradores, 15 supervisores, 30 operadores com ênfase em mecânica e manutenção, 55 operadores do sistema de geração de energia elétrica e 50 funcionários administrativos.no pico da construção do empreendimento, Brito chega a calcular 2500 empregos oferecidos. Roberto Brito explicou também que o carvão mineral que será importado terá melhor aplicabilidade na UTE do Açu do que o carvão mineral brasileiro que tem muita impureza. Que o carvão, depois de utilizado nos geradores servirá como matéria-prima para indústrias de cerâmica e próprio aterro. Que as esteiras que levam o minério do navio à UTE serão em forma de "clausura" para não emitirem partículas na atmosfera, bem como os pátios de estocagem de carvão mineral terão umidificadores para compactarem o minério ainda cercado com paredes artificiais e cobertura vegetal externa evitando se dissiparem. Que a água consumida sairá do mar por dutos especialmente impermeabilizados contra oxidação pelo salitre e deverá ser devolvida ao mar com uma temperatura em torno de 36 graus Celcius. A área de instalação do porto receberá aproximadamente 600 mil metros cúbidos de aterro para elevar o pátio a altura de 1 metro acima do nível da superfície. A boa notícia é a inclusão da área do Grussaí/Iquipari como área de interesse ambiental, para criação de APA e reserva legal, respeitando-se as faixas marginais de proteção, APP´s etc., segundo obediência à FEEMA. Roberto e Cecília mencionaram ainda, como compensação ambiental, o interesse em recuperação da vegetação nativa em reflorestamento, a manutenção adequada dos aterros de resíduos sólidos para se trabalhar o gás metano neutralizando-o ou aproveitando em geração de energia limpa, sumidouros de co2, etc .
Na parte de capacitação, disse Roberto: "Que os futuros empregados da UTE estão sendo preparados da melhor forma possível, devendo-se dar prioridade para os que residirem e forem domiciliados na AID (Área de Influência Direta) do empreendimento".
Cecília demonstrou por fórmulas matemáticas e projeções por computador que as partículas emitidas na futura chaminé da UTE que deverá ter 200 metros de altura não alcançarão nenhum núcleo urbano, nem mesmo Grussaí que está a 5 km de distância do local indicado para a construção da UTE do Açu e que estas chamainés terão denitrificadores (filtros de nitritos) evitando a expansão de gases para a atmosfera. Com perguntas variadas, o público indagou desde a construção da estrada da pontinha que liga a BR 356 (curva de Grussaí) até a Fazenda Caruara e em seguida Saco Dantas, como deverá ser o aterro da área da UTE, porque os apresentadores da MPX não mencionaram na AID (Área de Influência Direta) a lagoa do Salgado, que tipo de controle estava sendo feito para conter as particulas atmosféricas com a adoção de TAS (Tecnologias Ambientalmente Saudáveis) e que tipo de compensação ambiental seria feita para negociar créditos de carbono nas bolsas de valores e se a MPX está nas Bolsas de Valores, porque não se investiu em energia eólica, porque não se recupera a lagoa de Grussaí que está totalmente poluída, porque a classe pesqueira não teve reunião ainda, se há algum exemplo no mundo de uma UTE igual a esta que estará sendo construída em São João da Barra, etc. Vários segmentos estiveram presentes, a exemplo de Secretarias do Governo Municipal com seus secretários, assessores e diretores, Comissão Municipal para Projetos Especiais do Porto do Açu, ambientalistas, produtores rurais, pescadores, Núcleos de Educação Ambiental, Clubes de Serviço, Pousadeiros etc. Foi oferecido um folder explicativo da construção da Usina Termelétrica do Açu para os presentes, com esclarecimentos básicos sobre o empreendimento. Valeu a pena estar lá nesta noite chuvosa de quarta-feira. *Por André Pinto

domingo, 13 de abril de 2008

CONVITE PARA ESTRÉIA DO FILME : ATAFONA POR QUE?

