sexta-feira, 30 de julho de 2010

NOS TRILHOS DE UM TREM PARA SÃO JOÃO DA BARRA

JustificarSão João da Barra participa de Encontro Regional de Preservação e Revitalização Ferroviária, em Quissamã
São João da Barra está sendo representada no Encontro Regional de Preservação e Revitalização Ferroviária, que acontece de sexta, 30, até este sábado, 31, em Quissamã. Subsecretário municipal de Transportes, Sérgio Romero, participa do evento enfatizando o interesse do município no movimento que visa o desenvolvimento do turismo na cidade também por meio da revitalização ferroviária. O Encontro é realizado pela Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais (ABOTTC) e o Movimento de Preservação Ferroviária (MPF), em parceria com a Fundação Municipal de Cultura e Lazer de Quissamã. — Já estivemos em encontros semelhantes, em outros lugares, com a intenção de estudar as possibilidades de implantar o turismo ferroviário em São João da Barra. O Departamento de Transporte Ferroviário (DTF) já iniciou um estudo para identificar se economicamente será viável a implantação deste projeto no município. Quissamã já está adiantada nesse sentido, por isso estamos participando deste Encontro, para também colocarmos em prática a idéia — explica Sérgio Romero. Caso o projeto, que encontra-se em sua primeira fase de implantação, seja realmente aplicado em São João da Barra, amplia-se o leque de circuitos turísticos e econômicos do município que já atrai visitantes por suas praias, artesanato e pólo gastronômico. — Essa proposta iria alavancar ainda mais o turismo em São João da Barra, que também é sede do Sesc Mineiro de Grussaí, um dos maiores complexos exploratórios ferroviários do país, com sua locomotiva que passeia por 15 quilômetros, dentro do espaço, e atrai turistas de várias partes do Brasil. Esse seria um outro enfoque turístico para a cidade que é perfeita para essa implantação por localizar-se numa região plana, principalmente — acredita Romero, que se encontrará nesta sábado com representantes do DTF para averiguar em qual grau encontra-se o estudo para a viabilidade do projeto. O ENCONTRO – O evento prossegue neste sábado, a partir das 8h, no Cine Quissamã. Com palestras, debates e troca de experiências, a programação reúne personalidades de instituições ligadas aos setores ferroviário, turístico e cultural do país. Este é o quarto encontro de 2010, sendo que os primeiros foram em Juiz de Fora (MG), Barra do Piraí (RJ) e Cataguases (MG). Entre os temas, destacam-se: Trens Turísticos e Culturais – Experiências Empresariais/Vídeos; Preservação e Revitalização Ferroviária – A experiência da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária)/O projeto para Quissamã; Ferrovia no Norte Fluminense – História e Perspectivas; Trens Turísticos e Culturais – Novos Projetos; e Elaboração de Projeto / Captação de Recursos. Ao final será redigida a Carta de Quissamã (ata da reunião), com conclusões e recomendações obtidas a partir do evento, que deverão ser discutidas na próxima reunião, prevista para acontecer em agosto, em João Pessoa (PB). O MPF – O Movimento de Preservação Ferroviária é uma associação com fins não econômicos (sem fins lucrativos), que surgiu como um movimento informal em 1997, a partir da realização do I Seminário de Preservação Ferroviária, no Hotel Recanto das Hortênsias, em Passa Quatro – MG. Tem por finalidades fomentar, desenvolver e apoiar programas, projetos e atividades que visem ao resgate, à preservação e à valorização do patrimônio histórico e cultural ferroviário e à revitalização do transporte sobre trilhos no país. *Carla Cardoso

FALECEU DR. GILSON MORAES - UM TEMPESTIVO ADMIRADOR DE ATAFONA

Todos nós sentimos muito com a notícia do passamento do querido amigo, Dr. Gilson Moraes, marido de Dona Márcia e pai do Léo. Segundo informações obtidas na internet, Dr. Gilson foi acometido de um forte AVC que lhe tirou a vida. Quem é que nunca fez uma visita na casa de natal encantada que Márcia e Dr. Gilson montavam no período natalino, no Balneário de Atafona? Entrar na casa de Márcia e Dr. Gilson no período natalino é como se fizéssemos uma viagem ao mundo encantado do papai Noel na Finlândia! As minhas filhas odoravam a decoração natalina e pediam para todo ano dar uma passadinha por lá. Dr. Gilson tinha um grande prazer em receber os amigos em sua casa, principalmente no período natalino. Gostava de uma boa sauna tirada no Atafona Praia Clube, contava muitos "causos" curiosos, recebia e dava muitos presentes. Gostava de um abraço amigo. Tive a oportunidade também de boas conversas com Dr. Gilson quando dos passeios que fazíamos em excursão para o Rio Quente - GO. Que pique que aquele homem tinha! São boas recordações mesmo! Ele aproveitou a vida, foi acima de tudo uma pessoa humilde e não contava vantagem de nada! Um homem de honra e que deixou a sua marca no rol da Justiça do Trabalho de Campos dos Goytacazes e na FDC, no meio acadêmico.
Recebi agora um e-mail muito triste de um de seus sobrinhos que trabalha em Macaé em serviço de escala com prioridade e não poderá vir ao sepultamento de seu tio amado e tomo a liberdade de transcrevê-lo:
" É MEU VELHO AMIGO, HOJE ESTOU MUITO TRISTE, RECEBI UMA PESSIMA NOTICIA DE QUE O MEU TIO DR. GILSON FALECEU . E O PIOR QUE NÃO ESTOU NA CIDADE PARA FAZER, PELO MENOS, UMA ÚLTIMA HOMENAGEM, POIS FOI ELE QUEM ME ENSINOU A AMAR ESTA NOSSA PRAIA DE ATAFONA, UMA PESSOA EXCELENTE, MUITO GENTE BOA, UM CARA FINO, EDUCADO MAS AO MESMO TEMPO SIMPLES E HUMILDE. E ALÉM DE TUDO, HONESTO. É ISSO AI , SÓ RESTA PRA ELE MINHA ETERNA CONSIDERAÇÃO E SATISFAÇÃO DE TER CONHECIDO UMA PESSOA ASSIM, TÃO BACANA QUE SERVIU DE EXEMPLO PARA MINHA VIDA." NANI * Obs. O Nani é músico e tocou gaita com Evandro Mesquita, quando o mesmo se apresentou no Novo Balneário de Atafona neste ano, já fez apresentações no Palácio Cultural Carlos Martins e também tocou no Rio das Ostras Jazz Festival recentemente. É um Atafonólogo de carteirinha. Veja o trecho de uma entrevista feita pelo Blog de Andre Pinto, no verão de 2010, ao músico Ângelo Nani,onde retrata o agradecimento aoDr. Gilson Moraes: Você adotou Atafona como seu refúgio e local onde abriga sua família, porque a escolha? R: DESDE DE CRIANÇA EU VINHA PARA ATAFONA, OS MEUS TIOS SÃO MORADORES ANTIGOS DAQUI, COMO O DR. GILSON E DONA MARCIA. ENTÃO, TODO FIM DE SEMANA, EU VINHA COM MEUS PRIMOS. AÍ COMECEI A CONHECER O MAR, AS ONDAS, O SURF,O RIO, O PÔR DO SOL, O PONTAL, OS AMIGOS E ME APAIXONEI POR ESTE LUGAR ENCANTADOR QUE É ATAFONA. OS MELHORES MOMENTOS DA VIDA FORAM AQUI, AMO ESTE LUGAR.. FOI AQUI TAMBÉM QUE ENCONTREI O AMOR DA MINHA VIDA!

ONG ECOANZOL - UM REFERENCIAL REGIONAL NA SUSTENTABILIDADE

Foto: Luiza Salles, Presidenta da ONG Ecoanzol e Marcelo Fernandes, seu diretor, em participação no primeiro Mosca Cinepesca de Atafona, no ano passado. Crédito da foto: Marco Pacheco - SEMASP A Ong Ecoanzol acaba de propiciar à LLX uma oportunidade de ter sido agraciada à um importante prêmio no ranking do Benchmarking nacional, uma grande conquista. Quem conhece a dinâmica Luiza Salles sabe que a superação de desafios e a elaboração de projetos audaciosos, são suas marcas. Filha do nosso querido amigo e advogado renomado, Dr. Lenício Salles - que já foi procurador interino da Prefeitura Municipal de São João da Barra - Luiza onde quer que vá, tem um excelente "approach" para fazer novas amizades e cativar aos que estão à sua volta. Vários são os projetos elaborados pela ONG Ecoanzol que tem buscado novos parceiros no município de São João da Barra e região, em prol de um mundo mais sustentável. Parabéns à Luiza e ao Marcelo, grandes pessoas que fazem com certeza a diferença!

RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL EM ALTA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BARRA

LLX recebe prêmio de gestão socioambiental A LLX foi uma das 27 empresas selecionadas para o prêmio Benchmarking Ambiental Brasileiro 2010, que premia as companhias que possuem as melhores práticas de gestão socioambiental no Brasil. A empresa foi selecionada com o projeto “Cenário educacional das comunidades pesqueiras de São João da Barra”, que identificou as principais questões sobre a realidade das comunidades pesqueiras que atuam no entorno do Superporto do Açu, empreendimento em construção no município. O Instituto Mais, órgão que realiza o prêmio, recebeu a inscrição de 93 projetos para o ranking 2010. Deste total, a comissão de avaliação selecionou 27 cases. Os escolhidos farão parte de um livro que detalha os projetos e divulga as práticas socioambientais mais inovadoras e compromissadas com a sustentabilidade adotadas no Brasil, avaliadas e classificadas por uma comissão formada por especialistas de universidades brasileiras e internacionais e consultores. O Diagnóstico No total, mil pescadores, entre homens e mulheres, foram entrevistados pela ONG Ecoanzol – contratada pela LLX para a realização do diagnóstico. Todos são moradores de São João da Barra, Atafona ou Açu. Também participaram das entrevistas alunos da Escola Estadual Dr. Newton Alves, onde estudam, em sua maioria, filhos de pescadores. O estudo mostrou que 22,5% são analfabetos, 42,3% concluíram a 4º série, 19,5% completaram a 8º série, 7,3% possuem o 2º grau incompleto, 6% possuem o ensino médio completo, 0,5% não concluíram o ensino superior, 0,6% concluíram o ensino superior, 0,3% cursam pós-graduação e 1% não respondeu. “O diagnóstico possibilita que a empresa desenvolva ações específicas para os pescadores, contribuindo para a diminuição no índice de analfabetismo. Além disto, ele também poderá orientar programas e projetos das secretarias de educação do município e do estado”, explica Gleide Gomes, especialista em Responsabilidade Social da LLX. Assessoria de Imprensa LLX

ATAFONA EM DESTAQUE - REVISTA VIVER BRASIL FAZ MATÉRIA SOBRE PROCESSO EROSIVO NO LITORAL BRASILEIRO

Mar Adentro

Litoral brasileiro sofre com avanço das águas do oceano: são dezenas de cidades, centenas de construções e milhares de pessoas atingidas

Texto: Silvânia Arriel | Fotos: Alexandre C. Mota Envie seu comentário

Serafim Alves Barreto, que vigia a maré em Atafona, São João da Barra: “Hoje moro longe do mar”

Antes sem medo dele. Foram 44 anos de trabalho no mar, no vaivém das ondas que lambem o continente, demarcam seu espaço no planeta. Hoje em terra firme, o ex-pescador Serafim Alves Barreto vigia se a maré vai subir, seguir o ritmo de avanço de 21 metros nos últimos três anos em Atafona, distrito de São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro. Sete metros espichados a cada 12 meses, num fenômeno repetido desde a década de 70 em proporções menores, sem aquecimento global, que puxou para as profundezas do oceano Atlântico seis ruas, 400 casas. Deixou outras, aos escombros, na superfície da terra, a vista, a exigir respeito ao ciclo natural de ir e vir, que se agiganta também em outros trechos atulhados de gente no litoral brasileiro, ameaça, faz estragos, numa luta desigual de força com o homem.

Protesto do mar

Confira cidades atingidas pelas ondas na costa brasileira. Há locais, como Atafona, onde o mar avança 7 m por ano

O que causa

  • Ação do homem: construções à beira-mar que impedem o vaivém natural das ondas, contribuem para mudar a direção de correntes marinhas e o aparecimento de erosões (diminuição do espaço de areia) e progradações (aumento)
  • Fatores naturais: elevação da temperatura dos oceanos, da pressão dos ventos sobre o continente e do nível do mar

Praia superpovoada

  • 13 regiões metropolitanas
  • 395 cidades, que representam 7% dos municípios do país
  • 1 a cada 4 brasileiros vive nos 8.698 km do litoral

Construções no limite

  • 50 m do mar em direção ao continente em áreas urbanizadas e 200 m sem urbanização prevê o decreto federal 5.300 de dezembro de 2004
  • Na Grécia são 500 m
  • França, Turquia, Suécia e Noruega no mínimo 100 m

Fonte: Alberto Costa Lopes, gerente da Área Costeira e Marinha do Ministério do Meio Ambiente, Marinez Scherer, diretora técnica da Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro, Gilberto Pessanha Ribeiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ)

Começo da destruição das casas em Atafona, na década de 1970
Começo da destruição das casas em Atafona, na década de 1970
Jogou água na Baía da Traição, na Paraíba, põe em risco construções em Recife, Olinda, Fortaleza, Santos, sugou praia em Marataízes e Conceição da Barra, no Espírito Santo, e vive de sentinela em Ata­fona, que quer dizer moinho. “Prati­ca­mente toda a costa marítima está vulnerável e preocupa”, afirma Al­ber­to Costa Lopes, gerente da Área Costeira e Marinha do Ministério do Meio Ambiente. Ora com erosão, diminuição da faixa de areia que impulsiona o avanço do mar, e em me­nor incidência com a progradação, o aumento do tamanho das praias. “Ameaça ecossistemas, pessoas, ati­vidades econômicas e cadeias pro­dutivas, investimentos em prédios e infraestruturas.”
Escombro de construção: mar avançou 21 metros em três anos
Escombro de construção: mar avançou 21 metros em três anos
Em Atafona foram-se casebres, mansões, ruas, a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, o prédio onde seria um hotel. Cavados lentamente na for­ça perseverante das ondas. “A casa onde mora­va foi destruída aos poucos, a gente ia mudando de cômodo”, diz o pescador José Luiz Gonçalves. Até ser expulso da última parte e parar em ou­tra construção, antes distante e hoje na beirada do mar.8 “Fico assustado, ainda mais se a geleira derreter.” Está numa área interditada de 800 metros, onde outras pessoas teimam em permanecer no que restou.
Sacos e folhas de coqueiro tentam barrar a areia sobre as casas
Sacos e folhas de coqueiro tentam barrar a areia sobre as casas
Pichação em muro lembra o apocalipse, que se repete em outros locais
Pichação em muro lembra o apocalipse, que se repete em outros locais
Da casa de quatro quartos, sala, copa, cozinha, ficou a garagem. “É onde a gente vive”, apresenta-se Oswal­do Moacir Estêvão Moté, que divide o espaço improvisado com a neta Maria Carolina. Era o vigia, agora o morador atento à subida das ondas, que atulham de areia quase o teto das construções, cobrem árvores. Sa­cos empilhados, folhas de coquei­ro tentam preservar as residên­cias, que deveriam estar desocupadas ali e na área do encontro do rio Paraíba do Sul com o mar, numa transgressão da lei dos homens e da natureza. “Tentamos trans­ferir as famílias de lá, são 50, para conjunto habitacional, mas o lugar é cultural, antigo. É como retirar os moradores de Olinda”, explica Felício Medeiros Valiengo, co­ordenador da Defesa Civil de São João da Barra.
Árvores no meio da praia em Atafona: invasão das ondas
Árvores no meio da praia em Atafona: invasão das ondas
Não se sabe até quando poderão ficar à beira-mar deste distrito, com fama de fim de mundo. Por to­dos os lados que se ande há frases pichadas nos muros e escombros sobre o apocalipse, a volta de Je­sus. “Aqui virou turismo da desgra­ça”, lembra o jornalista e escritor Carlos Sá. Sabe que não deveria ser. Estudos mostram que 50% do fenômeno é provocado por causas na­turais e 50% pela ação do ho­mem. Tem a ver com a velocidade do vento, que amplificou a energia das ondas e disparou o processo erosivo. Acelerado com o assoreamento do rio Paraíba, que diminui a vazão da água e de sedimentos no oceano e empurra o mar.
José Luiz Gonçalves: “Minha casa foi destruída aos poucos”
José Luiz Gonçalves: “Minha casa foi destruída aos poucos”
Neste início do ano, houve retração. “Mas o cenário é agravante. Essa situação deve ser momentânea, não há realidade para recuo”, diz o professor Gilberto Pessanha Ribeiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ), que pesquisa a erosão costeira em Atafona. Detectou o que causa e o que deve ser feito: a retirada das famílias para que o mar desenvolva seu curso natural, sempre mutante, e o monitoramento das ondas, ventos, marés. A transferência das pessoas esbarra na cultura, lembra Valiengo, a medição é feita por aparelhos, pelo ex-pescador Serafim, o que sempre vai verificar como está a maré.
Oswaldo Moté, com a neta Maria Carolina: ficou a garagem
Oswaldo Moté, com a neta Maria Carolina: ficou a garagem

“Perdi três casas na ilha da Con­vivência. Hoje moro distante do mar”, conta seu Serafim. A ilha, aí, fica ao lado de Atafona, onde viviam 350 pessoas e atualmente cinco. Tudo mu­dou, se transforma, e deve modificar-se pela força do vento e a mão dos homens nos 8.698 km de costa brasileira, onde estão, um em cada quatro brasileiros, a maioria nas áreas urbanas dos 395 municípios estendidas entre o Maranhão e o Rio Grande do Sul. “Essa concentração, não só de população, mas também de atividades econômicas, leva à ocupação da orla marítima mais próxima à linha da praia, onde se verificam os impactos mais contundentes”, afirma Alberto Lopes.

Muro de pedra em Marataízes: tentativa de conter o mar
Muro de pedra em Marataízes: tentativa de conter o mar
Estão aí para se ver, queixar, arrumar. Em Marataízes, as máquinas trabalham 24 horas para o aumento artificial de areia na praia Central, que se foi com a erosão, quase alagou pré­dios, casas, lojas, hotéis. “As on­das atravessaram a avenida Atlân­tica. Depois era só a maré crescer um pouco que a gente ficava assustada”, diz o morador Luiz Manoel da Silva. As obras reduziram o pânico: dois espigões, um em cada extremidade da praia, e três quebra-mares foram erguidos para domar as ondas. Contenção de pedra que se repete em Conceição da Barra, também no Espírito Santo, e traz a dúvida se vai segurar o avanço do oceano nestas cidades e prejudicar outros locais ao sul. “Não conheço as obras de lá, mas qualquer muro de pedra que impeça o movimento da areia, sua dinâmica natural, pode prejudicar as praias mais abaixo”, explica a biólogoa Marinez Scherer, diretora técni­ca da Agência Brasileira de Geren­ciamento Costeiro.
Draga retira areia em alto-mar e lança na praia (foto abaixo)
Draga retira areia em alto-mar e lança na praia (foto abaixo)
O governo do Espírito Santo se cala. “A solução clássica de reposição de areia nas praias sujeitas à erosão não parece sustentável”, emenda o gerente da Área Costeira e Marinha do Ministério do Meio Ambiente. O diretor geral do Departamento de Es­tradas de Rodagem (DER-ES), Eduar­do Mannato, não responde as perguntas. A solução para retrair o mar? Especialistas apontam o dedo para o limite das construções: não ultrapassar a área do movimento natural do oceano, que não segue só um curso, muda devagarzinho, vai mais além e passa por cima de anteparos.
Luiz Manoel da Silva: “As ondas atravessaram a avenida”
Luiz Manoel da Silva: “As ondas atravessaram a avenida”

“Nossa costa não é planejada, não se leva em consideração a fragilidade de áreas, como os mangue­zais, as dunas”, argumenta Ma­rinez Scherer. Há de se reconstruir o imaginário de que viver à beira-mar se traduz em bem-estar, natureza, lazer, esporte. É preciso distanciamento, respeitar os caprichos do oceano. “Se confirmarem as previsões de subida do nível do mar, a situação vai piorar”, antevê a bióloga Marinez. Tem que vigiar, tratar bem, não aceitar briga com a natureza que, quando ameaçada, reage, e os homens, com toda a tecnologia, força, não conseguem con­tê-la.

*A matéria enviada a este blog foi uma cortesia do engenheiro Marco Lyra,especialista em dinâmica costeira, que reside no litoral do nordeste e que mantem contatos frequentes com Andre Pinto.

NOTÍCIAS DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA UTP - AÇU

Foto da Audiência Pública da Unidade de Tratamento de Petróleo - UTP. Crédito: Blog do Porto do Açu. Direto do Blog do Porto do Açu
Conclusões do estudo apresentado pela Drª Cláudia Barros
A implantação da UTP no Pátio Logítico altera principalmente a tipologia dos riscos associados a operação e as características das emissões atmosféricas poluentes do empreendimento. Portanto, sua viabilidade ambiental está condicionada à adequada implementação das medidas de gestão de riscos e de controle de emissões atmosféricas previstas neste EIA complementar. Quanto aos demais impactos associados à UTP, estes são adequadamente mitigados e/ou monitorados pelos Programas previstos no PBA do Pátio Logístico, considerados os ajustes indicados no EIA. Para conhecer mais projetos e ver fotos do Complexo Portuário do Açu, clique no link abaixo: www.portodoacu.blogspot.com

FALECEU MARCOMEDE RANGEL - ASTRÔNOMO RENOMADO QUE TEM PARENTESCO COM FAMÍLIA SANJOANENSE

Foto: O astrônomo Marcomede Rangel foi à Antártica várias vezes, esteve em São João da Barra algumas vezes, onde ministrou palestras sobre astronomia, tinha amigos na cidade como o escritor Carlos AA de Sá, visitou o Observatório Astronômico do UPEA em Barcelos e era também parente do Sr. Jorge Zacarias, da Padaria São Jorge, na sede deste município.

Do Blog do Avelino Ferreira

Morre o cientista carioca Marcomede Rangel

Recebo a informação do doutor Marcelo Souza Oliveira, professor da UENF e coordenador do Clube de Astronomia de Campos, de que faleceu (dois dias atrás) o astrônomo Marcomede Rangel. Marcomede esteve em Campos diversas vezes nos últimos dois anos, nos encontros internacionais promovidos pelo Clube de Astronomia em parceria com a Fundação Oswaldo Lima e o IF. Admirador de Rosinha Garotinho, dizia com orgulho que, com a sanção dela ao projeto de lei de Adroaldo Peixoto, o Estado do Rio tornou-se o primeiro do Brasil a ter um dia em homenagem ao Astrônomo. Pelos serviços prestados na esfera da ciência, Marcomede foi agraciado com a Medalha Tiradentes pela Assembléia Legislativa do Estado. Físico de fama internacional MARCOMEDE RANGEL NUNES era carioca de São Cristóvão, Graduado em Bacharel e Licenciado em Física (1976-1979) pela Faculdade de Humanidades Pedro II. Do seu vasto currículo consta a especialização em Jornalismo (1983) pela Universidade Estácio de Sá. Mestre em Estudos Brasileiros (1984-1989), pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - (UERJ), com a dissertação “Sobre a participação científica brasileira na Antártica”. Análise do Programa Antártico Brasileiro - Proantar. Trabalhava no Observatório Nacional desde 1968, quando começou observando o sol, aos 17 anos, o que lhe valeu uma crônica da escritora Dinah Silveira de Queiroz, em 1969, intitulada “O Dono do Sol” no Jornal do Commercio. Atuou nos departamentos de Astronomia (Sol, asteróides, cometas e estrelas duplas), Geofísica (Gravimetria) e Serviço da Hora. Possui mais de 20 obras publicadas entre livros e mapas. Durante suas andanças pelo Brasil, na época do cometa Halley (1985-1986) em palestras, conferências e lançamento de livros e mapas, Ziraldo o intitulou “Marcometa”. Sobre seu livro a respeito das crianças indígenas, “Oku-Curi” em parceria com Felicitas Barreto, o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu, em 1980: - delícia de história em que imagem e texto se combinam para ensinar a gente a compreender melhor os índios”. Marcomede assessorou o arquiteto Sergio Bernardes na parte astronômica do projeto do concurso internacional “Parc de La Villete, Paris; e o arquiteto Oscar Niemeyer, na construção do” relógio de Sol de Brasília”, com 5 metros e meio de altura. Já viajou sete vezes à Antártica, pelo Programa Antártico Brasileiro / Secretaria da Comissão Interministerial para Recurso do Mar - Secirm, tendo embarcado duas vezes no navio Barão de Teffé, da Marinha do Brasil e uma vez no navio Ary Rangel, e voado nos aviões Hércules C-130 da FAB. A primeira viagem foi em 1984, período pioneiro do Brasil na região gelada, quando se tornou o primeiro brasileiro a medir a radiação solar na Antártica, como representante do Instituto Brasileiro de Estudos Antárticos e do Observatório Nacional. Sócio fundador da Sociedade Brasileira de História da Ciência - SBHC. Membro efetivo da Academia Nacional de Letras e Artes - ANLA. Em 1993 ganhou a Medalha “Amigo da Marinha”, pelo seu trabalho de divulgação do Brasil na Antártica, e em 2000 a “Medalha Pedro Ernesto”, proposto pelo vereador Chico Aguiar, sobre sua obra na divulgação da Ciência, dado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Recebeu moções de louvor e reconhecimento pelo seu trabalho pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro e a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Manteve colunas de Ciências para crianças e jovens nos jornais: do Brasil e O Globo, tendo escrito também para a Folha de São Paulo (Folhinha) e o Estado de São Paulo (Estadinho). Implantou em 1975 a coluna “O Tempo” no jornal O Globo. Escreveu para várias revistas entre elas Geográfica Universal, Manchete, Fatos e Fotos, Ecologia e Desenvolvimento.Integrou o Grupo de Mémoria e Divulgação (1982), o Núcleo de História da Ciência (1983) e o Projeto Memória da Astronomia e Ciência Afins (1984). Projetos do CNPq, no âmbito do Observatório Nacional, objetivando a implantação de um Museu de Ciências do Observatório Nacional, que acabou culminando com a criação do Museu de Astronomia (1985). Participou da implantação dos planetários de Feira de Santana (1997) e de Belém (Sebastião Sodré da Gama), no Pará (1999), sugerindo sua criação após a observação do eclipse anular do Sol de 1985 na cidade observando o interesse da população pelo fenômeno; e do Museu do Eclipse, em Sobral, Ceará (1999), realizando a pesquisa iconográfica. Sugeriu o nome, sendo aceito pelo governo da cidade, para escola de ensino médio, em São João da Barra (RJ), de “Domingos Fernandes da Costa”, astrônomo do Observatório Nacional que deu grande contribuição à Ciência, tendo inclusive estado com o cientista Albert Einstein, no Rio de Janeiro em 1925. Possui artigos publicados no Brasil e no exterior, com várias viagens internacionais, para visitas técnicas e estágios. Sentiremos sua falta. Deste espaço, o nosso sentido adeus! Fonte: Blog do Avelino Ferreira. Obs do blog de Andre Pinto. Marcomede tem parentesco com o Sr. Jorge Zacarias, da parariaSãoJorge,segundo informações do Dr. Domingos José Vieira.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O ECONOMISTA SANJOANENSE, DR. ALCIMAR CHAGAS, APRESENTA UM DIAGNÓSTICO SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA DA UTP - AÇU, ACONTECIDA ONTEM

