domingo, 21 de novembro de 2010

OS MAIS ANTIGOS PÉS DE SAPOTI DA ZONA URBANA, COMPÕEM PROJETO DA ARQUITETURA VERDE DE RESIDÊNCIA EM SÃO JOÃO DA BARRA

Foto: Os pés de Sapoti dos Lopes Costa tem aproximadamente 200 anos e hoje compõem o conjunto arquitetônico verde da residência. Nos troncos principais e secundários podem-se admirar a presença de bromélias, bouganvilles e outras espécies de fores. Crédito da foto: Andre Pinto
Foto: Pelo grosso tronco e altura de um dos pés de sapoti, se tem a certeza de que a idade da árvore chega a ser bicentenária. Crédito da foto: Andre Pinto. Foto: Os saborosos sapotis são colhidos das janelas e varandas da Casa Verde dos Lopes Costa. Foto extraída da internet - cantoverde.org
NO MEIO DO CAMINHO: DUAS ÁRVORES, DOIS SONHOS, UM OBJETIVO...
Ontem tive a oportunidade de conhecer, à convite dos meus amigos Sérgio Romero e sua esposa Carla Dias, a bucólica chácara urbana de São João da Barra que permanece sob as bençãos da Igrejinha de Nossa Senhora dos Navegantes, próximo de onde existiu tempos atrás, o antigo barracão do então "Bloco Chinês" e onde hoje existe uma bela praça pública em frente à um escondido braço do Rio Paraíba do Sul. O nosso amigo Sérgio Romero está se recuperando bem de uma cirurgia feita em um dos seus joelhos e tem recebido a visita e telefonemas de muitos amigos e parentes. A Receptiva e cativante Carla Dias, esposa de Sérgio Romero é também minha conterrânea lá das terras das altas montanhas e agradeço desde já o carinho que teve em me receber na linda manhã de sol deste sábado último em sua casa. NOS TRILHOS DA HISTÓRIA, NA ARQUITETURA VERDE E NA COLHEITA DE CAJUS Eu e o amigo Sérgio Romero somos apaixonados pelo tema "Ferrovias do Brasil". Quando paramos para conversar e temos algum tempo para isso, as conversas vão longe! Assim foi ontem, na residência inteligente dos Lopes Costa! No hall de entrada da casa, sob a iluminação natural e altamente ecológica das diversas claraboias e vitrôs colocados em pontos estratégicos, eu o amigo Walmir Lopes Baldino, pudemos tecer as conversas das histórias do trem e também das produções de caju-anão-precoce, aos quais, Sérgio Romero e Carla colheram na hora e fizeram um excelente petisco para todos nós. E o que acompanhou os cajus? Já dá para imaginar, né?! Foi uma pena o amigo Sidney Salgado não ter participado conosco deste convite ímpar! O Sidney encontra-se na Feira do Verde em Vitória e também deve estar experimentando boas coisas por lá, juntamente com sua esposa Taís. Bom, voltando à casa inteligente dos Lopes Costa, na entrada do terreno, logo se vê que o engenheiro Sérgio Romero juntamente com a sensibilidade de Carla, resolveram preservar uma linda mangueira, que faz parte do conjunto arquitetônico verde de uma das varandas do imovel. Em tempos de mangas, deve ser muito legal ficar em um ponto estratégico da varanda para poder pegar, ainda caindo, uma bela fruta tropical. Alguns cuidados também devem ser tomados, senão será manga na cabeça! Um bastismo, talvez! Dizem que o betacaroteno faz bem para pele, então, sem problemas! Outro aspecto interessante, motivo principal desta matéria, é que o Sérgio e Carla, quando compraram a propriedade dos herdeiros do saudoso "Bica", encontraram um desafio pela frente no desenho de seu imóvel: a existência de dois pés de sapoti, quase bicentenários. Como resolver o projeto estrutural da casa sem mexer com os pés de sapoti? Estudaram várias formas, sempre com a preocupação de preservação daquelas árvores - talvez únicas na zona urbana- pela idade avançada. No projeto arquitetônico, o casal Lopes Costa contratou os serviços do sanjoanense Marcelo Peixoto, um arquiteto com diversos serviços prestados na cidade e região. A ideia era a de compor o cenário da casa aliado aos pés de sapoti e da mangueira também. O Resultado foi surpreendente! A Casa verde - inteligente - dos Lopes Costa proporciona aos seus residentes e visitantes um bem-estar incrível, com muita sombra, muita claridade, circulação de ar, aproveitamento de espaços e áreas externas dignas de revistas especializadas em decoração verde. "Há um microclima prevalescente no local, uma harmonia entre o homem e a natureza! São anos de trabalho duro e dedicação ao imóvel, começando desde o namoro do terreno até a concretização de nossos sonhos", me disse o carismático casal Lopes Costa. Tem mais, a economia de energia é satisfatória, pois acendemos as luzes por volta das 19 horas e 30 minutos, completou Carla Dias. Uma outra ideia do casal é a de fazer um mini-lago em harmonia com a estrutura funcional da Casa Verde, para propiciar ainda mais a valorização paisasística do conjunto e ainda tornar o ambiente mais fresco, contando coma as belezas de peixes ornamentais, tal qual o Pagode Chinês do SESC Mineiro, em Grussaí. Nos fundos do imóvel, há um lindo pomar onde podem ser colhidos jenipapos, acerolas, mangas, frutas-pêro, pinhas, cajus e até uma fruta exótica que ainda não brotou: a groselha! Quem protege as redondezas da casa é uma belle femme, uma madonna, da raça Rottweiller, cujo carinho dispensado pelos seus donos a tornam mais amável, mas não menos atenta, com os visitantes. A rottweiller não vê a hora de Sérgio se recuperar da cirurgia para poder levá-la, em caminhadas como de rotina, à praia de Atafona nos períodos matinais. Diante de toda essa benção que recai sobre os Lopes Costa e aos visitantes da casa verde, aproveitei para levar alguns documentos sobre A HISTÓRIA DAS FERROVIAS NO BRASIL, por mim encontrados em coleção do Jornal do Comércio, por volta de 1852, do acervo deixado por meu saudoso pai, João Oscar. As nossas pesquisas estão avançando e em breve teremos novas descobertas de antigos fatos da nossa ferrovia sanjoanense! aguardem! Ao cair da tarde, despedímo-nos do casal Lopes Costa, onde tive a oportunidade de rever o meu amigo, o Dr. Luiz Fernando Lopes Costa e sua esposa, que haviam chegado para o jantar na casa verde. Foi um sábado muito legal!

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