domingo, 29 de novembro de 2009

SÃO JOÃO DA BARRA E AS HISTÓRIAS DE NAUFRÁGIOS DE SUAS EMBARCAÇÕES

Foto: "Vapor Teixerinha" construído em São João da Barra. Fonte da foto: http://www.amigosdomergulho.com.br/2008/index.php?start_from=50&ucat=&archive=&subaction=&id=&
Quem nunca ouviu histórias de naufrágios de embarcações que foram construídas pelos artífices sanjoanenses e que suas tragédias ficaram marcadas na historia nacional da navegação? Quem é que nunca ouviu histórias sobre afundamento de caravelas, galeões, escunas nos famosos "Baixios de São Tomé" ? Uma dessas histórias trágicas é o afundamento do "Vapor Teixeirinha" que foi construído pelo armador "Companhia de Navegação de São João da Barra" com anuência da Glasgow & Corporation, que é tema do site NAUFRÁGIOS DO BRASIL. Para conhecer a história do naufrágio dessa embarcação, que foi construída por sanjoanenses e que afundou em Cabo Frio - RJ, clique no link abaixo:
http://www.naufragiosdobrasil.com.br/naufteixeirinha.htm
Veja uma lista com muitos nomes de embarcações que afundaram na Barra do Rio Paraíba do Sul como também ao longo da costa sanjoanense, no Açu e nos "Baixios de São Tomé" que nunca foram explorados, clique AQUI APESAR DE TER INFORMADO ÚLTIMA COORDENADA QUANDO BOMBARDEADO, SUBMARINO ALEMÃO U-199 ESTARIA AFUNDADO EM ÁGUAS SANJOANENSES? Submarino alemão U-199 sendo alvejado pelo avião brasileiro "Arará" que jogava bombas de profundidade e conseguiu afundar o mesmo. Brasileiros viraram heróis. Fotos gentilmente cedidas por: Captain Jerry Mason. Segundo conversa que tive com um mergulhador sanjoanense, que trabalha para a Petrobrás em Cabo Frio, Cristiano Azeredo, filho de nosso amigo Renato Azeredo, o mesmo já fez alguns mergulhos na direção da costa de São João da Barra (mais de cinco horas para fora com embarcação - traineira) e identificou parte de um afundamente que tem a proa muito parecida como a de um submarino da 2ª Grande Guerra. Teria este naufrágio os vestígios do tão letal U-199 Alemão? Cristiano afirma que é um afundamento que está bastante avariado e que precisaria de melhores equipamentos de mergulho para se fazer uma varredura do local e equipamentos para retirar e identificar os destroços. Veja a história do U-199 e entenda porque o seu afundamento foi importante: texto extraído do seguinte endereço: http://www.brasilmergulho.com.br/port/naufragios/u-boats/relacao/u199.shtml O U-199 foi o primeiro submarino de mil e duzentas toneladas afundado na segunda guerra mundial de onde foi possível resgatar sobreviventes. Este fato ajudou os americanos a estabelecer novas regras de ataque ao tipo de submarino IXD 2, da qual o U-199 fazia parte e que representava grande perigo a marinha mercante aliada durante a guerra. Construído no estaleiro Deschimag na cidade alemã de Bremem, o U-199 foi um dos primeiros submarinos tipo IXD 2 a entrar em ação. Com oitenta e oito metros de comprimento, pintado de cinza escuro, esta máquina de guerra era armada com metralhadoras anti-aéreas e um canhão de proa. Possuía quatro tubos de torpedos na proa e dois na popa. Na sua torre de comando, o U-199 apresentava sua insígnia de identificação: o desenho de um navio viking. O capitão era Hans Werner Kraus que na época tinha vinte e oito anos. Antes de comandar o U-199, ele havia servido no U-47 e no U-83. Pouco tempo antes de receber o comando do último u-boat que iria comandar, ele foi agraciado com a "Ritterkreuz" que era na época uma das maiores condecorações nazistas. Junto à Kraus, outros sessenta pessoas faziam parte da tripulação do submarino. Em vinte e sete de Novembro de 1942 o U-199 foi comissionado (veja fotos). A ocasião foi marcada por uma informal reunião da qual participou quase todos os membros da tripulação. Após deixar a Europa, o U-199 cruzou a linha do Equador em dez de Junho de 1943. Alguns dias depois, já navegando em águas brasileiras, recebeu suas primeiras ordens. Sua área de patrulha se localizava entre