O Doutor em economia, Alcimar Chagas Ribeiro, que tem um concorrido blog que dispõe de indicadores sócioeconômicos da região Norte Fluminense e é o diretor do Instituto Interdisciplinar, esteve ontem na Audiência Pública de São João da Barra para licenciamento da Unidade de Trtatamento de Petróleo - UTP no Açu. Veja abaixo um dos trechos, retirado de seu importante blog que tratou com responsabilidade o tema: "Quanto aos possíveis impactos ambientais identificados, ou seja, alteração da qualidade da água, interferência na fauna marítima, vazamentos de petróleo, explosões e incêndios, tudo sobre controle. Os modelos matemáticos parece ter o poder de antecipar todos os males e indicar os ajustes dentro dos parâmetros aceitáveis internacionalmente. Parece que ninguém se lembra dos recentes e substancias prejuízos com o vazamento de petróleo no Golfo do México e, atualmente, do vazamento de minério em Minas Gerais com reflexos na Bacia do Rio Itabapona, levando a consistente mortandade de peixes." Para ver a matéria na íntegra, clique no link abaixo http://economianortefluminense.blogspot.com/2010/07/ate-que-ponto-grandes-investimentos.html

CAVEIRA DE BOI NAS PROPRIEDADES RURAIS SANJOANENSES - UMA TRADIÇÃO GRECO-ROMANA-AFRICANA

Fonte da foto: Google buscas.
Ontem foi o dia do agricultor e como homenagem à essa importante classe trabalhadora, busquei trazer para o blog uma curiosidade que há muito me atormentava. As estacas de caveira de boi nas propriedades rurais sanjoanenses. Quem faz o circuito entre o centro da cidade de São João da Barra e passa por estradas vicinais como a do Bairro de Fátima, estrada da sopa, galinheiro, do confisco, etc, vê em algumas propriedades rurais o crânio de uma caveira de boi pendurada à um mastro - geralmente de bambu - em frente à entrada das mesmas. Sempre tive curiosidade de saber o por que fazem isso na zona rural e agora consegui uma resposta fundamentada para tal. O COSTUME Nas plantações os lavradores costumam fincar, numa estaca, uma caveira de boi, pois acreditam que afasta mau-olhado e resguarda a plantação contra as pragas, as geadas, as inundações, enfim, afugenta da lavoura todas as ameaças. Essa superstição está generalizada em toda a área agrícola e os lavradores usam-na em qualquer lavoura (cana de açúcar, café, algodão, mandioca, milho, etc.). É uma espécie de amuleto agrícola, tido como de grande eficácia. É possível que essa superstição tenha raízes remotas. Partindo daí é que chegamos a uma solução satisfatória. Qual o significado dessa relíquia fúnebre? A caveira (outra não pode ser a resposta) indica o testemunho do sacrifício do boi. Esta usança parece-nos, portanto, uma sobrevivência do vetusto rito de sacrifício de touros, rito popularíssimo entre gregos e romanos. A documentação clássica evidencia a sua larga projeção no mundo clássico. Em Homero e Virgílio colhemos comprovantes. Lá está logo no princípio de Odisséia: "Na praia oferenda de touros faziam, negros, sem mácula, ao deus dos cabelos escuros, Poseidon".(Canto III.) E na Eneida: "À sorte eleito o antiste Lacoon com sacra pompa à Netuno imolava um touro ingente." (Canto II.) "E um touro nédio imolo na praia ao deus supremo." (CantoIII.) O sacrifício de touros constituía uma das mais expressivas provas do culto e a sua maior manifestação, neste sentido, era, entre os gregos, chamada hecatombe, sacrifício de cem bois. O sacrifício obedecia a um ritual. Os sacerdotes atiravam sobre o animal a ser sacrificado, então chamado vítima (daí a origem do nome vítima) ou hóstia, uma mistura de farinha e sal, que se nomeava mola (daí o verbo imolar). O sacerdote bebia vinho e derramava-o sobre os cornos da vítima; eram as libações. então acendia-se fogo e os servidores seminus (popes) traziam o animal, e um outro (cultrarius) o feria com um machado. E faziam o holocausto queimando toda a vítima. Em Roma, o chamado Júpiter Dolichenus era representado sobre um touro, conforme se atesta numa tábua de bronze existente no Museu de Wiesbaden. Hans Lamer, analisando este documento arqueológico, diz que o culto do touro é antiquíssimo e já era observado na civilização cretense. Desse culto cretense é que veio o sacrifício de touros, costume que se tornou popularíssimo entre gregos e romanos. Os povos romanizados o praticaram. Na península Ibérica foi conhecido. O cristianismo aboliu o rito do sacrifício, mas conserva o culto do boi. Na procissão de Corpus Christi, no passado, em Portugal, observava-se a sobrevivência do vetusto culto. Assim diz um documento registrado por Teófilo Braga no livro "O Povo Português": "Desfilam depois algumas corporações e após um boi, a que chamam boi bento, com as pontas douradas e o corpo coberto com um manto de damasco guarnecido de ouro." O sacrifício desapareceu. A veneração do boi e de sua caveira persistiu. Em alguns países da Europa, antes de se plantar a terra, sobrevive o costume de fucundá-las como sacrifício de algum animal. Graça Aranha, no romance Canaan, ao pintar colonos estrangeiros, no interior do Espírito Santo, reproduz essa curiosa cerimônia Européia. A verdade é que a nossa usança não tem apenas raízes no velho mundo, lá na remota civilização egeana. Nosso meio agrícola, bem cedo, recebeu o negro como elemento servil. Nos canaviais e nos cafezais, o escravo de procedência banto também concorreu para sedimentar o costume rural de fincar caveira de bichos em troncos. Os negros de Lunda praticam esse curioso costume. Assim menciona o etnólogo português, Major Henrique Augusto Dias de Carvalho, no valioso livro Etnologia e História Tradicional dos povos de Lunda (Lisboa, Imprensa Nacional, 1890): "Um chifre grande, espetado num tronco de uma grande árvore, tendo em volta o terreno limpo e pisado, uma trepadeira a enlear essa árvore, e uma cabeça e panela suspensas de um tronco, constitui isso também um monumento dedicado a um outro ídolo denominado Muata Calombo.". Todos respeitam muito esses monumentos e por isso se conservam anos nas mesmas condições, sendo muitas vezes reparados e aumentados por outros caçadores. Servem eles de indicação aos caçadores peritos, pois, pela sua construção, disposição, orientação e ainda por outros sinais, dão a conhecer o cognome de caça de quem o fez, o lugar onde encontrou caça, sua qualidade, enfim, se viu muito ou pouca, se há água ou não perto, etc. Fonte da foto: Google buscas. O Explorador lusitano refere-se ainda ao munhanhe, tronco assim chamado, onde os caçadores depositam as caveiras, chifres e ossadas de suas atividades cinegéticas. O fincamento do munhanhe também obedece à uma linha de rituais. Finalizando, a convicção mística do nosso lavrador quando pendura uma caveira de boi num tronco ou numa estaca para afastar os malefícios dos canaviais, dos cafezais, dos milharais, etc., por certo, pouco difere da crença que há milênios inspirava cretenses a cultuarem o touro ou ainda hoje leva os negros de Lunda a reverenciar o Muata Calombo nas selvas da África. Fonte: Ribeiro, Joaquim. Os Brasileiros, Ed. Pallas,Rio de Janeiro, 1977.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A TRADIÇÃO DA CONSTRUÇÃO NAVAL ARTESANAL SANJOANENSE AINDA PRESERVA MUITOS APETRECHOS E HISTÓRIAS CURIOSAS

