domingo, 21 de dezembro de 2008

DIQUES VIRAM CASO DE POLÍCIA EM TODA A REGIÃO NORTE FLUMINENSE

EQUIPAMENTOS DA SERLA SÃO SABOTADOS PARA TENTAR IMPEDIR EXPLOSÃO DE DIQUE EM CAMPOS
20/ 12/ 2008 Por Ascom/SEA
A secretária estadual do Ambiente do Rio, Marilene Ramos, sobrevoou neste sábado (20/12) vários municípios do Norte Fluminense, inclusive Campos, Lages do Muriaé e Itaperuna, para tomar providências relacionadas a três assuntos: os estragos provocados pelas chuvas que castigam as cidades, a explosão de diques em Campos e os problemas do Rio Paraíba do Sul, causados pelo vazamento de oito mil litros do produto Endosulfan pela empresa Servatis. À tarde, a secretária se integrou à comitiva do governador Sérgio Cabral, que visitou Itaperuna.Em uma das ações, Marilene constatou que os equipamentos da Serla, órgão da Secretaria do Ambiente, que seriam utilizados para a explosão do dique irregular do fazendeiro Bemerval Queiróz – por determinação Judicial – foram sabotados para tentar impedir a realização do trabalho. A explosão do dique permitirá a recuperação de uma área de 1.500 hectares da Lagoa Feia. O caso será analisado pelos técnicos da Serla e foi levado ao conhecimento do promotor Marcelo Lessa, do Ministério Público de Campos. A secretária do Ambiente reuniu-se também pela manhã com dirigentes da Agência Nacional de Águas (ANA) e pediu urgência na elaboração de um Plano de Controle de Inundações para o Rio Paraíba do Sul, que ainda sofre com a contaminação de cerca de oito mil litros de Endosulfan - produto tóxico que vazou da empresa Servatis em um dos seus afluentes, o Rio Pirapetinga, em Resende. Marilene afirmou que o plano emergencial será necessário para casos de acidentes ambientais, a exemplo do vazamento do Endosulfan. Ela também quer estabelecer um período de defeso, e fazer a reposição das espécies que habitam o rio. As medidas se fazem necessárias, sobretudo porque o Paraíba do Sul é um rio federal e em caso de acidente ambiental em Minas Gerais ou em São Paulo ou mesmo no Estado do Rio, como o que aconteceu, o abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas no Estado do Rio é diretamente afetado."Não podemos continuar operando nessas condições precárias atuais. Precisamos de um modelo de trânsito de poluentes ao longo de todo o Paraíba do Sul que permita prever com mais precisão o momento em que cada sistema de abastecimento é atingido pela onda de poluição", comentou a secretária.Há 15 dias, Marilene Ramos esteve em Brasília, com o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco, e com o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado. Com eles, traçou as estratégias de ação de recuperação do Paraíba do Sul, as quais pedem urgência. A Secretaria Estadual do Ambiente também recomenda que a população não consuma o pescado."A pesca do Paraíba do Sul está comprometida. Por isso, temos que decretar período de defeso, o que será feito tão logo terminemos um relatório técnico solicitado pelo Ibama. As comunidades de pescadores terão de ser assistidas neste período", explicou a secretária.Na segunda etapa, continuou Marilene, será feito um diagnóstico da ictiofauna do Rio Paraíba do Sul com o propósito de promover o repovoamento de peixes em todo o trecho prejudicado pela poluição. "O trabalho será feito com o suporte técnico do Ibama, através de um centro de reprodução de peixes de água doce que o órgão possui em Uberlândia, em Minas Gerais", detalhou.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amei a foto do blog...Vou postar no "Dicas".
ElzaCruz