quinta-feira, 8 de abril de 2010

AS CHUVAS DO RIO E A HISTÓRIA DA INVASÃO DOS FRANCESES

Mapa: Um desenho feito pelo próprio corsário francês Duguay -Trouin, para a invasão da Baía de Guanabara num dia de inundação por causa das fortes chuvas que caíam na costa carioca.
Numa Conferência Estadual de Defesa Civil, que paraticipei no Rio de Janeiro no mês retrasado, juntamente com meu amigo Felício Valiengo, pude receber muitos materiais interessantes sobre como se prevenir em casos de inundações e outras catástrofes.
Numa dessas cartilhas distribuídas no local, pela Corpo de Bombeiros, notei que uma delas trazia um fato histórico muito curioso e que me chamou a atenção. A Invasão dos franceses na Baía de Guanabara em 1711. Mas o que isso tem a ver com as fortes chuvas ocorridas no Rio de Janeiro dias atrás? Eu explico.
Está registrado na história do Brasil que os franceses aproveitaram-se de uma inundação para saquear a cidade do Rio de Janeiro, o que confirma que a população brasileira sofre com os resultados das fortes chuvas desde o descobrimento do Brasil. Exatamente em 12 de setembro de 1711, o corsário francês René Duguay Trouin entra pela Baía de Guanabara com uma esquadra de 17 navios e 5.400 homens. Ocuparam sem resistência os morros São Diogo, da Providência, do Livramento e da Saúde, favorecidos pelo nevoeiro, em meio às fortes chuvas e intensas trovoadas que deixaram a cidade, em grande parte, completamente inundada. A população carioca, em pânico, refugiou-se nas florestas vizinhas e o governador, Francisco de Castro Moraes, abandonou a cidade e fugiu para o interior. Em seguida, a guarnição da Fortaleza de Santa Cruz rendeu-se às forças francesas. Em 10 de outubro, ocorreu a assinatura da Convenção para o pagamento de grande soma em dinheiro e bens pelo resgate da cidade (610 mil cruzados, cem caixas de açúcar, duzentos bois e peças em ouro saqueadas das igrejas), para o mês seguinte as tropas francesas partirem do Rio de Janeiro, deixando para trás uma cidade totalmente devastada. Fonte: DGAC - Departamento Geral de Ações Comunitárias - Secretaria de Estado de Saúde e DefesaCivil. MAIS HISTÓRIA... Segundo também nos informa em sua obra "História do Rio de Janeiro - Os Tempos Cariocas", página 120, nosso ex-morador de São João da Barra, meu amigo pessoal, Dr. Paulo Paranhos, por causa das invasões francesas no Rio de Janeiro, foram tomadas algumas medidas de proteção: "02 de março de 1718: o então governador*, após as invasões francesas de Duclerc e Duguay-Trouin, apresenta à municipalidade um balanço das fortificações da cidade: Praia de Fora - 06 canhões Praia Vermelha - 12 canhões Santa Cruz - 53, dos quais 15 de bronze São João - 42, sendo 8 de bronze Boa viagem - 10 canhões Gravatá - 10 canhões Villegagnon - 20 canhões Ilha das Cobras - 26 canhões São Sebastião - 24 canhões São Januário - 11 canhões Santa Luzia - 11 canhões Santiago - 8 canhões Prainha - 4 canhões Conceição - 36 canhões". *Governador Antônio de Brito Freire de Menezes As inundações no Rio de Janeiro, se parecem com as acontecidas em tempos pretéritos ??? Com a resposta os políticos... A nossa história pretérita sempre nos ensina os passos para o futuro e os fatos sociais são quase sempre cíclicos...

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