quarta-feira, 7 de julho de 2010

EDUCAÇÃO: SUPERDOTADOS - COMO IDENTIFICAR O QUE FAZER?

* Carlos Renato é correspondente do Blog de Andre Pinto.
Superdotados Como identificar e o que fazer? Uma das dificuldades que nós professores encontramos é de discernir entre os alunos inteligentes e os superdotados. Trabalhar com jovens com esse perfil requer um conhecimento mais específico do que simplesmente o do conteúdo da disciplina que ministramos. Extrema facilidade para aprender coisas novas, curiosidade intensa, raciocínio rápido, habilidades surpreendentes. Estas são apenas algumas das características da superdotação, que faz parte da personalidade de 1% da população brasileira, ou 380 mil crianças em idade escolar. O assunto é polêmico, pois confunde pais e professores, que não sabem identificar nem lidar com a situação. Por causa disso, muitas vezes essas crianças podem desenvolver problemas de relacionamento e de auto-estima. Saiba como descobrir se seu filho é superdotado e o que fazer para que ele seja devidamente valorizado e estimulado. Diferentemente do que se imagina, superdotação não é sinônimo de genialidade ou capacidade de tirar nota máxima em tudo. As pessoas que possuem esse dom apresentam habilidades visivelmente diferenciadas da maioria das pessoas da sua idade, e isso vai além de um bom desempenho nos estudos. Tais potencialidades podem ser conferidas nos mais diversos campos, como música, arte, linguagem falada ou escrita, raciocínio abstrato e memória, por exemplo. E os sinais mais freqüentes disso podem ser detectados pelo alto grau de motivação e curiosidade, grande interesse por um determinado assunto, elevado empenho pessoal e criatividade no desempenho de uma tarefa. E essa capacidade de desenvolvimento é que torna um indivíduo notável em alguma atividade escolhida por ele. Diante de uma criança ou um adolescente com todas essas características, os pais se perguntam: será que meu filho é superdotado? Para descobrir a resposta, é necessária muita observação. “A identificação não deve ser feita com base apenas no rendimento escolar, em testes de QI ou relatos de algum tipo de comportamento ocorrido em uma fase específica da vida. É preciso também contar com a opinião de várias fontes, como professores, colegas de escola ou de trabalho, amigos da vizinhança. Mas a opinião de psicólogos e psicopedagogos também precisa ser considerada”, observa a educadora e psicóloga da educação Marsyl Mettrau. Mesmo assim, ainda existem muitas dúvidas quanto à diferença entre superdotação, genialidade e hiperatividade. Gênios, segundo a professora Marsyl, são pessoas cujos níveis de produção, criação e invenção alteram uma idéia, concepção ou julgamento vigente e aceito em sua época. Por serem inovadores, muitas vezes eles não são compreendidos durante suas vidas, pois suas idéias e invenções estão muito à frente de seu tempo. Já o comportamento enérgico dos superdotados leva a crer que eles também sofram de hiperatividade, mas esta é uma idéia equivocada. “Às vezes, eles apresentam um quadro de desatenção devido ao seu pensamento divergente, e não necessariamente por dificuldade de concentração. É bastante comum as crianças superdotadas se mostrarem desatentas porque estão entediadas”, ressalta Marsyl. Isso ocorre porque o pensamento delas está muito à frente dos coleguinhas e, com isso, elas não se sentem estimuladas nem atraídas pelos mesmos assuntos que eles. A precocidade, que muitos apontam como um sinal de superdotação, também não tem nada a ver com a história. Algumas crianças começam a mostrar talentos muito cedo, porém esse comportamento pode passar ou se reduzir com o passar das etapas de desenvolvimento. Isso não significa, entretanto, que a criança mais tarde venha a revelar algum traço de genialidade no futuro. Para algumas crianças superdotadas, o ambiente escolar costuma ser um verdadeiro estorvo. Como se destacam entre os colegas, elas costumam ser ridicularizadas e incompreendidas. Isso é natural, por causa de diferenças de interesses, capacidade de compreensão ou maturidade intelectual. Essa situação ainda tem um lado bastante negativo: para