quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SÃO JOÃO DA BARRA - ANTIGO PORTO DAS SUMACAS

A ORIGEM DAS SUMACAS NO BRASIL E SEU TRÁFEGO EM SÃO JOÃO DA BARRA
-UMA EMBARCAÇÃO ÁRABE - PORTUGUESA - HOLANDESA ?-
Nos rios da bacia do Prata, havia um tipo de veleiro que, pelo menos durante dois séculos, adaptado para seus afluentes, superava de longe as suas características especiais em relação à outros barcos. Ele serviu na paz e na guerra, foi chasquera, serviu à ordem Católica, tanto como embarcações costeiras como barcos do mar, indo aos portos do Brasil, transportando tropas, munições, armas e suprimentos, e armados, faziam parte do esquadrão naval durante a "Patria Vieja", nas guerras de independência e revoluções.
De origem árabe, porque a sua dimensão e armamento no mastro foi semelhante ao felucca Saracen, com suas velas em volta de um ou dois, que levantavam e abaixam à vontade.
Português de origem, pois foi na costa brasileira, onde foi primeiro construída e depois jogada "fora", inicialmente no Prata. A primeira data de permanência de uma "sumac" holandesa no Brasil, permaneceu até 1654. Com pitadas de origem na Holanda também, porque o conjunto de suas velas foi semelhante ao veleiro, vela plataforma que é levantada em barcos do tipo Ocean Racing, é um veleiro de pequeno porte, dedicados à pesca, à semelhança do "ketch" à velas, é também chamado pelos holandeses de "Smak", pelos anglo-saxões de "SMACC" ou "sback" e estas palavras deram origem ao nome "sumac" crioulo, ou a sumaca que conhecemos. Também nos documentos oficiais, as embarcações foram nomeadas com a letra "Z", de Zumaca. Um fator de importância estratégica foi que as sumacas, em tempos de guerra, invasão e escassez, tiveram suas cavernadas preenchidas com maior facilidade do que as fragatas, e até mesmo pelos brigues. FORTE PRESENÇA DE SUMACAS EM SÃO JOÃO DA BARRA O escritor João Oscar Amaral Pinto descreveu a relação de embarcações do tipo sumaca com entradas no Porto de São João da Barra, vindos pela Foz do Rio Paraíba do Sul, bem como outras embarcações do tipo patacho e escunas. Só em janeiro de 1852, para se ter ideia, tivemos a entrada das seguintes embarcações (sumacas):
sumaca Nova Clara " " Primeiro de agosto " " Nova inveja " " Maria " " S. Miguel " " Dois amigos " " Boa união " " Vênus " " Sociedade Feliz " " Gaivota " " Boa ventura " " Nova sorte " " Oliveira " " Nova amizade " " Divino " " Andorinha* " " Josefina " " Nactividade " " Santa Filomena " " Outro destino " " Liberal " " Santa Maria " " S. José segundo *A sumaca Andorinha fazia tráfico de escravos, segundo documentos descobertos por João Oscar.
Que tenhamos um momumento em homenagem às sumacas em nossa querida São João da Barra! A ideia da construção de uma Galeota Imperial já foi lançada!

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