domingo, 11 de julho de 2010

RELEMBRANDO O SANJOANENSE PEDRO MARCELINO COM POESIAS INÉDITAS

Relembrar é um ato preciso. A saudade nos enche dentro do peito, quando lembramos de pessoas tão queridas que partiram cedo demais. Assim é, quando lembramos do sanjoanense, nosso querido e inesquecível parente, Pedro Marcelino, um grande carnavalesco que o Clube Congos já teve,na maioria das vezes ajudou os Congos como compositor e que residiu por muitos anos em Teresópolis e trabalhava no Cartório do 3º Ofício. Uma das heranças desse bom tio, veio parar em minhas mãos. Trata-se de uma coletânea jamais divulgada em público, de suas maravilhosas poesias, feitas em diferentes períodos de sua vida. Para se ter ideia do material que está sob minha chancela, há mais ou menos 60 ou 80 poesias, algumas até já revisadas pelo próprio Pedro Marcelino e há também em algumas folhas, poesias de próprio punho. O Material em questão era do acervo de minha tia Eliza Malhardes, que em vida passou para o meu pai João Oscar que acabou ficando para mim. Em revisão do acervo de João Oscar, acabei encontrando este maravilhoso maço de poesias do "Pedrinho", como era carinhosamente chamado por todos. O Blog começará a divulgar as belas poesias de Pedro Marcelino e deseja que as mesmas venham a fazer parte um dia, de uma publicação de constelação de novos poetas sanjoanenses. Vamos admirá-las: EXULTAÇÃO AO PEQUENO PRÍNCIPE Quisera ser o pequeno príncipe, Das roupas brancas esvoaçantes, A pobre criança. Pisar estrelas, Ó doce constelação! Ser o pequeno príncipe, eu quisera. viajar pelo mundo, desconhecido como nasci, sozinho. Quisera ser o homem dos lampiões onde imperam, das ruas, velhos casarões. Colher a rosa no jardim da vida, eu quisera. Às três da tarde encontrar o amor verdadeiro, grande pretensão... (Exultação ao Pequeno Príncipe, Saint Éxupery... "Os homens compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos...") PRINCÍPIO No princípio, Quando todas as coisas foram criadas e o menino sorria, quando todos os homens foram concebidos -eu era aVERDADE que embalava o mundo. E não permitia que o sol se escondesse por entre nuvens aflitas, mesmo que anunciassem a tempestade voraz e que o vento resolvesse se lançar mais forte. Andava pelas ruas do meu reino com os pés no chão, sempre acompanhado dos velhos amigos, com os olhos voltados para o céu como se o tivesse atingido e cumprimentando alguém que lá está, sentado à direita do pai. Eu era assim, no princípio...

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