A NONADA FILMES TERMINA AS GRAVAÇÕES EM ATAFONA NESTA QUARTA-FEIRA

Prefeitura de São João da Barra

Secretaria de Comunicação Social

Fabricio Berto

10-11-09

Gravação do filme Depois nas Ruínas do Pontal de Atafona encerra nesta quarta

A Nonada Filmes, uma produtora independente de curta-metragens com base em Londres e no Rio de Janeiro, encerra nesta quarta-feira a gravação do filme “Depois” nas Ruínas do Pontal de Atafona. O cineasta e diretor Gabriel Tupinambá disse que nos dois primeiros dias o calor e o sol forte contribuíram para que a filmagem transcorresse dentro da normalidade e que a praia de Atafona possui um cenário perfeito para dar maior veracidade ao filme.

Segundo Gabriel, o filme conta a estória de um homem (Z) que sobreviveu ao fim do mundo, e que, caminhando a esmo pelo que restou do mundo, encontra dois sobreviventes. O cataclisma responsável pelo fim de tudo, ninguém sabe o que é. Guerra, apocalipse, catástrofe ecológica: o que quer que seja que ocorreu, deixou o mundo destruído, transformando tudo o que havia em grandes pilhas de escombros e algumas poucas ruínas que não vieram completamente ao chão. Nada que se planta semeia, e os mares também estão tóxicos. Além disso, o tempo parou: o sol não se mexe mais, permanecendo sempre ao meio dia.

Em meio a isso tudo, Z encontra X e Y, dois sobreviventes do evento, mas muito diferentes entre si: Y é uma jovem que está decidida a se aventurar pelo mundo, atrás de sua família, no Espírito Santo, não deixando que nada a impeça – nem a possível companhia de Z – enquanto que, para X, um velho que antes era catador de lixo, sobrevivendo dos restos da sociedade, o fim do mundo não foi nada de novo. Para ele o fim do mundo já tinha acontecido há muito tempo.

E X abriga Z em seu pequeno casebre, em troca de que Z trabalhe para ele, aprendendo a catar coisas do lixo também. Com a chegada de Y, e o interesse de Z em ir embora com ela, a situação se torna tensa e tem um desfecho surpreendente.

Os diretores da Nonada Filmes participaram de uma reunião no gabinete da prefeita Carla Machado onde ficou acertado que a Prefeitura apoiaria no que fosse preciso e em contrapartida a Nonada desenvolveria um projeto de oficina de cinema ambiental no Palácio Cultural Carlos Martins, sendo coordenada por Gabriel Tupinambá com direito a certificado para os participantes. No encontro ficou combinado também que a pré-estréia do filme seja feita no Cine Teatro São João e que todo material cinematográfico produzido pela Nonada deverá ficar no acervo do Cine Teatro São João.

A prefeita Carla Machado ressaltou que o filme será importante para mostrar através de cenários catastróficos, como as ruínas do Pontal de Atafona, a mensagem de que algo precisa ser feito em nível mundial para reverter a situação da má interferência humana no meio ambiente e que ainda persiste um otimismo e uma esperança para um mundo melhor.

De acordo com o guia de turismo, André Pinto, a praia de Atafona já foi cenário de diversos filmes: Na Boca do Mundo, em meados dos anos 70 / Parte de gravação da novela Gabriela Cravo e Canela, com participação de Sônia Braga / Gravação de documentário sobre Atafona, intitulado Atafona em Ruínas, de Frederico Alvin / Documentário de ficção intitulado Atafona Por Que?, De Gilberto Pessanha e Gilberto Freire / Documentário da Oficina de cinema humanomar intitulado Maragado e Lembra-te do dia de Sábado, falando sobre as ruínas de Atafona / Filme Atafona de um cineasta da família dos Barretos que tem residência de veraneio onde foram gravadas as imagens, entre outros. ---------------------------------------------------------------- Foto: O saudoso escritor sanjoanense João Oscar Pinto, tinha o Pontal de Atafona como refúgio para inspiração de suas obras literárias. Crédito da foto: Andre Pinto. Conheça o Blog Pró-Memória de João Oscar, clique aqui.