domingo, 7 de junho de 2009

LEMBRANDO DA FAUNA E FLORA SANJOANENSE DE FORMA BUCÓLICA

Foto: Escorpião.
Foto: Anum Preto.
Foto: Siriema.
Foto: Jacaré do papo amarelo.
Foto: Tatu Peba.
Foto: Pocaçu.
Ilustração: Jararaca.
Ontem à tarde, sábado 06/06, reunido com amigos sanjoanenses - estes, da velha guarda - pude conhecer um pouco mais das histórias por eles contadas a respeito da fauna e da flora de nossa querida e amada São João da Barra. Foram várias histórias e "estórias" de ex-caçador (graças à DEUS) e de ex-funcionário do Batalhão Florestal da Polícia Militar. Num bate-papo informal à sombra de uma nozeira às margens do rio Paraíba do Sul, refrescando a garganta vez ou outra, a turma contou fatos sobre as caçadas nos abundantes brejos e restingas sanjoanenses (num tempo que nem existia a Lei de Crimes Ambientais), das cobras perigosas que se escondiam nas matas como a jararaca, o dorminhoco, a jibóia. Falou-se que o mês de agosto é perigoso, pois os animais potencializam seus venenos, falou-se da abundância de lagartos teiú, Falou-se da abundância dos tatus que haviam nessa região e a sua alimentação à base dos escorpiões (taí uma tese do aumento de escorpiões em campo da praia, por causa da ausência de seu predador natural, o tatu), falou-se do jacaré-de-papo-amarelo relembrando, ao mesmo tempo o Bar Ubirajara do saudoso "Bené" que era especialista na arte culinária do jacaré à "Petipoá", falou-se dos ninhais de anum preto e os seus ovos que eram recolhidos e devorados pela criançada, falou-se das galinhas de criação que ficavam próximas à estação de trem e colocavam seus ovos por entre os gravatás, bem detrás da estação e que eram "tomados por empréstimo" pela criançada que rastejava por entre as moitas, falou-se da ave pocaçu, siriema, coruja etc. Falou-se também da brincadeira de "seta", de pescarias inusitadas, das armadilhas feitas à base de madeiras e gravetos para capturar´pássaros e gambás, dos brejos do capim, mololô, caruara, do recolhimento de tabuas, enfim, uma verdadeira volta ao passado, onde a natureza ainda oferecia chances de escape à muitos animais.
Quadro pintado por Mallet, onde retrata a estação de trem, tendo ao fundo um pomar onde as crianças roubavam ovos de galinha caipira por entre os gravatás, segundo as histórias contadas.
Desejo até fazer um documentário sobre o assunto, com a gravação de muitos relatos sobre a existência destes animais no território sanjoanense. Vou pedir ajuda ao Silvano Motta, do "Nós do Nós Filmes".

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