terça-feira, 14 de abril de 2009

MPX, DO EIKE BATISTA, TERÁ QUE PLANTAR MUITAS ÁRVORES POR CAUSA DE TERMELÉTRICA

Foto: Pátio onde está sendo construída a Termelétrica de Pecem, pela MPX e EDP.
Foto: Porto de Pecem, no nordeste.
MPX E EDP TERÃO QUE PLANTAR MUITAS ÁRVORES POR CAUSA DE TERMELÉTRICA
Tem impacto direto no projeto da Usina Termelétrica do Pecém, da EDP e MPX. A decisão do Ministério do Meio Ambiente de obrigar as usinas termelétricas movidas a carvão e óleo a plantar árvores para compensar a emissão de dióxido de carbono (CO2), durante a geração de energia elétrica já está valendo. A UTE Pecém, hoje com obras a pleno vapor, usará carvão. Aliás, a principal preocupação dos executivos da Porto do Pecém Geração de Energia é demonstrar o quão minimizado será o impacto da termelétrica.
Nas contas do ministro Carlos Minc, uma usina com capacidade para produzir 100 MW de energia (o que abasteceria uma cidade de 200 mil habitantes) terá de plantar cerca de 600 mil árvores em 3 mil hectares. Isso se funcionar três meses por ano. A obrigatoriedade passaria a valer a partir da renovação da licença ambiental da usina. Minc já havia implantado a medida quando no Rio era secretário do Meio Ambiente do Estado.
O Brasil tem hoje 1.242 usinas termelétricas. Apenas uma pequena parte, cerca de 70, é movida a óleo e carvão e se enquadra no perfil das novas regras, por terem capacidade de produzir mais de 100 MW de energia. O Governo calcula que pelo menos um terço do dióxido de carbono emitido deverá ser abatido com a plantação das árvores.
VILÕES E MOCINHOS
O ministro Minc diz que uma das intenções do Programa de Mitigação das Emissões de CO2 é incentivar o uso das energias renováveis. Na pauta do Ministério está também redução da carga tributária sobre a energia eólica e solar. É bom ver o Governo agindo em defesa das fontes renováveis de energia.
O País, e em especial o Ceará, possui um potencial ainda bastante inexplorado nestas duas matrizes. São limpas, de baixo impacto ambiental e constantes. Em todo caso, há de haver parcimônia no discurso. Cada uma delas possui um papel importante. O País foi negligente na diversificação por muitos anos. Acomodou-se na até então na abundante oferta hidrelétrica e pagou o preço do apagão. A tranquilidade virá do uso racional dos potenciais. Diversos. A propósito: o nível de armazenamento nas hidrelétricas hoje no Nordeste é de 90,7%, numa alta de 0,6%. O índice está 45,1% acima da chamada curva de aversão ao risco, a curva da preocupação nos gráficos de armazenamento. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 89,32% da capacidade. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Fonte: O Povo on line.

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