o Rio de Janeiro e alguns pontos a norte do Rio da Prata. A tática utilizada por Kraus nos seus primeiros dias de patrulha foi de permanecer submerso durante o dia, somente observando a superfície pelo periscópio e só durante a noite o u-boat ficava exposto na superfície. Nesta primeira área operacional, poucos alvos foram vistos. Insatisfeito, o comandante Kraus se aproximou mais e mais da costa Sudeste a procura de alvos. Primeiro Ataque Alguns dias depois de chegar a sua nova área operacional, o U-199 avistou seu primeiro contato visual e iniciou os procedimentos para o ataque. Ao atingir uma certa distância do alvo, Kraus atirou três torpedos sendo que só um atingiu o navio. Infelizmente, os danos causados por este torpedo não causaram o naufrágio do navio que navegou a toda força em direção ao Rio de Janeiro para tentar se salvar. Enquanto tentava fugir, este navio atirou contra o U-199, forçando-o a submergir para evitar danos. O navio brasileiro "Bury" informou as autoridades que havia sido atacado por um submarino alemão mas que havia conseguido fugir. Com medo de ser descoberto por ter feito um ataque infrutífero, o U-199 deixou a área. Segundo Ataque Em vinte e dois de Julho, enquanto patrulhava a superfície, uma sombra foi avistada e identificada pela tripulação como sendo um barco a vela ou algo similar. Kraus decidiu afundar a embarcação utilizando as armas de 37mm enquanto o canhão de 105mm era preparado. As balas de 37mm não acertaram o alvo então foram disparados sete tiros de 105mm. Os dois últimos acertaram em cheio a embarcação e a afundou. Existe uma informação que o barco pesqueiro "Shangri-lá" tenha sido afundado pelo U-199. Talvez este relato apresentado pelos prisioneiros confirme esta informação. O submarino procurou por sobreviventes mas nenhum foi encontrado. De volta a sua primeira área operacional, de onde não havia avistado nenhum alvo, o comandante Kraus requisitou autorização para se aproximar mais ainda do litoral para poder efetuar ataques. A autorização foi concedida e chegando ao local, descobriu que vários outros u-boats estavam patrulhando a mesma área. Terceiro Ataque Um outro alvo foi avistado em vinte e cinco de Julho. O navio estava sozinho e se dirigia a Santos. Mais uma vez, Kraus disparou três torpedos e nenhum deles atingiu o alvo. Quando ficou a uma distância segura do navio, o U-199 iniciou uma rápida navegação pela superfície para se colocar em uma posição perfeita para o próximo ataque. Como um bom caçador, o comandante submergiu o submarino e pelo periscópio aguardava pacientemente a chegada de sua vítima. Ao atingir a distância ideal, dois torpedos foram disparados.Um deles atingiu em cheio a meia nau do navio que partiu-se em dois e afundou. Pelo periscópio Kraus observou alguns sobreviventes entrarem em botes salva vidas. O navio torpedeado era o cargueiro britânico "Henzada" que afundou totalmente em vinte minutos. Ao tentar se aproximar do local onde o "Henzada" afundara, uma enorme explosão foi escutada no submarino. Durante o interrogatório, os tripulantes afirmam que havia sido uma carga de profundidade lançada por um avião. Cauteloso, o U-199 se retirou da área em total silêncio. A queda de um avião inimigo Na noite anterior ao afundamento do U-199, enquanto fazia uma patrulha por volta das vinte e uma horas, o som de um avião se aproximando foi percebido pelo vigia. Após ter sido avisado, o comandante Kraus se dirigiu a torre do submarino, ordenou força total avante e mudança total de curso. Os operadores das metralhadoras anti-aéreas se posicionaram e prepararam as armas. Neste momento, o avião começou a lançar dispositivos de iluminação para facilitar a localização do submarino. Pouco tempo antes do U-199 abrir fogo contra seu agressor, um fato estranho ocorreu: Simultâneo a uma forte explosão, o avião caiu no mar. A posição era 24º S 44º W. Para a tripulação do submarino, a possível causa da queda do avião poderia ter sido a explosão