quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SJB - NA LINHA DE FERRO E NOS BATENTES DO TEMPO...

Foto: Andre Pinto, um amante de ferrovias, conhecendo de perto uma locomotiva em funcionamento, no circuito turístico São Lourenço - Soledade, em Minas Gerais. Crédito da foto: Cecília Pinto.
ESTRADA DE FERRO SÃO JOÃO DA BARRA - FINAL DA LINHA E INÍCIO DOS SONHOS!
Foto: Esta cópia de foto me foi doada, tempos atrás, por Carlos Sá e nela identificamos um "carramanchão" na praia de Atafona, onde as senhoras e senhores que vinham de Campos para a praia, se refrescavam e aguardavam até a saída do trem da estação de Atafona.
Foto: Estação de Atafona, em foto de 1940. Foto extraída do livro "Atafona - Sua história, sua gente" do escritor João Noronha, página 36. Notam-se os trilhos de trem no canto esquerdo da foto e as travas de fim de linha.
Foto: Parte da história da ferrovia Campos - São João da Barra, da Companhia Leopoldina Railway é contada por João Oscar, no livro "Apontamentos para a História de São João da Barra".
Foto: As lindas locomotivas da Usina Barcelos. Acervo de Flávio Lage.
Foto: Estação das Artes Derly Machado. SECOM/PMSJB. Foto: A Estação das Artes Derly Machado oferece um ambiente bucólico com a reforma da antiga Estação de Trem da Leopoldina Railway, que um dia também foi Delegacia de Polícia.
Foto: Estrada de terra entre São João da Barra - Atafona cheia de "Fordecos" ônibus levando gente para a praia. Notam-se ao lado esquerdo da foto ,a linha de trem da Companhia Leopoldina Railway e ao fundo as palmeiras Imperiais. Crédito da foto: busca no Google. Sem identificação prévia de autoria.
Foto: Estação de Atafona, com uma réplica de um vagão de época, que virou um vagão restaurante. Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: Estação de Atafona, com uma réplica de um vagão de época, que virou um vagão restaurante. Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: Estação de Atafona, com uma calçada de pedra de cantaria com 12 cm de espessura. Crédito da foto: Andre Pinto. Foto: A foto foi tirada num tempo em que a estação era usada para ser um restarante do Picadilly, no verão de Atafona. Crédito da foto: Andre Pinto.
"CANICO" FERNANDES E AS HISTÓRIAS DE NOSSO TREM SANJOANENSE
O QUE O ESCRITOR CÉLIO AQUINO ESCREVEU SOBRE O NOSSO TREM ?
Foto: Amigos aguardavam a vez de receber os autógrafos de Célio Aquino na Estação das Artes, antiga estação da Leopoldina Railway da sede de SJB. Crédito da foto: Andre Pinto.
O nosso querido "Barão de Cedaqui", grande amigo Célio Aquino, escreveu em seu livro "Minhas Histórias de São João da Barra" o seguinte sobre a nossa ferrovia:
" A partir do momento em que a Estrada de Ferro Leopoldina estendeu as suas linhas até São João da Barra, o seu povo passou, obviamente, a ter maior facilidade de locomoção, habituando-se, por isso mesmo, a viajar mais - a Campos, em especial. Logo os comerciantes locais sentiram as consequências dessas constantes viagens dos habituais fregueses à terra de Benta Pereira, como seria natural...Tanto as lojas como os armazéns e até farmácias da cidade ficaram às moscas. E olhe que o comércio praiano naquele tempo não era dos piores, como vimos. Mas Campos oferecia - além do passeio - melhor chance de escolha, como ainda hoje acontece. Assim, o comércio sanjoanense foi caindo, caindo, até ficar reduzido a uma loja ou duas , no máximo, a uma farmácia só, e a umas poucas vendinhas. Por muitos anos, ainda, permaneceram o Novo Hotel, próximo à estação da Leopoldina, e o de Domingos Crespo, na Rua Direita." (página 27).
Foto: O escritor sanjoanense João Oscar, falecido em 2006, contava muitas "estórias" e histórias do trem que vinha de Campos para São João da Barra. Na foto uma turminha bem legal aprendendo a história do trem. contada por João Oscar, no SESC Mineiro de Grussaí.Crédito da foto: Andre Pinto.
Quadro à óleo de Uilton Mallet. Estação de Trem de São João da Barra. Fico imaginando quantas histórias não temos sobre a presença da Estrada de Ferro da Leopoldina Railway que esteve em São João da Barra e que construiu algumas estações que ainda estão de pé em nosso município... O saudoso Jair Raposo, em suas memórias, contou muitas histórias sobre a linha férrea de São João da Barra, o "Canico Fernandes" também contou muitas histórias sobre o trem sanjoanense! e que virou um livro de contos, diga-se de passagem! O Paulo Nunes Alves também contou histórias sobre a linha férrea sanjoanense! Getúlio Alvarenga, que foi tabelião no 2º Ofício, tem muitas histórias sobre o trem e sobre os terrenos comprados pela Leopoldina Railway e que existem até hoje. O Mallet , pintor e escultor de renome e que mora em SJB, já pintou quadros sobre a estação de trem de São João da Barra! O escritor Carlos Sá tem em seus arquivos algumas fotos excepcionais da estação sanjoanense cheia de gente e de automóveis "ford" aguardando o desembarque de passageiros!. Já temos uma linha de Maria-Fumaça funcionando no SESC Mineiro de Grussaí, sendo um excelente equipamento turístico! O que falta para produzirmos o nosso material sobre a presença do trem em São João da Barra??? Foto: Estação de Atafona, que virou um restaurante, tempos atrás. Crédito da foto: Ralph M. Giesbrecht. TREM DE SÃO JOÃO DA BARRA PARA O PERÚ No Jornal Quotidiano deste mês, li uma notícia de que a nossa antiga linha férrea será reativada para ligar-se com os entrocamentos de outros ramais do Estado do Rio e há estudos até de se fazerem conexões com o Perú, tudo por causa do Porto do Açu! Será que tal empreendimento, - de construção de malha férrea - tomaria como uma das medidas compensatórias "bancar" a produção literária de nossa história da "Leapoldina Railway e nossas estações"??? Essa vou cobrar pessoalmente da FCA- Ferrovia Centro Atlântica, quando houver Audiência Pública!!! Sonhar não custa nada... Tudo pelo resgate histórico!
