segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

INSTITUCIONAL SE COMEÇA EM CASA

VEJAM O QUE LUMA DE OLIVEIRA RELATOU SOBRE EIKE BATISTA PARA A REVISTA ÉPOCA.
Empreendedores & Pioneiros Eike Batista
Quando conheci Eike há 18 anos numa competição de barcos, ele já era um grande empresário, mas não tinha o poder de hoje. Certa vez, ele coordenou uma fusão de empresas em que não era majoritário. Estranhei: “Eike, em vez de ter menos da metade de um negócio grande, não seria mais atraente controlar seu próprio negócio, ainda que mais modesto?”. A resposta dele diz muito de sua personalidade e sua ambição: “Luma, às vezes é melhor ser o rabo da baleia que a cabeça da formiga”. De tanto ser o rabo do maior dos mamíferos, e não pensar pequeno, hoje Eike é gigante. A determinação está no DNA – o pai, Eliezer, é uma sumidade. Eike vai de peito aberto. Se tiver de ir para a Amazônia e ficar dois anos no garimpo, como ficou, não hesita. Gosta de criar empregos. E de conversar na rua com vendedor de milho, de coco, para saber como as pessoas comuns vivem e fazem dinheiro. Não é frio nem cético. Ao contrário, é um pouco místico. Um de seus mistérios era um sol especial, com o qual sempre sonhava. Um dia viu um igualzinho numa loja em Cuzco, no Peru. Compramos o objeto e mandamos banhar de ouro. Hoje, esse sol está impresso em seus cartões, camisetas e barcos. Sei que Eike é admirado por ser bilionário e visionário, por estar à frente de seu tempo. Mas Eike é mais que isso. Ele não é um empresário de escritório. Lança-se a empreitadas de risco com a mesma paixão com que pilota lanchas em alta velocidade. Uma paixão que também sente pelo Rio de Janeiro. Poderia morar na Suíça ou nos Estados Unidos, mas não larga a cidade que adotou. Pela paisagem, pelas pessoas, pelo que ainda deseja fazer aqui. É um mineiro-carioca, criado na disciplina alemã. O resultado é alguém ao mesmo tempo imprevisível, ousado, caloroso e leal. O laço que nos une não se explica só pelos filhos. Conversamos muito, e os meninos sentem que somos uma família, mesmo depois de quatro anos de separação. Comemoramos o Natal juntos no ano passado, nós quatro, com uma bela árvore decorada e vendo Shrek (o ogro verde) na televisão. É isso que chamo de lealdade. A si mesmo, a suas decisões na vida e aos filhos. Luma de Oliveira, ex-mulher de Eike Batista e mãe de seus dois filhos, Thor e Olin.
Fonte: Revista Época

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