A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São João da Barra, através do funcionário Andre Pinto e com convite ao gestor em meio ambiente e segurança do trabalho, Alex Firme, terá participação nesta segunda-feira, 16/11, a um Seminário a ser realizado pela Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, sobre o Reaproveitamento de Resíduos de Construção Civil (entulhos) e a Saúde Ambiental no Estado do Rio de Janeiro.
Segundo explica o Secretário Municipal de Meio Ambiente de São João da Barra, Marcos Sá, que também é engenheiro civil, "O município de São João da Barra precisa sair na frente, na criação e adoção de mecanismos de tecnologia ambientalmente saudáveis (TAS) ,para o controle e gestão de resíduos da construção civil, ainda mais no estágio de desenvolvimento que São João da Barra se encontra, com vários canteiros de obras e com a chegada de novos empreendimentos agregados ao Mega Porto do Açu e ao pátio logístico. A municipalidade já fez orçamento de um triturador de entulhos para futura aquisição e pensa em solicitar dos empreendedores também a criação de uma banco de resíduos, com anuência do Estado, minimizando assim, os impactos por quaisquer descarte de materiais (sub-produtos) no meio ambiente e incentivando o seu reaproveitamento como matéria-prima para outras atividades.
O Seminário na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, que é extenso à todos os municípios do Estado do Rio, servirá como marco inicial para que medidas sustentáveis se tornem cada vez mais efetivas e os conhecimentos e incentivos , sejam mais difundidos.
O EXEMPLO DE SÃO PAULO
Os "caminhos da roça" do interior de São Paulo estão sendo recuperados e se tornando não somente inovadores como também ambientalmente corretos. Velhas estradas esburacadas ganham um novo revestimento, também de terra, porém regular, que reaproveita material reciclado vindo de entulhos de obras, o que normalmente apenas fariam volume nos aterros sanitários e lixões.
O agregado reciclado misto (ARM), é um resíduo da construção civil processado em usinas de reciclagem. O lixo passa por uma triagem que retira plástico, metal, vidro e madeira encontrados nele. O que é pedra, cimento, argamassa e lajotas é fragmentado em pequenos pedaços, como cascalho, e misturado à terra comum para então ser aplicado nas obras viárias.
Porto Ferreira foi a mais recente cidade a receber sua estrada restaurada pelo Melhor Caminho, no final de outubro. A PRT-010, também conhecida como estrada para a Fazenda do Rio Corrente, fica numa região de transporte pesado, próxima a fazendas de cana-de-açúcar e laranja, e se conecta com a rodovia Anhanguera, por onde os produtos são escoados para todo o estado.
Dos 7,35 quilômetros revestidos, um quilômetro recebeu o agregado reciclado misto. Até outubro deste ano, já foram revestidos 8,19 quilômetros com o material e são previstos mais 14,38 quilômetros até o fim de 2009, em doze municípios. Na figura em destaque, o solo comum para estradas de rolagem (à esq.) é misturada ao entulho reciclado (à dir.), formado por pedra, cimento, argamassa e lajotas, para o revestimento das estradas
Quem está promovendo esse tipo de pavimentação é o Projeto Melhor Caminho, realizado através da parceria entre prefeituras e a Codasp – Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo -, ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. "O objetivo é restaurar e conservar estradas rurais não pavimentadas contra processos erosivos, principalmente resultantes da ação das chuvas, deixando-as mais seguras e com mais fácil escoamento de produtos agrícolas, o que favorece o produtor rural", afirma Alcioneu Lucchino, engenheiro da Codasp responsável pelas obras do Melhor Caminho
As duas grandes vantagens do reaproveitamento do entulho nas estradas são a economia do setor de contrução civil e o meio ambiente: o cascalho ou a pedra britada usados nesse tipo de obra são tirados de jazidas minerais, e muitas vezes essa exploração não tem licenciamento ambiental ou é feita de forma insustentável. Com o uso do material reciclado, além de preservar essas jazidas, diminui o volume de lixo produzido nas cidades e que é encaminhado a lixões e aterros irregulares.
Para leitura do texto adaptado pela A.Fujimoto, clique aqui. Foto de Fernanda Bernardino.
*Matéria enviada para o autor deste blog, por Roberto Kenji.
Fonte: A.fujimoto Consultoria e Projetos. Clique Aqui para saber mais.
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