25 DE ABRIL DE 2008 (SEXTA-FEIRA) ÀS 16H CINE-TEATRO SÃO JOÃO, SÃO JOÃO DA BARRA, RJ Direção: Miguel Freire Fotografia: Emanuel de Jesus Produção Executiva: Gilberto Pessanha Direção de Produção: Aline Carvalho Roteiro: Clarissa Nanchery Trilha Sonora: Kina Mutembua Edição: Eduardo Sánchez Sinopse ATAFONA por quê? Antiestético? O avesso do cartão postal - paisagens de ruínas de casas e prédios, destroços e dunas, trazem inquietações que procuram porquês. Cenários insólitos que revelam o avanço do mar sobre a cidade. Trata-se da erosão costeira na praia de Atafona, litoral norte fluminense, um fenônemo que ganha diferentes explicações e sentidos no discurso científico de Atenah, na sabedoria popular de Métis e nas indagações da pequena Atafona. Nada tão simples e natural que não possa ser visto como um mistério... http://www.atafona.uerj.br/ www.uff.br/atafona Apoio: Prefeitura municipal/São João da Barra, RJ Realização: UFF e UERJ Contatos: (21) 9994-1239, 9403-9078 __________________________________________________

PROJETO DA USINA TERMELÉTRICA PORTO DO AÇU

OBRAS DO PORTO DO AÇU EM PLENO VAPOR.
A MPX, subsidiária da MMX, está convidando a todos a participarem da apresentação pública do Projeto da Usina Termelétrica Porto do Açu, a se realizar no dia 16/04/08 às 19 h no cine Teatro São João, em São João da Barra-RJ, com endereço a rua Gladys Teixeira, 264, centro. Na oportunidade serão apresentados os pedidos de licença, projetos e dados técnicos do empreendimento.
É importante o comparecimento de todos, pois esta usina trará muito debate e o povo sanjoanense deve ter a responsabilidade e maturidade para assumir os benefícios e malefícios do desenvolvimento que está chegando e já está latente para todos nós.
compareça.
* Por André Pinto.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR

Equipe Pólen - São João da Barra-RJ em sua sede recém-inaugurada.
O projeto Pólen, através de seu pólo de educação ambiental de São João da Barra, promove no proximo dia 16/04/08 de 8 às 11h a palestra: "EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR" a ser realizada no Cine Teatro São João, no centro da cidade. A palestrante Ana Clara Menezes Ramos, mostrará um panorama de experiência do município de Búzios, localizado no Estado do Rio de Janeiro, com a implementação da educação ambiental na escola de forma disciplinar, ressaltando também a interdisciplinaridade e a temática do projeto proposto pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura do Município de São João da Barra.
Público Alvo: Professores da rede municipal de ensino que estejam atuando do 6º ao 9ºdo III ciclo nas disciplinas de Ciências e Geaografia e professores do 4º e 5º ano do II ciclo.
Vale mencionar aqui a competência e seriedade da equipe Pólen de São João da Barra, que tem atuado em prol do desenvolvimento sustentável de São João da Barra, através de projetos ambientais importantes. Parabéns a toda equipe e ao núcleo de Educação ambiental que já mostra resultados.
Organização do evento : Vanuza, Arleide, Áureo e Carlinhos.
Obs: Será fornecido certificado de participação.
*Por André Pinto.

DEVON PROMOVE FÓRUM AMBIENTAL EM SJB

"TABUAÇU", SERÁ UM DOS TEMAS DO FÓRUM AMBIENTAL, SOBRE O PORTO DO AÇU E AS MUDANÇAS SOCIO-ECONÔMICAS QUE OCORRERÃO COM A CHEGADA DO EMPREENDIMENTO NO AÇU.
Neste domingo próximo, 20/04/08 às 17 h 30 min acontecerá o Fórum Ambiental do Campo de Polvo, em Atafona, São João da Barra, promovido pela DEVON e ABAETÉ. O evento que será realizado em parceria com a Prefeitura Municipal de São João da Barra, Escola Estadual Newton Alves, Rádio Barra FM, será na Praça Afonso Celso ( Praça do Meireles) e contará com a apresentação de três documentários feitos pelos próprios munícipes em oficina de cinema ambiental HUMANO MAR que se realizou recentemente no município. Além da apresentação, os presentes participarão de debates abertos que serão apresentados em telão, em tempo real, algo inédito na cidade, ao ar livre. Temas abordados: "Maragado", que falará sobre as questões da pesca no município, " Lembra-te do dia de sábado" que fala do avanço do mar no Pontal de Atafona" e "Tabuaçu", que verifica o modus vivendi dos moradores do açu e suas perspectivas para a construção do complexo portuário do Açu.
Conheço bem a responsabilidade socio-ambiental corporativa da DEVON ENERGY DO BRASIL, pois, em outras oportunidades conversei com Murilo Marroquim (Presidente) que esteve em evento em Atafona e o mesmo se mostrou muito satisfeito com a participação da comunidade pesqueira nas atividades e reivindicações da mesma. A Oficina de Cinema Ambiental já foi uma das medidas importantes da empresa para com São João da Barra. Outras etapas virão e mais projetos serão incorporados, a exemplo do site que será criado pela DEVON para incubar novos documentários ambientais. Vamos dar os parabéns a essa empresa, que à sua frente tem homens de visão e estão preocupados com o meio ambiente, principalmente do Norte Fluminense.
Vai aqui também o meu crédito ao Igor Barradas, coordenador da Oficina Ambiental da DEVON , que, praticamente já virou sanjoanense e tem uma educação fora de série para fazer a comunicação social da DEVON em nossa região.
Compareçam , pois vai ser bom demais...!!!
(SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO!!!)
*André Pinto

