segunda-feira, 13 de julho de 2009

INGLATERRA E ALEMANHA SE DESTACAM NAS REDES DE ABASTECIMENTO DE CARROS ELÉTRICOS

Inglaterra e Alemanha destacam-se nas redes de abastecimento para carros elétricos
09/07/2009 Perante o consenso mais ou menos generalizado em relação à necessidade de reduzir fortemente a dependência e o consumo excessivo de combustíveis fósseis, bem como a emissão de gases nocivos para a atmosfera, o “velho” veículo eléctrico (VE) volta a estar na ordem do dia, um pouco por todo o mundo. Países como a Inglaterra e a Alemanha implantaram já projetos de redes de abastecimento de carros eléctricos. Na Índia, a Tata prometeu um carro eléctrico para este ano. Também a Dinamarca e Israel estão na linha da frente na utilização de VE, com políticas de baixos impostos para os carros elétricos, para acelerar a sua disseminação. Estudos recentes revelam que dois terços das viagens urbanas na Europa não ultrapassam, em média, a distância de 40 km, o que possibilita a utilização exclusiva da vertente elétrica. Perante isto, a assinatura de um acordo de intenções entre o Governo e a Renault-Nissan, em Março, para a possível instalação de uma fábrica de baterias de ions de lítio no País (um investimento de 300 a 400 milhões de euros), e o Programa de Mobilidade Elétrica apresentado no mês passado, são «um bom começo» para a introdução dos VE em Portugal, reconhece Stussi.Veículos elétricos têm mais de 50 anos. A introdução do carro elétrico em Portugal é uma «solução inevitável» rumo à mobilidade sustentável, mas a penetração destes veículos no mercado nacional português não deverá acontecer antes dos próximos dez anos, garante Robert Stussi, presidente da Associação Portuguesa do Veículo Elétrico. A massificação destes veículos pode estar ainda longe, mas a verdade é que os veículos elétricos não são um conceito recente, tendo sofrido uma evolução ao longo de mais de 50 anos. O percurso do VE foi acontecendo ao sabor das crises petrolíferas. Depois do Tama, um automóvel que surgiu em 1947, alimentado através de uma bateria pouco autonoma e com fraco desempenho (velocidade máxima de 35 km/h e autonomia de 65 quilometros entre cada carga), o conceito caiu no esquecimento. Acabou por ressurgir, na década de 70, com a crise do petróleo e consequente necessidade de encontrar alternativas ao uso da gasolina. Surgiu o pequeno 315X-a, três anos mais tarde a pick-up EV4 e um ano depois um protótipo elétrico baseado no Laurel Saloon. Mais recentemente, já nos anos 90, a Nissan deu um grande salto no desenvolvimento tecnológico dos VE. No início da década, a empresa apresentou o protótipo FEV, e quatro anos depois, o FEV-II, de duas portas e alimentado por uma bateria de ions de lítio. A empresa chegou a desenvolver 18 protótipos de veículo elétrico, tendo produzido 220 unidades de um modelo, o Hypermini, que podia ser alugado na cidade japonesa de Yoklohama para curtos trajetos urbanos. Com a aliança Nissan-Renault, a proposta lançada pelo Hypermini avançou e, em 2005, foi lançado o Pivo.
Autor / Fonte Marisa Soares
Ambiente on line

Nenhum comentário: