quarta-feira, 19 de maio de 2010

CASA DA CÂMARA E CADEIA É CADA VEZ MAIS PROCURADA POR ESTUDANTES DO MUNICÍPIO PARA PESQUISAS E PROJETOS

'Foto: Andre Pinto fala da questão arquitetônica do Prédio da Casa da Cãmara e Cadeia. Foto de Marco Pacheco - SEMASP
Foto: As grades da cadeia pública resistem ao tempo e são revestidas das mais terríveis "estórias"e histórias das atrocidades vivenciadas pelos presos. Foto de Marco Pacheco - SEMASP
Foto: Eloir Neto e Iran Jr. Uma dupla interessada na história sanjoanense. Foto de Marco Pacheco - SEMASP.
O Projeto "CEAT FAZ CINEMA" está a todo vapor! Hoje pela manhã, os estudantes Eloir Neto e Iran Júnior, ambos do Colégio Estadual Alberto Torres, foram recepcionados por integrantes do Núcleo de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São João da Barra, nas imediações da Casa da Câmara e Cadeia que está em restauração pela Prefeitura Municipal de São João da Barra em parceria com o IPHAN, onde tiveram uma verdadeira aula "de volta ao tempo" ao Brasil Colônia e Brasil Império. Andre Pinto e Marco Pacheco, conduziram a dupla para conhecer de perto alguns detalhes curiosos da construção bicentenária, que serviu para abrigar tanto os "Homens bons" no segundo andar, onde era a Casa da Câmara como os "homens maus" onde era a prisão, no primeiro piso. Aproveitaram para ver de perto as grossas paredes feitas de óleo de baleia, pedra e cal e ficaram surpresos com o alçapão superior de onde eram arrermessados os presos e revoltosos ao poder constituído da Corôa. Foram passados muitos detalhes históricos como as funções das Casas da Câmara e prisões nas vilas controladas pela Corôa Portuguesa, dos pelourinhos, dos editais, dos impostos e taxas, das varas dos juízes ordinários, juízes de fora, juízes de ofício, juízes de vintena, juízes de órfãos e sucessões e juízes almotacés, além dos detalhes das "telhas feitas nas coxas", moldadas nas coxas dos escravos que também fabricavam, com esforço próprio, os tijolos maciços em prensas artesanais e que demandavam muito sacrifício dos mesmos. Aprenderam também sobre o direito de foro e também souberam do enforcamento em série de 03 escravos assassinos de seu senhor, acontecido em 1851 bem em frente ao prédio histórico. A dupla fez o primeiro contato com a equipe da SEMASP para pedirem auxílio no Projeto de elaboração de um documentário que vai retratar o que foi passado naquele local, além de terem a ideia inicial de promoverem uma espécie de encenação dos maus tratos sofridos pelos presos e degredados. Outra ideia é a de simular o julgamento de um cidadão, imitando , assim as atribuições de um Juiz Ordinário. Será uma ótima oportunidade de se revelarem talentos ,tanto na arte cinematográfica como também na arte da encenação teatral. Com a reinauguração deste maravilhoso espaço, previsto para setembro de 2010, poderemos até promover um ato cênico lembrando a fundação da própria Vila de São João da Praya, com personagens em trajes de época recitando os editais da sacada deste prédio, frisou o estudante Eloir Neto, filho da professora sanjoanense Camille.

Um comentário:

AngelMira disse...

Bravo!

Parabéns ao povo sanjoanense e ao André Pinto, incansável na luta pela preservaçaõ da histórica, da cultura e do ambiente de sua terra.