SÃO JOÃO DA BARRA EM SEMINÁRIO SOBRE TRENS TURÍSTICOS
Foto: O engenheiro sanjoanense, Sérgio Romero (do meio da foto), representou brilhantemente São João da Barra num encontro sobre trens turísticos. Foto: SECOM / PMSJB.
UMA VISITA PROGRAMADA À ANTIGA ESTAÇÃO DE ATAFONA
Foto: A Estação de Atafona foi visitada pelo engenheiro Sérgio Romero Lopes Costa e interessados. Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: Segundo informações obtidas na visitação, a estação de trens de Atafona poderá ser reativada para trens turísticos, uma boa notícia. Crédito da foto: Andre Pinto Foto: A HISTÓRIA DO TRANSPORTE - A turma do Professor de história, Benedito, da escola municipal Domingos Fernandes da Costa, na sede, resgatou uma São João da Barra no tempo da ferrovia Maria-Fumaça, da Companhia Lepoldina Railway. Na maquete, a surpresa de efeitos especiais com som de sinaleiros, caldeira da locomotiva e apitos. Crédito da foto: Andre Pinto.
UM RESTAURANTE TEMÁTICO QUE RELEMBROU O TREM DE ATAFONA
A estação de trem de Atafona, serviu, durante alguns anos, como restaurante temático e o número de turistas que visitavam o local era satisfatório. Para se ter ideia, o restaurante temático, tinha toda uma ambientação voltada ao tema ferrovias. Desde a iluminação, vagaão restaurante, até o próprio cardápio. Tanto a arquitetura como a arte do cardápio foram criações do arquiteto Victor Aquino, hoje Secretário Municipal de Planejamento. No final do cardápio há uma linda poesia sobre Atafona também.
Foto: Frente do cardápio do Restaurante Estação de Atafona. Gentileza do Sr. Normando Martins.
Foto: Parte interna do cardápio cardápio do Restaurante Estação de Atafona. Gentileza do Sr. Normando Martins.
Foto: Especialidades contidas em uma das várias páginas do Cardápio do Restaurante Estação de Atafona. Gentileza do Sr. Normando Martins.
Foto: Uma poesia sobre atafona, na página final do Cardápio do Restaurante Estação de Atafona. Gentileza do Sr. Normando Martins.
SILVA COUTINHO - O ENGENHEIRO SANJOANENSE DAS FERROVIAS DO IMPÉRIO
JOÃO MARTINS DA SILVA COUTINHO, nasceu a 1º de maio de 1830 na cidade de São João da Barra – RJ. Filho de Fernando José Martins (que escreveu sobre a história de São João da Barra em 1868), foi engenheiro, fez levantamento de plantas, projetou obras de defesa na fronteira do Brasil, orçou melhoramentos da cidade de Manaus fazendo sua planta gratuitamente, chefiou a Comissão da Exposição de Produtos Naturais da Amazônia, chefiou a Comissão Demarcadora da Fronteira do Brasil com o Peru, publicou vários trabalhos sobre a região Amazônica e ainda foi protetor dos índios purús. Ao governador do Amazonas, Silva Coutinho apresentou um relatório acerca de estudos de aclimação da maniçoba e da carnaubeira, bem assim, sobre a guarda, conservação e desenvolvimento das fazendas nacionais de gado no Vale do Rio Branco. Em 1870, Silva Coutinho, trata de relatório do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, trata ainda do trânsito de mercadorias entre o Pará e os países situados ao norte do Brasil. Fora da região Amazônica ,Silva Coutinho desenvolveu incansável atividade: Realizou exploração da estrada de ferro do Una ao São Francisco, apresentou parecer técnico sobre as estradas de ferro da Bahia e Pernambuco, sobre o prolongamento da estrada de ferro Conde D`Eu até Cabedelo e acerca da ramificação da E. F. de Natal e Nova Cruz através do Vale do Ceará-Mirim. Silva Coutinho ainda desempenhou atividades frente a várias comissões, entre as quais o estudo da vasta região hoje percorrida pela Estrada de Ferro Sorocabana, estrada cujo reconhecimento por ele foi realizado. Ainda foi árbitro por parte do governo numa questão movida pela E. F. Paraná, bem como foi membro da Comissão incumbida da revisão de tarifas e instruções regulamentares dos transportes da então E. F. D. Pedro II. Professor de Geologia no Museu Nacional e Membro da Academia de Ciências Naturais da Filadélfia, foi, também Membro da Sociedade Geográfica de Paris, da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, do Instituto Arqueológico Alagoano e ainda havia recusado por duas vezes o título nobiliárquico, onde, mesmo assim, foi tornado Oficial da Ordem da Rosa, Graduação obtida em consequência dos serviços prestados na Comissão Científica que explorou o Amazonas e seus afluentes.

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