ATAFONA: UM CENÁRIO DE LEMBRANÇAS

Prédio caído - final de tudo...
Débora Batista jornalista.
O Diário - 13/04/08.
Há aproximadamente cinco anos, a família Goulart se reuniu pela última vez na casa de praia onde várias gerações curtiram dias de verão. A residência construída há 60 anos em Atafona, São João da Barra, estava sendo tomada pelo mar. Os irmãos, ao lado de seus cônjuges, filhos e alguns netos, tentavam impedir as lágrimas com músicas e sorrisos, enquanto tomavam uma cerveja em torno de um churrasco de despedida. Nas paredes que em breve não estariam mais erguidas, deixaram frases que tinham um quê de poesia: “as águas não vão levar os bons momentos que passamos aqui”. Na última semana, mais uma cena marcou com tristeza os que moram e os que um dia veranearam em Atafona: a queda do Prédio de Julinho, um marco na resistência ao fenômeno da erosão marítima. Quem nunca foi fotografado ao lado do Prédio de Julinho? O retrato que faz parte de tantos álbuns agora é história. O prédio que nunca chegou a ser concluído passou a ser escombro. Sua queda marca um novo momento: as ruínas hoje representam um sério perigo para quem se aproxima das águas. A praia foi cercada com tablados de madeira e cercas pela Defesa Civil, da prefeitura, obedecendo a determinação do Ministério Público. A visão do que restou do prédio agora é privilégio da moradora Soninha Ferreira. Vizinha da famosa construção, ela consegue ver de sua sacada tudo aquilo que atraiu tantos estudiosos, curiosos, veranistas e até mesmo equipes de reportagem ao local. “O cenário é lindo, mesmo que devassador”, garantiu.
À medida em que construções dos vizinhos iam sendo levadas e as águas se aproximavam, Diva Goulart deixou de freqüentar Atafona. Foi-se embora a residência de Jorge Prazeres, Santiago Carvalhido, Nilson Azevedo, Reinaldo Antunes. “Mamãe não tinha coragem de ver o mar levando nossa casa. Ela não voltou para vê-la tombada. Nós mesmos evitávamos que ela fosse a Atafona”, contou a filha Lia Jeane Goulart Marins, hoje proprietária de uma pousada na praia. Lia se recorda quando a destruição começou. “As águas começaram a invadir por baixo. O chão ficou úmido. Decidimos levar dali os móveis. Depois tiramos as janelas e as portas. Tudo está guardado. São nossas recordações. Um dia, o muro caiu. O mar então começou a levar a parte da frente. De repente veio uma onda e levou o que restava. Durante muito tempo, ficou apenas o arco amarelo do portão. Hoje não sei se ele ainda está lá”, recordou. Era um domingo quando a família decidiu ir até o imóvel para despedir-se dele. “Foi um momento de tristeza, porque veraneamos lá desde quando éramos crianças. Eu tinha oito anos no meu primeiro verão. Quando eu e meus irmãos éramos jovens e solteiros, estávamos lá nos meses de janeiro e fevereiro. Casamos e continuamos a freqüentar a casa. Depois levamos nossos filhos, antes de cada um construir o seu canto. Era uma época mais romântica, de muitas serenatas, com um verão mais tranqüilo. Mas havia festa todas as noites, em algum lugar. Eram tempos felizes”, contou.
Projeto Atafona
Desde 2004, uma equipe da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) desenvolvem o Projeto Atafona, que consiste em avaliar o processo de erosão marítima, analisar os impactos no presente, passado e futuro e promover o mapeamento cartográfico aplicado ao monitoramento de erosão costeira, fazendo ainda o mapeamento histórico-geológico de processos costeiros holocênicos na planície do rio. Os professores Alberto Garcia de Figueiredo Júnior e Gilberto Pessanha Ribeiro, dos departamentos de Geologia e Engenharia Cartográfica estudam o fenômeno. O trabalho consiste em disseminar informações sobre a erosão marítima junto à comunidade científica e comunidade local (pescadores, artesãos, professores de escolas públicas, técnicos da prefeitura, turistas, moradores de Atafona e veranistas), através de exposições, fóruns e debates. O processo de erosão começou há aproximadamente quatro décadas, com o avanço contínuo do mar. Desde então, cerca de quatro quarteirões com casas, posto de gasolina e igreja já estão submersos.
