segunda-feira, 25 de junho de 2012

TRIBUTO AO COMPANHEIRO ODYR JÚNIOR

O nosso colega da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São João da Barra partiu sem nos avisar. Partiu como que um pássaro martim pescador bate suas asas e se esconde por entre as árvores do nosso manguezal da foz do Rio Paraíba do Sul.

O nosso colega "Odirzinho" partiu sem deixar ao menos um até logo ou adeus. Fomos pegos de surpresa nesta manhã de segunda-feira. A data de sua partida talvez tenha a ver, coincidentemente, com os festejos de nosso padroeiro São João Batista. Odyr, um sanjoanense nato, era da natureza em todos os termos e tons. Não era à toa que era concursado como fiscal de meio ambiente na municipalidade. São João Batista era do meio ambiente também, principalmente o que abençoa as águas!

Um ótimo surfista das águas barrentas, conhecedor das marés e dunas do nosso pontal, era um amigo em que sempre repassava o seu ótimo senso de humor aos colegas. Raras as vezes de se ver o Odyr em atritos pessoais com seus colegas. Ele debatia sim , mas no campo das ideias e era incisivo em suas convicções!

Um apicultor de excelência, que deixou o seu nome gravado nos diversos campos de nosso território, amigo das abelhas e de tantos outros animais, fez do mel local, muitos deles extraídos das mais delicadas flores de restinga, o seu sustento e seu reconhecimento como profissional.

Quantas não foram as casas que tiveram a presença de Odyr para o controle de enxames de abelhas? O mel de flor de laranjeira era magnífico! Odyr costumava levar favas e amostras de mel para o seu local de trabalho, para que seus colegas mascassem aquele "chiclete natural", que ele dizia ser bom para a saúde, para a limpeza dos dentes e para melhorar a voz. O povo atacava feito formigas!

As árvores também gostavam do Odyr e vice-versa! Que simbiose inacreditável! O homem gostava de plantar! E plantou muito, pode ter certeza! Deixou frutos, por bem dizer! Está imortalizado!

Caricaturado pelos óculos escuros ray-ban, com seu fusquinha Fafá-de-Belém bege e sua bolsa à tira-colo, era um sujeito simples e que também gostava de pedalar pelos quatro cantos da cidade a identificar as belezas e irregularidades ambientais. Odyr tinha ótima intelectualidade e também tinha seus muitos momentos de leitura e também travessuras... 

Mas com toda certeza, neste pequeno tributo que se estampa, o nosso "Odirzinho" nos fará muita falta. Esta segunda-feira está mais triste...

Nossos sentimentos aos Lobatos e Borges, tradicionais famílias desta cidade.

NEA - SEMASP