sexta-feira, 1 de maio de 2009

SÃO JOÃO DA BARRA, SÃO FRANCISCO DO ITABAPOANA E OS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

Com a divulgação no Jornal da Folha da Manhã, deste dia 1º de maio, de que a praia de Manguinhos, localizada em São Francisco do Itabapoana, tem grande potencial em sítio arqueológico por causa das ossadas dos escravos africanos vindos de Angola, Guiné, Moçambique e outras regiões do continente africano, fico a pensar o quanto nossa região é rica em história e os indícios desta passagem ainda encontram-se "perdidos" em vários pontos.
Remeto-me ao sítio da "Alma Pura" , que é um sambaqui da Ilha do Lima, descoberto pela folclorista Ann"Augusta Rodrigues tempos atrás. O que foi feito deste lugar? Quantas pessoas o visitaram depois de sua descoberta? Que dados foram levantados sobre o sítio?
Remeto-me às ruínas da Vila da Rainha, que meu pai João Oscar, quando era vivo, não consegiu encontrar pela foz do rio Itabapoana e redondezas. Houve uma varredura pelo Iphan neste propósito?
Remeto-me às regiões em volta do Deserto Feliz e adjacências (São Francisco do Itabapoana) que foi, segundo historiadores, refúgio de quilombolas. Onde estão os indícios desta ocupação?
Remeto-me às ruínas do Jesuítas em "Taí da Praia", onde o sanjoanense Fernando José Martins menciona em sua obra terem existido.
Remeto-me aos marcos dos Sete Capitães, que delinearam as regiões da lagoa do Açu até aproximadamente Barra do Furado, em sesmarias. Será que ninguém viu estes marcos? Soube, certa vez, que tinha um marco nas proximidades da lagoa do Açu e já cheguei a cavá-lo, depois das informações do local, com um grupo de estudantes da UFRJ, mas a minha consciência resolveu voltar atrás e aguardar os órgãos competentes para averiguações de praxe. Pedi para que parássemos por ali.
Remeto-me aos relatos históricos de naufrágios de galeotas e caravelas na costa sanjoanense, na foz do Paraíba e nos baixios do Cabo de São Tomé, carregadas de moedas de ouro. Vários são os relatos históricos destes casos e com fontes seguras. Mas quem megulha no Cabo de São Tomé, cheio de tubarões e com água turva e correnteza forte?
Enfim, acredito também que várias igaçabas dos indios goitacazes estejam enterradas pelas restingas e manguezais do delta. Resta solicitar aos órgãos de Patrimônio Histórico que dêem maior atenção ao povo do Norte Fluminense e acatem os estudos dos historiadores da região. É história pura!!! Senão não teríamos o delta tombado pelo INEPAC, como o é.
Obs. Um dos maiores antropólogos do Brasil foi o sanjoanense Luiz de Castro Faria. Veja neste blog a história deste vulto sanjoanense! veja, ao descer na barra de rolagem da página principal, a foto dele com o seu nome e link.
Sugestão de visitas:
site do INEPAC e IPHAN.

Um comentário:

victor disse...

Pois bem meu caro André Pinto pelo visto não poderemos mais apurar ou estudar o que se passou em nossa terra depois de tamanha ignorãncia de umpovo que se vende porpouco e aceita uma empresa com a envergadura como a ebx em nossa região a qual podemos referir como llx ou mmx ou xxxx pois são tantos x donos que compram tudo tão barato de nosso país e vendem por absurdo ao exterior sem respeitar as familias e as crenças e cultura de um povo, que a anos sobrevivem deste solo. Hoje ao ver essa matéria cheguei a conclusão que jamais alguem de nossa região vai por a mão ou tentar estudar algo nesses locais, pois ja estive tambem no cabo de são tomé e mergulhei lá com um grupo de mergulhadores da região dos lagos onde encontramos algumas pratarias, pretendo voltar mais só no més de março que a agua fica melhor para mergulhar. mas espero não encontrar guardiões x para atrapalhar o nosso mergulho.