Soninha estava em casa, quando começou a ouvir os primeiros estalos. Correu para a janela e acompanhou toda a queda do prédio de Julinho. “O barulho não foi tão grande. O que chamou atenção foi a poeira. A cena foi indescritível e triste. O prédio começou a estalar e caíam pedaços de reboco. Depois, caiu em cima de si mesmo. Parecia que estava sendo implodido, não por uma empresa, mas pela própria natureza. Logo levantou-se uma nuvem de poeira. Muita gente se aproximou para ver, mas a praia já estava isolada”, contou a vizinha. A melancolia era profunda diante do acontecimento histórico. “Passei minha vida acompanhando aquele prédio, que faz parte da história de muitas pessoas. Apesar de não ter sido finalizado, o prédio teve movimento. No térreo funcionaram padaria, supermercado, loja de material de construção e, ainda, muitos apartamentos chegaram a ser ocupados por pessoas que moraram no local”, informou. Sônia está consciente de que um dia sua casa também será levada. “Eu acredito e espero que este dia ainda demore a chegar. Mas sei que o prédio do Julinho era uma barreira para a minha casa, que deixou de existir. Embora muitas pessoas me aconselhem a sair daqui, não vou deixar este endereço agora. Também não quero confrontar o mar. No dia em que as águas derrubarem meu muro, vou me mudar. Só peço a Deus que me dê mais um tempo”, planejou. Sônia construiu a casa há 28 anos, quando seus filhos ainda eram pequenos. Há 12 anos, realizou o sonho de morar em Atafona. “Amo este lugar. Sempre estive aqui, não apenas nos verões como nos feriados, mesmo quando morava no Rio de Janeiro. Tenho saudade de lugares que não existem mais. Por mais que estes locais estejam na memória e no coração, é triste não tê-los fisicamente, porque quando olhamos para um espaço, nos lembramos das pessoas que estiveram ali. É como o prédio de Julinho. É triste, mas a vida tem que continuar”.
À espera das ondas
Histórias de quem perdeu suas casas não faltam em Atafona. Na última semana, o mar levou a residência de Zedna e Afonso Pinto. Muitos pescadores já se acostumaram a perder casas. Eles vivem à espera das ondas, no litoral. Os moradores do Pontal, no entanto, não temem o fenômeno e garantem que não saem de perto do mar. Eles afirmam que o homem sofre pelas próprias ações. O pescador e comerciante Almir Bernardinho, popularmente conhecido como Almir Largado, mora entre o rio e o mar há 26 anos. Ele se divide entre as pescarias durante a semana e, nos fins de semana, toca um bar. Largado perdeu a casa que vivia com os pais e irmãs, há 18 anos. “Pescador é teimoso. A gente só deixa a casa na última hora, quando não tem mais jeito. Não tínhamos para onde ir então a única saída era continuar ali. Até que havia tanta areia que foi impossível continuar. O mar já levou mais de 500 casas. É difícil recomeçar. Mas Deus dá forças”, recordou. Para o pescador, há como reverter o processo de erosão, porém, o que deveria ser feito não está acontecendo. “O Governo Federal deveria reflorestar a mata costeira para o rio Paraíba do Sul recuperar sua força, desde São Paulo”, opinou. Largado assume sua culpa, no processo. “Eu mesmo já joguei lixo no rio. Antigamente, fazíamos assim. Aprendemos tarde. Hoje nos ajuda contar com o caminhão de lixo. Temos agora que passar o que aprendemos para as crianças. Elas é que terão que se comprometer com o que ainda está por acontecer”, concluiu.