de uma das cargas de profundidade ainda dentro do avião. Nenhum sobrevivente ou destroços foram encontrados. Segundo registros, este avião parece ter pertencido a U.S Army. Após este ataque, o U-199 avistou um outro contato de superfície mas o mesmo conseguiu escapar. O Naufrágio do U-199 Na manhã de trinta e um de Julho o U-199 iniciava mais uma patrulha. Um avião foi avistado há algumas milhas de distância. Da torre de comando saiu a ordem imediata de força total avante e mudança de rota. As ordens haviam sido mal interpretadas e para os tripulantes dentro do submarino, o objetivo era iniciar uma submersão urgente e alguns dos tanques de água que controlam a flutuabilidade começaram a ser enchidos. Isto fez com que a fuga pela superfície fosse prejudicada. Ao ter o avião na alça de mira, o U-199 abriu fogo com todas as suas armas. O avião respondeu ao fogo, acertando várias vezes a torre de comando do submarino com tiros de metralhadora e acertou o deck inferior com cargas de profundidade. Uma série de manobras evasivas foi iniciada. O avião atacava ferozmente o submarino causando danos seguidos. Fumaça começava a sair da torre de comando. Kraus percebeu que se continuasse na superfície, ele acabaria se tornando vítima de outros aviões. A única salvação para o U-199 era submergir e estacionar no fundo do mar enquanto reparos eram realizados. Foi iniciada uma varredura que detectou a profundidade no local como sendo 135m. Era muito fundo e uma ordem para levar o submarino para mais próximo do litoral para encontrar áreas mais rasas foi dada. O ataque do avião não cessava e neste momento, uma avião catalina brasileiro chegou ao local e iniciou o bombardeio. Após duas séries de ataques com cargas de profundidade, o "Arará" (que era o nome do avião brasileiro), atingiu mortalmente o U-199. O capitão deu ordem de "abandonar navio", onde apenas doze tripulantes se salvaram incluindo o capitão. O último sinal recebido do U-199 informava a posição 23º 50´ S 43º W. Os sobreviventes foram resgatados pelo navio americano USS Barnegat e foram encaminhados ao Estados Unidos para interrogatório. Uma grande comemoração tomou conta dos brasileiros após o afundamento do U-199. O "Arará" e sua tripulação foram considerados heróis de guerra. Hans Werner Kraus morreu em 1990. Estes dados fazem parte do relatório da U.S Navy feito após o interrogatório dos prisioneiros. Um dos sonhos dos mergulhadores brasileiros é encontrar este naufrágio. Por enquanto, o U-199 se esquiva de seus caçadores modernos. Para os u-boats, mesmo após o fim da segunda guerra, não há descanso. Eles continuam sendo caçados. Fonte: http://www.brasilmergulho.com.br/port/naufragios/u-boats/relacao/u199.shtml LICOR SANJOANENSE CHAMADO "LYCOR DEPURATIVO DE TAYUYÁ DE SÃO JOÃO DA BARRA" ERA UMA DAS CARGAS PRINCIPAIS DO NAVIO SIQUEIRA CAMPOS, NAUFRAGADO NA COSTA DE FORTALEZA foto: Navio Siqueira Siqueira Campos, que já teve o nome de Gertrud Woermann chegoua levar maercadorias de São João da Barra. fonte da foto: http://www.brasilmergulho.com/port/naufragios/artigos/2009/009.shtml Foto: Garrafas de barro do "Lycor Depurativo de Tayuyá de São João da Barra" descansam próximos às águas da costa de Fortaleza. Crédito da foto: http://www.brasilmergulho.com/port/naufragios/artigos/2009/009.shtml Veja o relato de um mergulhador que explorou os destroços do navio : "A entrada do porão de popa se mantém inteira e ainda conserva sua escada até o fundo arenoso. Próximo a diversos cacos de garrafas que identifiquei como sendo do "Licor Depurativo de Tayuyá de São João da Barra", onde acabei encontrando um objeto com formato de um garfo. Observando mais de perto vi que ao redor do garfo, preso pela incrustação, estava a entrada de uma fechadura ! Será que alguém tentou invadir a sala de bebidas ?! Durante ou logo após o afundamento ? Saqueadores ? Por que alguém tentou abrir esta porta com um garfo?"

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