tentar se encaixar na média e evitar o sentimento de frustração, muitos superdotados acabam por se anular. E quanto maior for o grau de superdotação, mais complicada se torna a relação do indivíduo com outras pessoas de sua faixa etária. Dentro desse contexto, a presença e a participação dos pais e professores é de grande importância. Aos educadores, cabe a missão de encontrar formas de entreter os alunos e fazê-lo desenvolver ao máximo suas habilidades, pois eles sentem falta de atividades desafiadoras. Quanto mais criativo, complexo e profundo for o currículo escolar, melhor. Em casa, o superdotado deve ser sempre estimulado e tratado com naturalidade. Se os pais ignoram a superdotação, a criança sai prejudicada e ainda pode desenvolver problemas sociais e emocionais, como supersensibilidade, sentimento de inadequação e perfeccionismo. “A completa aceitação por parte dos pais nem sempre acontece. A criança deve ser premiada ou corrigida quando necessário, mas também amada e respeitada por suas características”, sublinha Marsyl. Crianças superdotadas crescem e, obviamente, levam suas habilidades para a idade adulta. Porém, nem sempre fazem sucesso no mercado de trabalho. “Mesmo sendo competentes, os superdotados nem sempre são os mais apreciados e aceitos no grupo social. Em alguns casos, eles também não conseguem viver em harmonia com a chefia ou os colegas de trabalho. Costumam tecer comentários verdadeiros, porém considerados impróprios. Também discordam e apresentam discordâncias, tanto nos aspectos formais quanto legais e, às vezes, de forma veemente e insistente”, aponta a psicóloga. Mesmo com essas características, os superdotados costumam ter um bom desempenho em suas funções. Segundo Marsyl, são bons líderes e envolvem seus companheiros em seus pontos de vista, tal como faziam em suas brincadeiras de criança. São, também, muito empreendedores e envolvidos quando estão motivados, o que resulta em colaboração e participação intensas. Esse lado positivo, diz ela, precisa ser estimulado desde a infância. “Trata-se de uma questão de inclusão, de aceitação e entendimento das diferenças individuais. Crianças ou adultos, os superdotados podem apresentar comportamentos diferenciados que se mantêm, muitas vezes, ao longo da vida. Quando amados e respeitados, eles se sentem seguros para lidar com o mundo à sua volta”, finaliza. Espero ter colaborado, mais uma vez, com os pais e meus colegas. Entre em contato comigo pelo endereço crcspi@gmail.com para sugerir assuntos para ajudar os nossos alunos e filhos. Um grande abraço. Fiquem com Deus! Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca. (Provérbios 4.5) Fontes de pesquisa para este artigo: Psicologia e Educação do superdotado – Eunice Maria Lima S. de Alencar (13ª edição – 2003). Internet Portal Terra de 29 de janeiro e 18 de março de 2007. Internet Folha Online – Educação de 14 de abril de 2005. Carlos Rafael – Renata Cristina – Rosanna Cristina: filhos amados. Experiência profissional. Professor de Matemática e Pedagogo Carlos Renato de Castro Souza

2 comentários:

Tarsila disse...

Ola,

gostei muito da materia.Tenho um filho nessa condiçao.Considerado nerd na escola, abaixou as notas para ser aceito. Sempre teve dificuldade para ter amigos, porque fala em coisas que nao despertam interesse dos demais. Gosta muito de cosmologia, le diariamente, assiste a documentarios. Ama a ciencia.A opiniao de que tem inteligencia bastante superior e de todos os seus professores, colegas, conhecidos, amigos, parentes e de psicologos. Uma, inclusive, me mandou diminuir o incentivo.
Um abraço e obrigada.

Tarsila disse...

Ola,

gostei muito da materia.Tenho um filho nessa condiçao.Considerado nerd na escola, abaixou as notas para ser aceito. Sempre teve dificuldade para ter amigos, porque fala em coisas que nao despertam interesse dos demais. Gosta muito de cosmologia, le diariamente, assiste a documentarios. Ama a ciencia.A opiniao de que tem inteligencia bastante superior e de todos os seus professores, colegas, conhecidos, amigos, parentes e de psicologos. Uma, inclusive, me mandou diminuir o incentivo.
Um abraço e obrigada.