Foto: Este vapor pertencia à "Companhia de Vapores São João da Barra - São Fidélis", que fazia o transporte de passageiros e mercadorias, principalmente café, para os portos de Campos e São João da Barra. Fonte: www.saofidelisrj.com.br HISTÓRIA + APETRECHOS = TRADIÇÃO Em conversa com o meu amigo "Caxuxa", residente na CEHAB em Atafona e que é um exímio mecânico de embarcações variadas - desde simples embarcações até grandes traineiras - pude ouvir muitas das histórias por ele contadas de um tempo em que, para se construir uma embarcação, o artífice em muito penava. No domingo passado, sentado à sala de sua casa e saboreando uma porção de bolinhos de peixe ao limão - da deliciosa carne do "Barana" feita por sua gentil esposa - ouvi histórias interessantes de como se traziam as toras de oiticica amarela pelo Rio Paraíba do Sul, arrastadas pelos pranchões descendo rumo à foz. Segundo "Caxuxa", as toras vinham das imediações de Cardoso Moreira, até então, ainda favorecidas por uma navegação constante, mas perigosa por causa das pedras submersas. Quem puxava essas toras era nada menos que seu pai, o saudoso Sr. Amaro Luiz Barreto. O "Seu" Amaro fazia este percurso regularmente e possuía um estaleiro artesanal na Ilha da Convivência, ou também conhecida "Ilha dos Olhos Azuis", hoje pertencente à São Francisco do Itabapoana. "Caxuxa" explicou com detalhes como era feita a construção das embarcações na Ilha da Convivência, desenhadas e executadas por seu pai, um autodidata. O "Seu" Amaro não tinha na época equipamentos elétricos e usava ferramentas manuais, tanto para cortar, furar, calafetar , polir etc. Uma embarcação daquela época dava muito trabalho para construir, afirmou "Caxuxa", lembrando o seu pai. Era tudo madeira-de-lei e consecutivamente muito rígidas para serem moldadas e perfuradas. O risco de acidentes era constante, mas a coragem dos construtores sobressaía. Na visita ao"Caxuxa", eu levei alguns livros que comprei no ano passado sobre a história da navegação portuguesa, com fotos de embarcações típicas da Baía do Rio Tejo e, para minha surpresa, "Caxuxa" exemplificou alguns modelos de embarcações constantes nesses livros, que o pai dele chegou a fazer igual em São João da Barra, dando exemplo das traineiras de proa arrendondada, também em destaque no livro "Apontamentos para a História de São João da Barra" de meu saudoso pai João Oscar. Não parou por aí. "Caxuxa" afirmou ter guardado em um galpão, muitos apetrechos utilizados por seu pai, dando exemplo dos serrotes de fita, formões, maçaricos, pregões, macetes etc, além de ter, em excelente estado, uma embarcação do tipo "Batelão", muito utilizada por pescadores locais, num tempo em que os sertões sanjoanenses abrigavam uma riquíssima mata de tabuleiro com a presença de madeiras-de-lei como o guanandi, o vinhático, o cedro, o jacarandá, o roxinho, etc. Acredito que outros artíficies de Atafona também tenham guardado muitos apetrechos da construção naval de um tempo que não se havia energia elétrica, afirmou "Caxuxa". Tem gente com muitas fotos antigas espalhadas por aí, dedurou o "Caxuxa". O mecânico "Caxuxa" faz os reparos das embarcações no fundo de seu quintal, onde dá vista para o Canal da Cehab. Ele também possui um acervo riquíssimo de fotos das procissões da Festa de Nossa Senhora da Penha em Atafona e da antiga capela de Nossa Senhora dos Navegantes que foi tomada pelo avanço do mar, mas vai logo avisando - "Não empresto para qualquer um, não! É herança de família", afirma. TRADIÇÃO AMEAÇADA? Fico imaginando o seguinte: com a chegada do estaleiro da OSX no Porto do Açu, quantos desses muitos trabalhadores da construção naval artesanal da região estarão sendo "assediados", no bom sentido, a trabalharem nas construções de grandes "peças" de navios e "peças" para o mercado off-shore do petróleo e deixarão no esquecimento as tradições da construção naval artesanal passadas por seus ascendentes de geração em geração. A verdade é que o estaleiro da OSX propiciará uma oportunidade ímpar na geração de renda desse pessoal trabalhador e que conhece , mesmo que de forma autodidata, a construção naval local, sendo uma mão-de-obra local muito importante para os empreendedores. A cidade de Seixal, em Portugal, entendeu este dilema de transformações e partiu para o resgate da sua identidade local, onde está implementando ações importantíssimas para a manutenção de seu único estaleiro artesanal com medidas muito interessantes, que relatarei em matérias futuras. Taí um tema para ser discutido no âmbito da cultura do município, que tem suas origens na pesca e na construção artesanal de embarcações. Sabe-se que material suficiente para um Museu da Cosntrução Naval Artesanal Sanjoanense nós já possuímos... Obrigado "Caxuxa"!

terça-feira, 27 de julho de 2010

CLUBE DA TERCEIRA IDADE ABRIGARÁ AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE LICENCIAMENTO DE UNIDADE DE TRATAMENTO DE PETRÓLEO DO PORTO DO AÇU

Ilustração meramente figurativa de instalação de dutos submarinos. Extraído na internet, no Google busca.
O Clube da Terceira Idade, localizado na rua dos Passos, centro de São João da Barra, servirá de espaço para uma das mais concorridas audiências públicas que já foram realizadas neste município, desde a chegada do mega empreendimento do Porto do Açu. Será amanhã, 28/07/2010 às19 horas. A audiência pública tratará da explanação que será feita pelos órgãos licenciadores do Governo do Estado e Governo Federal à respeito do pedido da LLX para a licença prévia (LP) de mais um novo empreendimento que estará agregado ao Complexo Portuário do Açu, ou seja, a instalação de uma Unidade de Tratamento de Petróleo - UTP. Espera-se uma participação ativa da sociedade e com debates fervorosos... Faça sua parte como cidadão, compareça! A audiência será amanhã, dia 28/07 às 19 horas no Clube da Terceira Idade. Saiba mais sobre a UTP, clique aqui

MAIS MOTIVOS PARA SÃO JOÃO DA BARRA PROSSEGUIR COM PROJETOS CINEMATOGRÁFICOS...

Imagem: As cenas finais do filme "O Quinze" foram gravadas em São João da Barra, tempos atrás. Imagerm extraída do Blog "Cine Clube do Nós".
O Blog divulgou em matérias anteriores o sucesso do grupo de jovens cineastas da ONG "QUERÔ", que passou no Programa Ação, daRede Globo, recentemente, programa sob a apresentação de Serginho Groisman. O blog também apresentou o sucesso dos jovens sanjoanenses , do Grupo "Nós Na Rua", "Nós do Nós Filmes", "Oficina do Nós", "Observatório Humano Mar de Atafona" e os estudantes do "CEAT FAZ CINEMA", mostrando que São João da Barra está se tornando um "celeiro" de jovens produtores cinematográficos e cinéfilos também, este último, um hobby muito saudável.
No jornal da Folha IURD, edição 955, de 25 de julho de 2010, uma matéria de capa foi estampada: "COM A CÂMERA NA MÃO" - FORÇA JOVEM PRODUZ FILMES EM PARCERIA COM A RECORD ENTRETENIMENTO. Para se ter ideia do sucesso do projeto em questão, em agosto próximo será realizada a entrega de prêmios dos finalistas do primeiro Festival de Média-Metragem Cine Jovem Brasil, promovido pela Força Jovem Brasil. Em breve estes jovens participarão de uma oficina na Rede Record de Televisão, diz a matéria jornalística. Na Região Norte-Fluminense temos a Rede Record Campos e quem sabe o município de São João da Barra não possa estar promovendo um novo MOSCA- Mostra de Cinema Ambiental, feito com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em parceria com a Record Campos ? Talentos temos de sobra no mercado cinematográfico sanjoanense, não é Jéssica Felipe, Silvano Motta, Carlos Magno, Saulo e outros amigos da arte cinematográfica? Quem quiser visitar o Blog oficial do Festival de Média-Metragem Cine Jovem Brasil é só entrar no site www.fjblogger.com/cinejovembrasil ou para maiores informações entrar em contato pelo e-mail cinejovemfjb@hotmail.com
Imagens: Matérias jornalísticas feitas em razão do sucesso do "Cine Clube do Nós" em São João da Barra. Imagens extraídas do Blog do "Cine clube do Nós".

PETI DE SÃO JOÃO DA BARRA COM AÇÕES CULTURAIS PARA AS CRIANÇAS

Foto: O Palácio Cultural Carlos Martins deverá ser visitado pelos estudantes inscritos no PETI. Crédito da foto:Marco Pacheco - SEMASP.
Passeio Cultural para alunos do Peti de SJB Aproveitando o recesso escolar, a coordenação do Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) de São João da Barra está levando os alunos para fazerem um passeio cultural pelo município, conhecendo mais da história de São João da Barra e visitando o Espaço da Ciência, em Atafona. Ao todo, o município tem 436 crianças, entre 6 e 15 anos, matriculadas no Peti e todas estão fazendo o passeio, que além de cultura busca também proporcionar uma tarde de diversão e lazer para elas. — Esse passeio cultural foi idealizado como uma forma de divertir, mas também de ensinar. Os alunos são acompanhados de Monitores que ensinam a história do município pelos lugares onde passam e terminam a viagem no Balneário de Atafona, onde conhecem o Espaço da Ciência e fazem lanche — Explicou Dulciléa Martins, coordenadora do Peti no município, lembrando que a prefeitura apoiou a ideia fornecendo o ônibus para o transporte das crianças. Fonte: Nelita Campos Prefeitura Municipal de São João da Barra

segunda-feira, 26 de julho de 2010

"VOO DOS ATLETAS" É O MOMENTO QUE MOSTRA A VEIA DA FOTOGRAFIA ESPORTIVA DE JOÃO BATISTA ROCHA

FOTO ESPORTIVA INTITULADA "VOO DOS ATLETAS" DE JOÃO BATISTA ROCHA, TIRADA NO JOGO DO ECSJB CONTRA O BARRA MANSA, NESTE SÁBADO ÚLTIMO, NO ESTÁDIO "SAZINHO" EM SÃO JOÃO DA BARRA.
FOTOGRAFIA ESPORTIVA EM SÃO JOÃO DA BARRA - UM NICHO DE MERCADO PROMISSOR O mundo dos esportes inspira uma série de sentimentos e reações. Algumas pessoas seguem seu time de futebol pelo mundo inteiro, enquanto outras são desesperadamente devotas aos torneios de patinação de seu filho.
Mas, em qualquer nível, o esporte pode representar o sucesso pessoal, uma competição acirrada e uma derrota esmagadora, elementos que, quando capturados em imagens, formam lindas fotos. Se você for um espectador fotógrafo, veja algumas dicas de como obter os melhores resultados no dia do jogo. Deseja capturar algumas boas fotos da apresentação de ginástica de sua filha ou fotografar sua equipe de basquete favorita em ação? Pode ser um desafio tirar boas fotos de esportes com uma câmera digital, principalmente por causa da ação que você está tentando fotografar. Aqui estão algumas dicas para capturar fotos de sucesso. Primeiro, evite usar o flash. Um estouro de luz no rosto de um atleta poderá prejudicá-lo e quase sempre nem é permitido. O senso de oportunidade é essencial quando se trata de fotografar esportes. Para tirar uma foto excelente, é preciso saber prevê-la: a jogada perfeita, o momento de triunfo ou a reação de um atleta. Dica rápida! Seu lugar na arquibancada nem sempre lhe permite se aproximar do cestinha ou do goleiro, mas você ainda pode capturar suas expressões de intensidade e concentração. Use a capacidade de zoom da câmera digital ou coloque uma lente de telefoto ou de zoom sobre a lente normal para capturar detalhes mais sutis do momento. Marcando a cesta no último arremesso Para capturar o momento, o primeiro desafio é superar o retardo do obturador. Dependendo da câmera, pode demorar um segundo inteiro entre o momento em que o obturador é pressionado e liberado e o momento em que a foto é tirada... e muita coisa pode acontecer em um único segundo quando você está tirando fotos de ação. Felizmente, você pode usar um truque com sua câmera digital. Câmeras digitais com foco automático precisam de pouco tempo para definir o foco. Quando você pressiona um pouco o botão de liberação do obturador (pressione aproximadamente até a metade), a câmera bloqueia o foco em qualquer coisa que esteja no viewfinder. Se você mantiver o botão parcialmente pressionado até estar pronto para fotografar, o processo de foco já estará concluído e assim a foto será tirada com muito mais rapidez, quando você finalmente pressionar totalmente o botão. Dica rápida! Vá além da ação. Obtenha imagens originais registrando mais do que o próprio jogo. Coloque o foco no ar de triunfo exibido no rosto de sua filha ao fazer a rebatida com que vence o torneio de tênis da escola; ou nos rostos dos torcedores adversários após o time perder o ponto final. Ou use o ambiente e o cenário associados ao esporte para compor uma natureza morta inspiradora. Congele a ação É possível congelar a ação com uma técnica chamada "panning", que significa mover a câmera na mesma direção do objeto. Essa técnica produz uma imagem com o objeto focalizado nitidamente e o fundo manchado sugerindo movimento. Panning é apenas tirar a foto acompanhando um movimento, como você faria em uma jogada de golfe ou de tênis. Para obter um bom efeito de panning, seu movimento deve ser suave e controlado. Portanto, comece a movimentar a câmera antes de o objeto entrar em seu campo de visão. Siga com a câmera o objeto em movimento, enquanto gira o corpo acompanhando a ação. A seguir, tire a foto e continue movendo a câmera, seguindo a ação mesmo depois de disparar a câmera. Tente obter o efeito de panning durante uma corrida de bicicleta, por exemplo. Você terá uma foto nítida dos ciclistas contra um fundo abstrato e colorido. O efeito de panning é difícil e exige prática. Os resultados podem ser totalmente imprevisíveis, mas também podem ser extraordinários; por isso, vale a pena um esforço extra. Faça tantas imagens quanto puder e apague as que não estiverem boas. Lembre-se de ficar atento à quantidade de memória disponível, para não perder uma excelente foto. Dica rápida! Após capturar a foto de esporte perfeita, experimente usar molduras e legendas criativas. Você pode colocar sua foto em um bonito cartão ou cartão portal ou adicionar uma imagem instantânea de seu atleta preferido a molduras de fotos com o tema de esporte para impressão ou molduras de revistas de esportes. FONTE DO TEXTO: http://www.hp.com/latam/br/lar/aprenda/0204_foto_deporte.html

