quinta-feira, 12 de agosto de 2010

IMAGENS DO COMBATE AO INCÊNDIO NA MATA DO CAROARA

Foto: O carro traçado da SEMASP facilitou a busca por focos de incêndio na grande extensão da Mata do Caroara. Crédito da foto: Alex Firme.
Foto: Uma figueira silvestre, infelizmente, toda queimada e já com seus frutos brotados - um nutritivo alimento das preguiças-de-coleira que habitam na Mata do Caroara. Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: A Mata do Caroara, até esta segunda-feira, ainda permanecia com focos isolados de incêndio. Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: Equipe da SEMASP vistoriou a área queimada da reserva florestal da Mata do Caroara, nesta segunda-feira que passou.Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: Um, entre milhares de cupimzeiros queimados, ainda pegava fogo, na segunda-feira. Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: O assessor de meio ambiente da SEMASP, Sidney Salgado, em vistoria motorizada, (moto de trail), ia por caminhos em que os carros traçados não tinham acesso e tirava fotos diversas, como desta árvore nativa que foi totalmente consumida pelo fogo da Mata do Caroara. Crédito da foto: Alex Firme.
Foto: Boa parte da Mata do Caroara ficou tomada por um grande "tapete negro" de cinzas que ainda descarregava na atmosfera o calor e fumaça dos dois dias de incêndio. Crédito da foto: Alex Firme.
Foto: O assessor de meio ambiente da SEMASP, Francisco Urbano Neto, apagando um foco de incêndio que avançava na restinga arbustiva da Mata do Caroara. Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: Equipe da SEMASP, nesta segunda-feira, ainda havia identificado muitos focos de incêndio na Mata do Caroara, em São João da Barra - RJ. Crédito da foto: Andre Pinto.
Foto: Até a segunda-feira desta semana, podiam-se ver bromélias e cactáceas com focos de incêndio. Crédito da foto: Andre Pinto. A CAROARA VAI SE REGENERAR?
Para quem conhece a Mata da Caroara - uma reserva de restinga arbustiva de grande relevância ambiental - em São João da Barra, hoje pertencente à LLX, sabe que o incêndio ocorrido entre o sábado e domingo passado causou um dano ambiental significativo ao local. No Blog do Professor Roberto Moraes, tem uma foto que mostra uma grande fumaça cinza vista do centro da vizinha cidade de Campos que trata-se da grande queimada ocorrida na Mata do Caroara neste final de semana passado. A foto por si só assusta, imaginem quem estava no local!. Durante o sábado e domingo último, segundo informações obtidas com os órgãos oficiais, tivemos a presença dos Bombeiros, INEA (com uso de helicóptero), Defesa Civil Municipal e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São João da Barra, todas imbuídas no combate ao incêndio. A LLX utilizou tratores para a abertura de valas e caminhos para impedirem os avanços do fogo intenso bem como brigadas de incêndio, mas a força da queimada foi muito significativa. Não se tem notícias ainda da causa da queimada ou sobre a elaboração de qualquer laudo pericial deste incêndio. Ontem, no Jornal Nacional da Rede Globo, exibido à noite, foram apresentadas várias queimadas no território brasileiro por causa das secas (estiagem), citando os Estados de Mato Grosso, Tocantins, Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje de manhã, o jornal Bom Dia Brasil, falou de graves danos gerados pelo incêndio da cidade de Marcelândia, em Mato Grosso, onde 100 casas foram queimadas juntamente com 15 indústrias. No caso da Mata da Caroara, não há comprovações de que a seca ou outro fator não natural ou humano tenham sido os causadores da queimada. Só um laudo rigoroso poderá constatar o que houve realmente na grande área queimada, hoje, infelizmente, se parecendo como um "tapete negro" em pleno deserto. Na segunda-feira, o Sub-secretário de Meio Ambiente, Alex Firme, os assessores e fiscais do meio ambiente de São João da Barra, voltaram ao local para averiguações de possíveis focos de incêndios e detectaram, por sua vez, vários pontos da restinga, vulneráveis e ainda com princípios de incêndio e que poderiam pôr em risco a faixa mais alta e ainda intacta da relevante vegetação. O assessor de meio ambiente, Francisco Urbano Neto, que participou ativamente dos dois dias de combate aos incêndios na Caroara, que tem treinamento militar, já conhecedor dos complicados caminhos da mata - ainda em brasas e fumaças - guiou a equipe da SEMASP, em carro traçado, para a descoberta de novos focos de incêndio em áreas inacessíveis aos tratores, que foram apagados de forma rústica até que a brigada de incêndio da LLX chegasse ao local novamente com pickups levando os abafadores. Tanto o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Marcos Sá, que sobrevoou várias vezes a área no Helicóptero do INEA, como o Coordenador da Defesa Civil Municipal, Felício Valiengo, que montou uma operação de emergência, deram grandes contribuições ao pessoal que combateu o incêndio em terra, avisando dos principais focos e também das condições de passagem e ventos predominantes. Foi um trabalho de equipe e o dano poderia ter sido maior, pois a área que mais queimou foi a de vegetação rasteira, escapando a mata clímax de restinga que é a mais alta, afirmou Marcos Sá. O Aeroclube de São João da Barra, uma importante ferramente de apoio logístico, também registrou o incêndio e fez fotos importantes, que serão cedidas aos órgãos oficiais para traçarem estratégias de projetos de recomposição de mata nativa a serem exigidos aos empreendedores, proprietários daquela área - que tem característica pública - pela relevância ambiental. UM HISTÓRICO DA MATA DO CAROARA A Mata da Caroara já chegou a ser tão intensa nos séculos XVI e XVII, que os colonizadores e exploradores que vinham pelo mar davam volta por ela, para terem lugar no Rio Paraíba do Sul. Em meados do Século XIX e incício do século XX, a Mata do Caroara começou a ter sua vegetação desmatada para dar lenha para a Usina Barcelos (a usina mecanizada chegou a tirar 35 metros cúbicos de lenha por dia, em meados de 1916/1920). Atualmente o local pertence à LLX , onde o Estado tem planos para tornar o local uma Unidade de Conservação, por causa do Complexo Portuário do Açu. A fauna e flora da reserva são exuberantes. Por lá encontramos jararacas pico-de-jaca, jibóias da restinga, tamanduás-de-colete, preguiças-de-coleira, ouriço caixeiro, pequenos roedores, guaxinim (mão pelada), caracarás (carcarás), gaviões, sabiás-da-praia, anuns, tiê-sangue, lagartos teiú, lagartos-do-Rabo-verde, cactáceas, bromeliáceas, abaneiros, calombos, muricis, gravatás entre outras espécies relevantes e em extinção. A visita do representante da ONU, Mr. Nícolas You, à Mata do Caroara junto com a Prefeita Carla Machado, neste ano, tornou a reserva mais conhecida junto à UNESCO e também estratégica para a sustentabilidade do planeta, por estar localizada na região de mata atlântica, considerada como reserva da biosfera.

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