domingo, 6 de abril de 2008

MARÉ ALTA ATÉ 13 DE ABRIL PODE DERRUBAR "PREDIO DO JULINHO" EM ATAFONA

Anunciada a maré alta até 13 de abril, poderá levar ao chão o conhecido prédio de "Julinho" em Atafona, São João da Barra. Hoje, 05 de abril de 2008, na parte da tarde foi registrada esta foto com a maré bastante agressiva. Creditos da foto: Helma Loureiro.

sábado, 5 de abril de 2008

O RETORNO PARA CASA...

A experiência inesquecível do resgate e soltura do tamanduá-mirim em novembro de 2005 em Grussaí, São João da Barra foi maravilhosa!!! Este belo animal se perdeu de sua trilha selvagem ou por outro motivo saiu do perímetro nativo de Iquipari e acabou parando no centro de Grussaí, onde um caseiro de alma caridosa, vendo os cachorros latindo à noite sem parar, foi à rua para ver o que era e aí se deparou com o adulto tamanduá-mirim ou conhecido tamanduá-de-colete passeando livremente sem noção de perigo. O caseiro acabou guardando o lindo bichano de pelos pretos e dourados num banheiro da casa de praia que trabalhava, me ligou e esperou que eu chegasse no local para fazer o resgate e soltura no seu habitat natural, ou seja, mata da Caruara, próximo as lagoas de Grussaí e Iquipari. A força do bichinho era tanta que ele chegou a arrancar os frisos da caçamba da pick-up da Prefeitura de São João da Barra. A operação de soltura foi um sucesso como podem-se ver nas fotos tiradas por João Batista – fotógrafo profissional da Prefeitura de São João da Barra. A área em que habita o tamanduá-mirim e outros animais silvestres como a preguiça-de-coleira, o ouriço caixeiro, a jibóia da restinga, a jararaca pico-de-jaca, na restinga do complexo lagunar de Grussaí e Iquipari está para se tornar uma grande área de conservação (APA) em entendimentos da Prefeita Carla Machado com a FEEMA, Secretaria Estadual de Ambiente, SERLA e MMX, respeitando-se limites com o porto do Açu em sua retro área, gerando assim o desenvolvimento sustentável pretendido. A proposta é muito interessante no ponto de vista de preservação da biodiversidade do local, além de criação de corredores ecológicos em ligação com outros pontos de interesses naturais. Fica aí a dica : quando encontrar um animal silvestre fora de seu habitat natural entre em contato com os órgãos ambientais locais para que façam a averiguação e reintrodução devida. André Pinto – funcionário da SEMASP.

terça-feira, 1 de abril de 2008

LEI Nº 001/2005

Prefeita Carla Machado assina ao lado do Padre Francisco e de Dr. Plínio Berto a Lei que cria o "Dia Municipal do rio Paraíba do Sul". Prezados amigos, coloco à disposição de todos, a pedidos, a Lei Municipal que dá amparo ao rio Paraíba do Sul. Parabéns a nossa Prefeita Carla Machado por tão grandiosa homenagem!!! Abraços André Pinto EMENTA: CRIA NO CALENDÁRIO DE EVENTO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BARRA O “DIA DO RIO PARAÍBA DO SUL”. A Câmara Municipal aprova e eu, Prefeita do Município de São João da Barra sanciono a seguinte lei: Art.1º - Fica criado o calendário de eventos do Município de São João da Barra o “Dia do Rio Paraíba do Sul”, a ser comemorado a cada 22 de março. Art. 2º - O poder Público Municipal, em conjunto com a coletividade, realizará eventos alusivos à data, destacando a importância histórica, cultual, social, econômica e ambiental do Rio Paraíba do Sul para o município de São João da Barra, e estimulando e realizando ações voltadas para preservação e proteção dos recursos hídricos. Art. 3º - A programação municipal em comemoração ao “Dia do Rio Paraíba do Sul” será realizada em conjunto e integrada à dedicada ao “Dia Mundial da Água”, instituído pela Organização das Nações Unidas – ONU, para mesma data. Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. São João da Barra – RJ, 21 de março de 2005. Carla Maria Machado dos Santos Prefeita Municipal