PESQUISADORES CHEGAM ÀS NASCENTES DO RIO MACAÉ

Foto: Rio Macaé, um paraíso na terra. Crédito dafoto: Érika Enne.
*Da correspondente do Blog- Érika Enne Diretamente de Macaé-RJ CIRCUITO CIENTÍFICO É TERMINADO COM DESCOBERTA DE NASCENTES DO RIO MACAÉ Quase uma hora para chegar até o início da Estrada Serramar (RJ-142) que liga os municípios de Casimiro de Abreu e Nova Friburgo. Depois, o mesmo tempo para cruzar os 60 km de rodovia. Aí, partindo de Mury, o percurso dura pouco mais de uma hora em estrada de terra até Macaé de Cima, que pertencente a Nova Friburgo e onde estão localizadas nascentes importantes para a Bacia Hidrográfica do Rio Macaé, como a do próprio rio Macaé, do rio Bonito, das Flores, do Corcovado, entre outros. A região é um santuário de nascentes, com a mata atlântica praticamente intocada e uma riquíssima diversidade de fauna e flora, sendo o local que registra o maior número de espécies de orquídeas e bromélias do estado do Rio de Janeiro, muitas em extinção ou endêmicas da floresta de Macaé de Cima. Esse foi o percurso que os pesquisadores do projeto Macaé Rio Sustentável fizeram para chegar ao seu destino final: a Fazenda Verdun, localizada no final da estrada de Macaé de Cima, sendo a última e a maior propriedade particular de Macaé de Cima. Verdun abriga a cabeceira do rio Macaé que nasce em meio a uma floresta densa numa área montanhosa a cerca de 1.200 metros de altitude. O acesso até a nascente do rio Macaé se dá a partir de lá e só tem como ser feito por dentro do rio e com auxílio de quem conhece as trilhas da região. Para isso, o grupo precisou do auxílio de Paulo César e Maurício, nascidos e criados em Macaé de Cima. A caminhada durou três horas de subida por dentro do rio, mas proporcionou belas paisagens de onde a natureza ainda se apresenta intacta. Na margem, enormes palmeiras, como o palmito jussara, que chega a ter 30 metros , e está extinto em outras área de floresta da mata atlântica. Hoje, sua extração é proibida, o que garante que em Macaé de Cima a espécie cresça e domine a paisagem. Paulo César conta que essa região nunca foi desmatada, por ser de difícil acesso, mas havia caça, atividade que hoje já não é mais tão intensa devido a fiscalização. A equipe cruzou o ponto onde o Macaé recebe o rio Corcovado, que forma a Cachoeira da Prata, como chamam os moradores. Este rio nasce ali perto, no Pico do Faraó, a cerca de 1600 metros . A partir daí, pôde ver um rio estreito, raso e com água cristalina e bem fria, e coberto pela vegetação que se tornava cada vez mais densa e fechada. “O clima se torna ameno a medida em que o corpo esquenta com a caminhada. Afinal, aqui estamos em contato total com a natureza e toda a sua energia renovadora, o que faz esquecer das dificuldades de caminhar por dentro da água e sobre pedras, muitas escorregadias”, falou o coordenador do projeto João Freitas. Ele explicou que a caminhada serviu para que os pesquisadores concluíssem a Expedição Científica Macaé Rio do Futuro, patrocinada pela Petrobras Ambiental. Iniciada em outubro do ano passado, a expedição só não foi concluída na época, pois a equipe não conseguiu chegar até essa região da nascente devido às condições do tempo. “Identificamos que há um campo de nascentes nessa região importantíssima sob o ponto de vista social e ambiental”, falou João. A expedição foi realizada durante dez dias, quando pesquisadores foram a campo para coletar amostra de água e mata ciliar, fazer medições e entrevistas com as comunidades, no final de outubro. Esse trabalho está resultando na elaboração de um livro, filme, relatórios técnicos e um mapa georreferenciado, que já estão em fase de finalização.

CURIOSIDADES - MICHAEL JACKSON VISITOU ESTÁDIO "SAZINHO" NESTE SÁBADO, EM SÃO JOÃO DA BARRA

Quem ouviu a transmissão do jogo de futebol entre o Esporte Clube São João da Barra e o Barra Mansa, deste sábado, feito pela Rádio Barra FM, deveras ficou curioso com a entrevista feita pelo competente radialista Ricardo Cardoso ao ex-árbitro de futebol da Federação do Estado do Rio de Janeiro, Sr. Edílson Soares dos Santos, carinhosamente conhecido de todos pelo apelido de "Michael Jackson".
Michael Jackson visitou o estádio "Sazinho", de São João da Barra e gostou muito das acomodações, estrutura e o próprio campo de futebol, afirmou Ricardo Cardoso aos ouvintes. Michael Jackson também gostou de ver no campo do "Zazinho" os meninos do Esporte Clube de São João da Barra - no que se refere ao bom futebol, claro!.
Com um senso de humor apurado, "Michael" disse ao Ricardo Cardoso que não gosta de "garoto", mas é chegado numa "Nestlé". Éh..., São João da Barra está ficando cada vez mais famosa com a chegada desses astros...
CONHEÇA UM POUCO DO HISTÓRICO DO EX-ÁRBITRO MICHAEL JACKSON *Do Lance Net em 2009
Cantor Michael Jackson mudou a vida de um outro "Michael Jackson". Nesta quinta-feira, o árbitro Edílson Soares dos Santos, da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, conhecido como Michael Jackson, teve sua morte anunciada. - Eu estava em um evento como instrutor de arbitragem e alguém anunciou no microfone: "Infelizmente tenho que falar sobre a perda de nosso querido Michael Jackson, um excelente árbitro do Rio de Janeiro". Eu saí correndo e avisei que estava vivo, que na verdade quem tinha morrido era o Michael Jackson americano. Depois ele anunciou que estava feliz por eu estar vivo. A morte do cantor fez com que Edílson virasse alvo de brincadeiras entre amigos. - Alguns amigos me ligaram dizendo que a TV estava anunciando minha morte - revelou. O árbitro nunca entrou em campo vestido como o ícone pop. No entanto, a ideia ainda não morreu. - Nunca apitei jogo vestido como ele. Mas já passou pela minha cabeça fazer um jogo festivo e acho que daria certo. Imagina um árbitro de luvas brancas, caracterizado como o Michael, apitando um jogo - declarou. O apelido surgiu de maneira natural. - Eu era fã de carteirinha desde a época do Jackson Five. Quando eu fui para o Rio de Janeiro e já apitava, alguns árbitros me viram de cabelo enroladinho, com brincos e o apelido pegou. Na época ele estava no Brasil para gravar um clipe. Eu estive no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro para acompanhar as gravações de perto - lembrou. Edílson Soares garante que não faria feio caso imitasse o artista. - Eu dançava muito, cansei de dançar. Tenho todos os cds e dvds dele. O Michael fará falta, trata-se de um ícone mundial - encerrou.

MINERIODUTO POLUIU O RIO ITABAPOANA COM VAZAMENTO

Técnicos da Defesa Civil estadual do Rio de Janeiro vão percorrer, na manhã desta segunda-feira (26/07), o Rio Itabapoana, no Norte Fluminense, para verificar se ele foi atingido pelo minério de ferro que vazou de um duto em Minas Gerais, na madrugada de domingo (25/07). O Rio Itabapoana é formado pela união do Rio Caparaó com o Rio São Sebastião. O volume do vazamento não foi divulgado. Mas a Secretaria de Meio Ambiente do município Espera Feliz, em Minas Gerais, onde ocorreu o problema, informou que é grande a mortandade de peixes no Rio São Sebastião. A empresa que transporta o minério de ferro de Minas Gerais para o Espírito Santo informou que o vazamento foi causado por um furo no duto. Mas não explicou como o furo surgiu. A empresa disse que paralisou as atividades para conter o vazamento e fazer os reparos necessários. A empresa informou também que providenciou fornecimento de água para a cidade Espera Feliz, onde 70% do abastecimento vêm do rio que agora está poluído. A assessoria de imprensa da Samarco informou que o acidente ocorrido nas proximidades da cidade de Espera Feliz no Estado de Minas Gerais foi causado por um furo no mineroduto. O acidente (ou incidente) ocorreu no dia da Festa de Exposição Agropecuária do município. O fato ocorreu na madrugada de Sábado para Domingo. A empresa já interrompeu o bombeamento e direcionou caminhões pipa e novo ponto de captação de água para a região. A assessoria informou que o produto não é tóxico, mas causa turbidez na água. Águas do Paraíba tranquiliza população Adelfran Lacerda, assessor de Águas do Paraíba, concessionária que abastece Campos, disse durante o programa “De Olho na Cidade” na manhã desta segunda que os distritos de Santa Maria e Santo Eduardo terão o abastecimento feito por carros pipa, caso haja necessidade de suspensa no fornecimento, mas que por enquanto não há necessidade desse tipo de intervenção. Ele também afirmou que a empresa está acompanhando o caso de perto, e caso seja necessário medidas serão adotadas. .......................................... Fontes: G1, Blog do Claudio Andrade e site do Ururau

