sábado, 4 de abril de 2009

ANDRE PINTO SE DESPEDE DO MÊS DAS ÁGUAS EM POESIA

MEANDROS DE UMA BATALHA Águas viajantes, dos mais longínquos montes, Por entre as pedras seixos, se espreitam em ribalta, Olhos d`água, finas correntes, puras fontes Um rio de fusão, fatura não lhe falta! Burlando a razão da reta e rumo ligeiro, Serpenteia em meandros sombreados, Procurando o seu destino bem certeiro, Vai descendo aos solos rebaixados. Triste rio, se vê nos temporais de verão... Quando incorpora dez vezes seu tamanho, E ao atingir descomunal força de arrastão, Desconhece seus meandros, é todo estranho! Triste rio, também se vê nas secas da estiagem, Quando seus meandros somem no inverno... Segue, então, o rio em pequenos filetes a viagem, Fazendo força às barragens, um inferno! Depois de seu traçado, longo, sinuoso, Se vê - nas águas calmas e largas da planície- Mas ainda não descansa, pois é teimoso! E parar por ali, é uma tolice! Segue à frente, se mistura ao "calmo" mangue! Mesmo assim, quer o confronto travar! Na foz, briga de titãs, cheira à sangue! E quem leva a melhor é o mar! Triste rio, onde foi parar... Andre Pinto 29/03/09.

Um comentário:

Mônica Terra disse...

Diz o ditado que: "filho de peixe, peixinho é". Vc tá aí pra provar isso. Parabéns!