domingo, 25 de julho de 2010

VOCÊ SABIA? - SÃO JOÃO DA BARRA TEM PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE ETIMOLOGIA ITALIANA

Foto: Ruínas do Trapiche, hoje. Foto: O Trapiche quando estava intacto. Foto: O Trapiche de S.J. da Barra estava localizado na mesma direção das palmeiras Imperiais do cais do porto. Foto de Aloísio de Castro Faria.
Foto: Pranchões descarregavam suas mercadorias ao lado do Trapiche de S.J. da Barra.
Quem é que nunca teve o prazer de ver um belo pôr-do-sol, através das antigas ruínas do Trapiche, no cais do Alecrim em São João da Barra? Sendo um local de inspiração para amantes do patrimônio histórico, contempladores da natureza e namorados, o velho trapiche tem muitas histórias para nos contar. Mas qual é a história de nosso trapiche? o que significa trapiche? Aos engenhos de açúcar, movidos a bois, davam, no século XVI, o nome de trapiche, como informa Fernão Cardin, na narrativa epistolar: "Outros não são d`água, mas moem com bois, e chamam-se trapiches." Trapiche é sicilianismo. Casa de engenho ou casa de moer; bolandeira; guindadeira; parol; fornalha; bagaceira; casa das caldeiras, reminhões, repartideiras, tachos; casa de purgar; mascavado; branco; mel; remel e etc., todos esses vocábulos são vernáculos. Alguns procedemde língua arábica, o que não é de estranhar, pois a técnica da produção do açúcar, em grande parte, se deve aos árabes: alambique, álcool, açúcar, etc. Como também a técnica mediterrânea do açúcar se deve aos produtores da Sicília, é natural que viessem também alguns vocábulos da ilha italiana. O étimo de trapiche é o vocábulo siciliano: trapeti. Lipamn assim documenta acerca da Sicília: "Há aí casas chamadas trappeti, donde tem lugar a fabricação" (História do Açúcar, trad. de Haroldo Coutinho, vol II, página 21). Fonte da Pesquisa: Ribeiro, Joaquim. Os Brasileiros. Editora Pallas S.A, Rio de Janeiro,1977, página 114 e 115. O NOSSO TRAPICHE Um dia a rua Beira-Rio teve um robusto prédio que se chamava trapiche. Construído por volta de 1855, nele eram armazenadas muitas mercadorias que transitavam pelo porto sanjoanense. No século XX, nas décadas de 1920 a 1940, pertenceu à firma de transportes marítimos "Araujo & Cia Ltda", de Joaquim e Francisco da Costa Araujo. Hoje só restam as ruínas do trapiche para serem apreciadas. O Governo municipal desapropriou o local que era de particulares e tem projetos para que a área em que está o trapiche se torne revitalizada abrigando mais um espaço de vivências da cidade e com um memorial do auge da navegação fluvial em São João da Barra. Em Seixal, Portugal, as autoridades estão fazendo isso com os cais em ruínas e prédios históricos da Baía. Para se ter ideia da importância dos Trapiches para o Brasil, por volta de 1840, foi publicado no jornal "O Monitor Campista" uma lei federal exclusivamente para a devida gestão dos trapiches no território nacional, talvez quase que uma norma de conduta da época para o que chamamos hoje de administração da logística portuária. Histórias à parte, este monumento, que tem a origem de seu nome lá no mediterrâneo ,deve ser preservado. Curtamos então os visuais deste local que merece uma visita sempre. Ah, vá pelo "Beco do Araújo" para dar maior clima! Fonte de Pesquisa: Oscar, João. Apontamentos para a História de São João da Barra. Mini-gráfica editora, Teresópolis. 1977. VISTA DO IPHAN AO TRAPICHE, EM 2005. Foto: Fortunato Ferraz, arquiteto do Iphan, visitou o Trapiche de São João da Barra e deu sugestões para seu tombamento como patrimônio histórico. Foto: Andre Pinto, quando era diretor da ONG COCIDAMA, com o arquiteto Fortunato Ferraz, nas ruínas do Trapiche.

ATENÇÃO, PREPARAR, CÂMERAS, AÇÃO...

Foto: "Oficina do Nós" em trabalhos de filmagem em São João da Barra. Crédito da foto: Blog do Oficina do Nós. AO SOM DO CLAQUET !!!
O programa Ação, da Rede Globo de Televisão deste sábado, 24/07, apresentou o sucesso das oficinas cinematográficas do "QUERÔ", uma espécie de ONG que leva até às escolas as técnicas da cinematografia e fotografia, revelando muitos talentos e resgatando a cidadania estudantil. Ver um programa como este, nos deixam felizes e com a certeza de que o município de São João da Barra também caminha no rumo certo. Temos vários exemplos de sucesso sanjonanense no ramo de projetos cinematográficos e alguns deles até considerados revelações de jovens talentos. Além de São João da Barra ser um excelente local para set's de filmagem por causa de sua beleza natural, o próprio povo se envolve nas "histórias" e "Estórias" como foi na gravação do filme "O Quinze", de Raquel de Queiroz, que teve como ambiente de filmagem um vilarejo da localidade de Caetá, no próprio município sanjoanense e com figurantes da terra. Depois de rodar em Quixadá, no Ceará, 90% do filme "O Quinze", inspirado na célebre obra homônima de Rachel de Queiroz, a produtora Letícia Menescal escolheu a região de São João da Barra, no Norte Fluminense, para as cenas finais. ''Procuramos por todo país uma autêntica maria-fumaça. Optamos por um exemplar que estava em São João da Barra'', disse o diretor Jurandir Oliveira, acrescentando que o trem era aatração no Sesc Mineiro de Grussaí.
Foto: Trem Maria-Fumaça do SESC Mineiro de Grussaí. Foto extraída do Google busca.
Imagem: Matéria de jornal sobre filmagem de "O Quinze" em São João da Barra. Outro exemplo foi a filmagem de "Depois", da Nonada Filmes, onde o empresariado local e o governo municipal em muito ajudou na criação de cenários e outras tarefas. Para se ter uma ideia de envolvimentos, a cidade de Deodoro, em Alagoas, agora vive o sucesso de ter servido de cenário para as filmagens de "Odorico Paraguassú" e isso é muito legal para a comunidade, que mostra o seu local de origem, participa das filmagens e cria um nicho turístico mais forte. Hoje São João da Barra conta com um "celeiro" de jovens cineastas e alguns até tiveram exibidos os seus trabalhos em participações de festivais de cinema amador nos grandes centros. Um exemplo de sucesso é o "Observatório Humano Mar de Atafona" que tem arregimentado muitos bons jovens para a execução da sétima arte. Produções como "Maragado", "Lembra-te do Dia de Sábado" e "Tabuaçu" tem sido amplamente difundidos nas escolas municipais de São João da Barra. Muitos estudantes dessas escolas públicas tem participação efetiva na elaboração destes trabalhos espetaculares, se tornando atores amadores e se interessando por seus problemas locais. Há incentivos do governo municipal no que tange ao fomento de oficinas cinematográficas no Palácio Cultural Carlos Martins, bem como na realização dos concorridos "MOSCAS" - Mostra de Cinema Ambiental. O "Observatório Humano Mar de Atafona" realizou recentemente um interessante projeto denominado "CEAT FAZ CINEMA" e os estudantes do Colégio Estadual Alberto Torres produziram excelentes documentários que serão exibidos no segundo semestre deste ano letivo. São temas culturais, ambientais e sociais, onde a abordagem foi unicamente feita por estudantes com a supervisão de seus professores.
Imagem: Cartaz feito por estudantes sanjoanenses, da Mostra de Cinema Ambiental de Atafona.
Foto: Público presente às exibições do MOSCA, em Atafona.
Foto: Integrantes do "Observatório Humano Mar de Atafona" que são estudantes secundaristas.
O "Observatório Humano Mar de Atafona" também revelou um talento nato para o ramo de jovens cineastas sanjoanenses - Jéssica Felipe. Em concurso de nível nacional, Jéssica se classificou entre os quinze melhores jovens cineastas do país, para fazer um curso de um mês na TV Futura, no Rio de Janeiro. Sem condições financeiras para arcar com os custos da viagem, foi patrocinada pela Prefeitura Municipal de São João da Barra e hoje trabalha como "free lancer" na elaboração e edição de documentários e pensa em abrir uma mini agência de produção e editoração cinematográfica em São João da Barra, com apenas 16 anos de idade.
Foto: Jéssica Felipe segura a produção do documentário ambiental que a classificou para o curso da TV Futura.
Foto: Jéssica Felipe visitando o Projac com os jovens cineastas de todo o Brasil.
Também destacam-se as atividades cinematográficas do Grupo "Nós do Nós Filmes" e "Oficina do Nós". É um mesmo grupo ligado à uma importante ONG cultural do município chamada Grupo "Nós na Rua". Os integrantes deste grupo promovem oficinas de cinema e teatro e também exibições públicas de clássicos do cinema nacional e internacional, com sucesso de público e geralmente utilizando-se de um equipamento majestoso que é o Cine Teatro São João - reformado pelo governo municipal - que ainda preserva as suas máquinas de projeção alemãs do início do Século XX, uma de suas principais atrações . Foto: Thais e Marieta, da Produtora Cinematográfica Multinacional Nonada Filmes, com sede em Londres e no Rio de Janeiro, visitam o Cine Teatro São João, conhecem a máquina projetora Nietch, do início do Século XX e se encantam com o potencial cinematográfico de São João da Barra. Crédito da foto: Andre Pinto. Enfim, quando vemos exemplos de sucesso na televisão ou outros quaisquer meios de comunicação onde identificamos também o mesmo sucesso de nossa terra, precisamos sim, fazer muito barulho! ATENÇÃO,PREPARAR, CÂMERAS, AÇÃO!